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Mais da metade dos gaúchos está inadimplente, aponta pesquisa do IEPTB/RS

Uma pesquisa conduzida pelo Instituto de Estudos de Protesto de Títulos do Brasil – Seção RS (IEPTB/RS) revelou que mais de 50% da população gaúcha enfrenta dificuldades para honrar seus compromissos financeiros. O levantamento, chamado "Raio-X Financeiro dos Gaúchos", foi realizado entre os dias 4 e 19 de novembro com 700 pessoas, e aponta o cartão de crédito como o maior responsável pelo descontrole financeiro de quase um terço dos inadimplentes. "Os principais tipos de dívida em atraso são o cartão de crédito e os empréstimos, justamente os que possuem as taxas de juros mais altas. Isso agrava ainda mais a situação das famílias e torna a recuperação financeira um desafio maior", destacou Romário Mezzari, presidente do IEPTB/RS, em nota. O consumo excessivo foi apontado como o principal motivo da inadimplência, mencionado por 24% dos entrevistados. Além disso, o estudo revelou que um quarto dos inadimplentes possui mais de três cartões de crédito. A falta de uma reserva de emergência é outra preocupação: 68% afirmaram não ter economias para situações imprevistas. Sobre os valores em atraso, 45% possuem dívidas entre R$ 1.000 e R$ 3.500.

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Uma pesquisa conduzida pelo Instituto de Estudos de Protesto de Títulos do Brasil – Seção RS (IEPTB/RS) revelou que mais de 50% da população gaúcha enfrenta dificuldades para honrar seus compromissos financeiros. O levantamento, chamado "Raio-X Financeiro dos Gaúchos", foi realizado entre os dias 4 e 19 de novembro com 700 pessoas, e aponta o cartão de crédito como o maior responsável pelo descontrole financeiro de quase um terço dos inadimplentes.

"Os principais tipos de dívida em atraso são o cartão de crédito e os empréstimos, justamente os que possuem as taxas de juros mais altas. Isso agrava ainda mais a situação das famílias e torna a recuperação financeira um desafio maior", destacou Romário Mezzari, presidente do IEPTB/RS, em nota.

O consumo excessivo foi apontado como o principal motivo da inadimplência, mencionado por 24% dos entrevistados. Além disso, o estudo revelou que um quarto dos inadimplentes possui mais de três cartões de crédito. A falta de uma reserva de emergência é outra preocupação: 68% afirmaram não ter economias para situações imprevistas. Sobre os valores em atraso, 45% possuem dívidas entre R$ 1.000 e R$ 3.500.

Possibilidade de acordo

A pesquisa também mostrou que 95% dos inadimplentes quitariam suas dívidas caso recebessem uma oferta de negociação dos credores, enquanto 69% pagariam se fossem intimados pelos Cartórios de Protesto. O 13º salário será utilizado por mais de um terço dos entrevistados para quitar dívidas, enquanto 25% pretendem poupar o dinheiro extra.

Já as festas de final de ano serão mais modestas para muitos gaúchos: 51% afirmaram que pretendem reduzir os gastos na época, sendo que 28% planejam preparar ceias mais simples. Presentes também sofrerão cortes: 16% não pretendem comprar regalos para amigos ou familiares.

Apesar do cenário desafiador, os gaúchos demonstram otimismo em relação a 2025: 62% acreditam que a economia do Rio Grande do Sul apresentará melhora em relação a 2024. Um aumento salarial ou uma promoção são os principais desejos para o próximo ano.

Economista dá dicas para saúde financeira

A economista-chefe da Fecomércio-RS, Patrícia Palermo, ressalta que a falta de planejamento financeiro é uma das principais razões para a inadimplência. "Muitas vezes, as pessoas gastam mais do que podem porque não organizam o fluxo de caixa", explica.

Segundo ela, é fundamental ter clareza sobre os ganhos e despesas: "É preciso saber exatamente quanto se ganha, quando se recebe e como se gasta. Tudo deve ser colocado no papel. O cartão de crédito, por exemplo, é uma antecipação de renda. É preciso refletir: isso é sustentável para o meu eu do futuro?".

Patrícia também recomenda priorizar o pagamento das dívidas mais críticas. "Se você não pagar o condomínio, pode perder seu imóvel, por exemplo", alerta. Para evitar novos endividamentos, ela sugere identificar os gatilhos emocionais que levam ao consumo. "Muitas vezes compramos para aliviar questões emocionais. É importante reconhecer esses padrões e estabelecer limites", conclui.

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