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Luigi Mangione vai enfrentar acusações federais por matar CEO em NY que podem levar à pena de morte, diz jornal

Ainda não se sabe quais acusações o Mangione enfrentará no caso federal, mas essas serão adicionais à acusação de homicídio no estado de Nova York, de acordo com a reportagem, que cita pessoas familiarizadas com o caso.

Ainda segundo o "New York Times", as acusações federais poderiam permitir que os promotores peçam a pena de morte para Mangione, medida proibida em Nova York há décadas, mas que é uma possibilidade em casos federais.

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos não respondeu aos pedidos de comentário feitos pela Reuters.

No caso estadual contra ele, Mangione, de 26 anos, foi indiciado por 11 acusações, incluindo homicídio em primeiro grau e homicídio como crime de terrorismo. Ele enfrentaria uma sentença obrigatória de prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional se for condenado em todas as acusações do estado de Nova York. (Leia mais abaixo)

Atualmente preso no estado da Pensilvânia, Mangione enfrenta nesta quinta uma audiência de extradição para Nova York, para que ele possa responder às acusações.

Mangione, que se formou na Ivy League, foi acusado de homicídio no dia 9 de dezembro pelo assassinato de Thompson, em 4 de dezembro, em frente a um hotel de luxo em Manhattan.

A morte de Thompson gerou uma onda de raiva entre os americanos que enfrentam dificuldades para receber e pagar por cuidados médicos.

Mangione sofria de dores crônicas nas costas, que afetavam sua vida diária, de acordo com amigos e postagens em redes sociais, embora não esteja claro se sua própria saúde teve algum papel no tiroteio.

Acusado de homicídio doloso

Luigi Mangione, o homem acusado de matar a tiros o CEO da UnitedHealth Brian Thompson em Manhattan, no último dia 4, foi formalmente acusado por homicídio doloso nesta terça-feira (17), anunciaram os promotores do caso.

"Esse tipo de violência armada premeditada e direcionada não pode e não será tolerada", disse o promotor distrital de Manhattan, Alvin Bragg, em uma declaração anunciando a acusação.

Mangione, 26, era egresso de uma universidade prestigiada nos EUA, a Penn State, e sofria de dores crônicas nas costas que afetavam sua vida diária, de acordo com amigos e postagens nas redes sociais, embora não esteja claro se sua saúde pessoal desempenhou um papel no tiroteio.

Polícia divulga 'mugshot' de Luigi Mangione, em 10 de dezembro de 2024 — Foto: Altoona Police Department

Luigi Mangione tem 26 anos e nasceu no estado de Maryland. Segundo a imprensa norte-americana, durante a adolescência, ele foi um dos melhores alunos da turma e estudou em um colégio de elite de Baltimore.

Mais tarde, Mangione entrou na Penn State University, onde cursou ciência da computação, com foco em inteligência artificial. A instituição está entre as melhores universidades particulares dos Estados Unidos.

Segundo a polícia, o último registro de Mangione apontava que ele estava morando em Honolulu, no Havaí. Amigos e pessoas que trabalharam com ele o definiram como "um cara legal" e revelaram que ficaram chocados com o crime.

Mangione também nasceu em uma família rica, que controla um império imobiliário e empresarial. Entre as propriedades dos "Mangiones" estão country clubs, casas de repouso, estações de rádio, campos de golfe, hotéis, resorts e uma fundação.

Identidade falsa, arma e manifesto

Segundo a polícia, Mangione foi preso com uma identidade falsa. O documento foi o mesmo usado pelo atirador para fazer check-in em um hostel de Nova York antes de Brian Thompson ser assassinado.

Além disso, os policiais encontraram com suspeito uma pistola com características semelhantes às da usada no crime. A polícia informou que acredita que a arma foi produzida em partes, a partir de uma impressora 3D.

O aspecto físico de Mangione também é muito semelhante ao do atirador que foi flagrado nas imagens de câmeras de segurança no dia em que Thompson foi morto.

Os policiais afirmam ter encontrado com Mangione um documento escrito à mão. O manifesto tinha cerca de três páginas e expressava a raiva do suspeito contra as empresas de seguro de saúde. Segundo a Associated Press, ele descreveu essas organizações como "parasitárias".

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