Longe da Boeing, a virada da Embraer: recorde de pedidos e dívida zero

Na defesa e segurança, a carteira chegou a US$ 3,9 bilhões, após novos pedidos do cargueiro KC-390 por Portugal, Panamá e Suécia. Já serviços alcançaram US$ 7,3 bilhões, com expansão da rede de manutenção e adoção de soluções de conectividade da Starlink.

Considerando as opções de compra em aberto, o volume potencial da carteira chega a cerca de US$ 50 bilhões, consolidando a Embraer entre as fabricantes aeronáuticas com maior visibilidade de receitas do setor. Essas opções são direitos contratuais que permitem ao cliente comprar aeronaves adicionais no futuro, em condições já pré-acordadas, mas sem obrigação de fazê-lo.

A Embraer registrou uma receita líquida de US$ 2,0 bilhões no terceiro trimestre de 2025, um aumento de 18% em relação ao mesmo período do ano anterior. O crescimento foi sustentado por ganhos em todas as divisões, especialmente na aviação executiva, que teve alta de 31%, e nos serviços e suporte, com avanço de 27%.

O lucro líquido ajustado foi de US$ 160 milhões, com melhora cambial e menos efeitos pontuais. A geração de caixa cresceu, e a dívida líquida ficou praticamente zerada, tendo caído para 0,5 vez o Ebitda, ante 1,3 em 2024.