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Leão 14, Martin Luther King e o impacto da tecnologia sobre trabalhadores

No sábado (10), ao falar sobre as expectativas para seu papado, Leão 14 mencionou a história encíclica de seu antecessor e fez uma comparação. "Hoje, a Igreja oferece a todos a riqueza de sua doutrina social para responder a outra revolução industrial e aos desenvolvimentos da inteligência artificial, que trazem novos desafios para a defesa da dignidade humana, da justiça e do trabalho".

Leituras críticas sobre os impactos das inovações tecnológicas sobre a economia e, principalmente, sobre o mundo do trabalho não se limitam a lideranças cristãs católicas.

Em 31 de março de 1968, quatro dias antes de ser brutalmente assassinato, o pastor evangélico Martin Luther King fez um discurso profético na Catedral de Washington. Na ocasião, advertiu que a humanidade precisaria lidar com três grandes desafios dali em diante: o respeito aos direitos humanos, a ameaça das armas nucleares, e o avanço da automação e da cibernética.

"Se uma pessoa não tiver um trabalho e uma renda, ela não tem vida, nem liberdade e nem a possibilidade de encontrar a felicidade. Ela meramente existe", discorreu o ícone Dr. King, quase seis décadas atrás.

No caso de Robert Prevost, suas mais de duas décadas de trabalho pastoral no Peru também revelam um olhar mais sensível para questões de classe, apesar de suas declarações conservadoras sobre a comunidade LGBTQIA+ não o credenciarem entre os mais progressistas em questões de gênero.

Nesse sentido, ainda que a Igreja Católica não goze da mesma influência de outros tempos, é bastante relevante que o novo papa coloque no centro da agenda de uma das mais populares instituições do planeta a preocupação com a justiça social e, mais especificamente, com o direito de trabalhadores — retórica que, para muitos, soa fora de moda ou ideologicamente tensionada.

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