Logo no início da análise, Tett ironiza a reversão das tarifas adicionais anunciadas por Trump em agosto, um aumento de 40% sobre as importações brasileiras.
Na semana anterior, os EUA já haviam reduzido tarifas de cerca de 200 itens alimentícios; agora, com a nova medida, vários produtos brasileiros retornam às taxas normais anteriores ao aumento.
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O governo Trump acusou autoridades brasileiras, especialmente o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, de perseguir apoiadores de Jair Bolsonaro, censurar empresas de tecnologia americanas e violar a liberdade de expressão de cidadãos e empresas dos EUA.
Segundo o artigo do Financial Times, Lula respondeu “de forma desafiadora” às ameaças, o que acabou fortalecendo sua imagem interna. “Em bom português: Lula venceu”, afirmou a colunista.
As lições para outros países
Na visão da colunista, há três lições principais no episódio. A primeira, segundo ela, é que a Casa Branca está mais sensível à pressão do custo de vida.
“Pesquisas recentes mostram que a confiança dos consumidores está caindo junto com a popularidade de Trump”, lembra Tett, destacando que reduzir tarifas agrícolas tornou-se um gesto politicamente conveniente.
A segunda lição, diz ela, é que “valentões geralmente respondem à força”. Países como China já demonstraram isso, e o Brasil teria seguido o mesmo caminho. A conclusão, aponta, é direta: quem lida com Trump precisa avaliar “como explorar seus pontos fracos”.
A terceira lição, segundo a colunista, destaca ainda a importância de separar táticas de objetivos ao analisar a Casa Branca. Para Tett, isso nem sempre é intuitivo, já que Trump frequentemente parece agir sem uma estratégia claramente definida.
Sua postura em relação ao Brasil, à Ucrânia e até ao caso Jeffrey Epstein, entre outros episódios, tem sido tão errática que, afirma Tett, a imprevisibilidade se tornou sua única característica previsível.
Ela lembra que, assim como em seus negócios, Trump usa táticas agressivas — “bullying, ameaças, melodrama, mudanças bruscas de política, favoritismo e anúncios para ‘inundar a zona’”, citando o ex-estrategista Steve Bannon.
Essas ações, porém, devem ser vistas como táticas, não como objetivos permanentes: “O objetivo é obter vantagem sobre os rivais em um mundo transacional”.
Tett afirma que recuos como o das tarifas brasileiras fazem parte de um padrão. Para ela, esses “movimentos melodramáticos” são apenas táticas, não objetivos reais, o que permite à Casa Branca mudar de rumo “sem constrangimento”.
Ela lembra que a guinada pró-Brasil ocorreu na mesma semana em que Trump também se reaproximou do prefeito de Nova York, Zohran Mamdani.
Ao final, Tett admite que alguns podem ver sua análise como uma tentativa de “racionalizar” um governo marcado por imprevisibilidade. “Eu não negaria a natureza caprichosa de Trump”, diz.
Ainda assim, reforça a mensagem central: separar o “sinal” do “ruído” é essencial para entender o comportamento da Casa Branca. E, no caso brasileiro, Lula enviou um sinal importante. “Reis raramente são tão todo-poderosos quanto parecem”, conclui a colunista.
Lula e Trump se encontram na Malásia. — Foto: Ricardo Stuckert/PR

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