"Sexta-feira, sábado e domingo, a gente espera que exploda." Calma. O "exploda" tem a ver com vendas para o Dia das Crianças. A expectativa é do diretor comercial da Superlegal, maior rede de varejo do segmento no Rio Grande do Sul e uma das maiores do Sul, Roberto Prato. Tudo porque os lojistas esperam mesmo que os clientes, entre pais e avós principalmente, apareçam em maior volume na reta final da data.
A projeção para a data, a antepenúltima da lista promocional do ano - faltam Black Friday e Natal -, veio comedida pelas entidades. Um dos motivos é não ter a renda extra que irrigou a economia no pós-enchente.
Em Porto Alegre, Sindilojas aposta em receita geral de R$ 300 milhões. Na estimativa estadual, a Federação das Câmaras de Comércio e de Serviços do Rio Grande do Sul (FCCS-RS), fala em R$ 1,2 bilhão em faturamento.

Maior rede de lojas de brinquedos aposta em vendas na reta final para a data PATRÍCIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
Prato lembra que o ritmo vinha lento. Mais fluxo entre sexta-feira e até domingo, dia oficial da data, vai "exigir mais reforço na operação", cita o diretor da rede com 50 lojas, com 35 unidades no Estado, 14 em Santa Catarina e uma no Paraná.
"As vendas são bem concentradas. Os últimos três dias correspondem ao período todo que a data mobiliza", cita Prato. A Superlegal espera crescer entre 5% e 8% reais na data de 2025. "Mas em Santa Catarina o crescimento vai ser de dois dígitos. É outro país, mais renda, economia aquecida", compara o diretor.
Lojas ouvidas pela coluna Minuto Varejo, como de grandes marcas de brinquedos, registram movimento fraco pré-data. "Esperamos melhora até domingo", diz a gerente de uma loja. Até presente comprado no digital, mas que não chegou a tempo, pode levar clientes para o comércio na última hora.

Vanessa avisa que 'vai à falência' com compra de unidades da coleção Sylvanians PATRÍCIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
No Shopping Total, a gerente comercial e de marketing, Silvia Rachewsky, espera alta de 10% nas vendas. O complexo tem marcas focadas em brinquedos, mas também confecção ganha espaço. Clássicos como Lego, Pokémon, Hot Wheels e o colecionável que virou febre, o Sylvanian Families, lideram a procura.
"Se você nunca deu Sylvanian, não tente, porque não vai parar mais", avisou a médica Vanessa Cabrera, que vai comprar unidades da coleção para filhas e sobrinhas. “Vou à falência”, brincou a médica.

A cabeleireira Lucilena levou um dos netos para escolher o presente PATRÍCIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
Mas os avós viraram as estrelas na hora de resolver os presentes. A cabeleireira Lucilena Ignacio Dias foi às compras com um dos netos, Vitor, de oito anos. Outro neto já ganhou o seu. Vitor escolheu brinquedo de montar. "Ele faz o pedido, mas vejo se posso pagar. Tenho seis netos, mas os outros são maiores", disse Lucilena, com certo alívio.
Avó de Arthur, de seis anos, a psicóloga aposentada Roseli Ortiz, gastou R$ 1,6 mil e justificou: "É para os netos, né. A gente faz qualquer coisa". Roseli se antecipou e comprou nesta terça-feira (7), mas lembrou que os filhos vão comprar mais: "Mas a vó gasta mais (risos)".
A Americanas, que tem fatia importante de vendas na data, criou campanha de 20 dias com 3 mil opções de presentes, segundo a companhia. A marca cita pesquisa da consultoria global Circana, que indicou alta de 6% nas vendas de brinquedos no primeiro semestre deste ano ante o mesmo período de 2024.

Juliane vai comprar presente na Livraria da Travessa para a sobrinha de dois anos PATRÍCIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
A CDL Porto Alegre aposta que outra tendência pode melhorar as vendas. Pesquisa da entidade indica que roupas, celulares, perfumes e artigos esportivos estão no radar de compras.
A coluna acrescenta livros à lista. Na Livraria da Travessa, que abriu em setembro no shopping Iguatemi, registra demanda de títulos infantis.
Segundo a livreira Vanessa Durate, pais e outros tipos de parentesco chegam já perguntando dicas para diferentes idades: "Estamos tendo bastante movimento". A filial tem área dedicada aos leitores infantis. "Livros, sempre, em todos os momentos", diz a fonoaudióloga Juliane Silveira, que vai dar mais de um livro para a sobrinha de dois anos.

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