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Mapa Econômico discute gestão na agricultura e vantagem logística em Cruz Alta

De Cruz Alta

A cidade bicentenária de Cruz Alta, onde nasceu o escritor Erico Verissimo, recebeu, nesta quinta-feira (9), na sede da Associação Comercial e Industrial (ACI), a quarta edição do Mapa Econômico do RS em 2025. O painel, que contou com a presença do presidente da cooperativa CCGL, Caio Vianna, e do diretor da TentosCap (do grupo 3tentos), Luiz Pedro Dumoncel, abordou os desafios e oportunidades para as Regiões Norte, Noroeste Colonial, Fronteira Noroeste, Missões, Nordeste, Celeiro, Produção, Médio Alto Uruguai, Rio da Várzea, Alto da Serra do Botucaraí e Alto Jacuí.

As potencialidades foram comentadas tanto no palco quanto nos momentos de networking do público, que somou mais de 100 pessoas. A luminosidade dos campos (que beneficia a lavoura), um modal de transporte que soma ferrovia e rodovia foram citados como pontos fortes.  

Em sua fala de abertura, o diretor-presidente do Jornal do Comércio, Giovanni Jarros Tumelero, ressaltou que Cruz Alta representa as regiões por sua pujança econômica e explicou o propósito do Mapa. "É um projeto que lançamos há três anos e estamos percorrendo o Rio Grande do Sul de ponta a ponta. Temos o dever de levantar as principais questões econômicas dos municípios para entregar como ferramenta aos empresários que nos acompanham", afirmou. Além de Cruz Alta, o projeto passou, em 2025, por Bagé, Lajeado e Garibaldi. 

A prefeita Paula Librelotto citou a importância do agronegócio de Cruz Alta e seu papel como um todo no Estado. "Está pedindo passagem no Rio Grande para poder se desenvolver. É a cidade mãe de mais de 200 municípios", frisou. "Quando o poder público se une à iniciativa privada, e faz o que é certo, pode alavancar o desenvolvimento de uma região, e não atrapalhar", continuou. 

Evento contou com a presença da mais de 100 pessoas na ACI | Tânia Meinerz/JC

Evento contou com a presença da mais de 100 pessoas na ACI Tânia Meinerz/JC

Ao mediar o debate, Guilherme Kolling, editor-chefe do JC, explicou a divisão do RS em cinco regiões para o projeto do JC e deu exemplos de indicadores novos que são produzidos pela iniciativa. “A macrorregião Norte já é a segunda no Rio Grande do Sul, passou a macrorregião Serra”, comentou. 

O presidente da cooperativa CCGL, Caio Vianna, acredita que Cruz Alta seja o melhor eixo logístico do Estado, mas o que realmente faz a diferença são as pessoas. Ele citou o endividamento dos produtores como um problema, assim como a necessidade de desenvolver uma nova agricultura. 

O Rio Grande do Sul tem 12 meses de temperatura, luz e umidade. Há agricultores que chegam a fazer três safras. O fluxo de carne bovina foi recorde mesmo com o tarifaço em setembro”, lembrou. “Temos ferramentas, temos pessoas. Só não podemos fazer agricultura em 10 centímetros de solo, pois assim a raiz aguenta apenas uma semana sem chuva”, ensinou, ao sugerir correções de solo e investimento em educação.  

Luiz Pedro Dumoncel, diretor da TentosCap, crê que há razões para acreditar no Estado. “O agricultor gaúcho é um dos melhores produtores de grãos do mundo”, sublinhou. “Mas temos muito o que evoluir do ponto de vista de três aspectos: gestão integrada de riscos, principalmente os climáticos, enxergar o negócio como empresa e olhar para as oportunidades da proteína vegetal e animal. Temos um canhão, que é a questão do biodiesel”, listou.  

Esta edição teve, ainda, a participação do estrategista-chefe do Bradesco Global Private Bank, Carlos Machado. Ele mostrou como o panorama internacional afeta o Brasil. 

O caderno completo com os dados da fatia Norte do Estado será publicado no dia 27 de outubro e a edição que fecha a temporada deste ano do Mapa será em Porto Alegre em novembro. 

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