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Lula recomenda 'muita prudência' com tarifaço dos EUA, diz Haddad: 'As coisas mudam a cada 24 horas'

As declarações foram dadas na portaria do Ministério da Fazenda.

"Como as coisas mudam a cada 24 horas, não há uma diretriz clara. As pessoas estão com muita insegurança sobre o que está acontecendo com o governo dos Estados Unidos. Não é possível, com estes poucos dias transcorridos, fazer uma avaliação criteriosa", disse Haddad.

Donald Trump — Foto: Getty Images via BBC

"Qualquer coisa que eu falasse aqui, poderia ser desmentida amanhã, a depender dos desdobramentos, do que acontecer. Então o que o presidente [Lula] está recomendando é muita prudência", acrescentou o ministro da Fazenda.

Segundo ele, os canais diplomáticos do Brasil com os norte-americanos seguem abertos. "As conversas com o governo dos Estados Unidos estão acontecendo, sobretudo com o secretário que cuida do comércio exterior. Estão em curso", acrescentou.

Ele lembrou que os países da América do Sul tiveram um tratamento diferenciado, sendo menos sobretaxados (somente em 10%) do que outras nações, como da Europa, por exemplo.

"Nessa semana, as coisas mudaram de novo, as tarifas mais altas só ficaram valendo para a China. Nós temos que aguardar um posicionamento final para saber como proceder. Mas o mais importante é que temos relações históricas de negociação com os Estados Unidos, e estamos na mesa há algumas semanas dialogando. Penso que, em relação ao Brasil, o que aconteceu já faz parte da atuação da boa diplomacia brasileira", concluiu.

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A política comercial norte-americana tem sido marcada, nas últimas semanas, pela inconstância. Capitaneada pelo presidente Donald Trump, há idas e vindas nas decisões.

A maior sobretaxa foi aplicada sobre produtos chineses, chegando a uma tarifa extra de 104%, que entraria em vigor nesta quarta. Em resposta, o Ministério das Finanças da China anunciou que subiria tarifas para 84% sobre os produtos americanos.

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"Em um futuro próximo, a China perceberá que os dias de exploração dos EUA e de outros países não são mais sustentáveis ou aceitáveis", reagiu o presidente americano.

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