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Mídia e Marketing #224: Lourenço Bustani, cofundador da Mandalah

Qual o Brasil que o Brasil quer ser? Com essa pergunta em mente, a consultoria Mandalah preparou, a pedido do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS) do Governo Federal, um estudo que traça rumos para o futuro do país.

Para falar sobre os destaques desse documento, o episódio #225 do programa Mídia e Marketing recebe Lourenço Bustani, cofundador da Mandalah.

No papo, Lourenço também fala (a falta de) propósito das marcas, inteligência artificial e explica o conceito de 'inovação consciente' — assista, acima, a entrevista completa.

Confira outros destaques:

Inovação consciente é aquela que melhora a vida das pessoas e ajuda a regenerar o planeta, chega-se nessa inovação perguntando de onde veio e para onde vai, qual o seu impacto.
a partir de 1:11

Ter um discurso é razoavelmente fácil. Praticar esse discurso implica em certas escolhas e renúncias que as empresas só descobrem que não têm coragem para fazer quando os momentos da verdade chegam. É aí que o papel da liderança é importantíssimo.
a partir de 2:39

Desde a pandemia, vimos um caminho sem volta. A profundidade da crise fez com que as empresas todas passassem por uma reflexão existencial. Vimos uma proliferação de empresas buscando um propósito. Mas o que a gente vive agora é um certo retrocesso, uma certa obscuridade ética em que vemos um grande número de empresas voltando atrás em uma série de compromissos relacionados à justiça social e justiça climática.
a partir de 3:31

Se a gente for fazer um double click nessa questão do woke e anti-woke, eu acho que é um duelo entre visões de mundo, um duelo entre princípios e valores, e leituras de realidade muito divergentes, que levam a um embate pautado em muito ódio e muito preconceito.
a partir de 5:45

Em que pé que está nossa percepção identitária, como país? Passamos por vários anos de uma polarização muito violenta e nossa identidade está de certa forma despedaçada. O estudo quer entender um pouco isso.
a partir de 7:40

Apesar das mazelas históricas, apesar das injustiças e das incoerências que o nosso país vive, apesar da polarização toda, a esperança continua sendo o sentimento predominante no coração dos brasileiros. Agora a gente percebe uma consciência crescente de que o Brasil está se tornando um berço de esperança para um mundo que está em plena reconfiguração.
a partir de 8:13

O estudo sintetiza o Brasil como amigo de fim de semana, mas não para segundas-feiras. É o nome que a gente dá para esse capítulo, que é a visão que os estrangeiros têm do Brasil. Temos a nossa marca registrada, mas existe um pragmatismo que está faltando, que cria uma percepção de que o Brasil tem um compromisso com o descompromisso. Isso é muito frustrante. Mas o estudo mapeou 18 espaços de excelência, que são lugares em que o Brasil já tem um protagonismo de destaque, inclusive com credenciais que são exportadas.
a partir de 11:51

A gente descobriu é um certo ponto de convergência em relação à forma como podemos projetar o Brasil no futuro. Na hora que você sai da superfície dessa guerra política, você descobre que os brasileiros se encontram numa mesma ambição de futuro, numa mesma aspiração de futuro. Todo mundo quer o Brasil, um Brasil forte. E o Brasil é muito mais forte do que a gente está disposto a reconhecer.
a partir de 14:34

(As marcas) precisam melhorar a vida das pessoas. Elas precisam tornar a vida das pessoas mais saudável, ajudar as pessoas a terem mais discernimento, conectar mais as pessoas, contribuir para a sensação de bem-estar que um ser humano busca - e não deixar a terra arrasada nesse processo. Agregar um valor para a vida das pessoas, coisa que grande parte das marcas não faz.
a partir de 16:42

As empresas estão, na verdade, se aproveitando da falta de atenção (das pessoas). Estão surfando a onda de uma patologia coletiva, regida por algoritmos que, de certa forma, sequestram os circuitos dopaminérgicos do nosso cérebro. Essa falta de atenção é uma rendição da condição humana. Ela é contrária à nossa natureza.
a partir de 21:50

Para as empresas atuarem para reverter esse ciclo, parte-se do princípio de que as empresas precisam se curar desse mal também. E não está tão claro que isso seja uma tendência que está acontecendo. Não vejo uma onda massiva de lideranças despertando para esse problema. É uma geração inteira que está se perdendo em função desse problema. Mas eu acho que é uma cura coletiva.
a partir de 23:01

A minha opinião (sobre as ferramentas de inteligência artificial) está em plena formação. Estamos no começo da curva de adoção da inteligência artificial, tanto que não existem letramentos massivos de como usar. Não existem 'melhores práticas'. Não existem regulamentações. Hoje, a inteligência artificial é terra de ninguém. Mas, sabendo usar nas horas certas, do jeito certo, os ganhos podem ser grandes.
a partir de 26:09

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