Independente da destinação, fui conferir o andamento da safra, cuja projeção da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) - feita em dezembro - é de 119,63 milhões de toneladas na safra 2024/25. O número é tímido em relação ao que apontam outras projeções.
A estimativa do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) é maior e prevê 127 milhões de toneladas de milho no Brasil, sinalizando novo recorde.
Na última sexta-feira, 3, a consultoria StoneX divulgou a estimativa de 24,8 milhões de toneladas de milho primeira safra 2024/25, o que representa elevação de quase 1% em comparação com a previsão feita em dezembro. Para a atual segunda safra, a StoneX calcula 101,57 milhões de toneladas.
Somados os dois períodos, o montante calculado pela consultoria se aproxima mais dos números do USDA do que da Conab.
Por causa destes números, o mercado futuro do milho registra cotações inferiores ao mercado spot. Lá na frente, com uma safra bem volumosa, a disponibilidade de milho deve ser grande o suficiente para abaixar os preços. Quem aponta o cenário é o Cepea/USP (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), com informações divulgadas na segunda-feira (6).
A safra estadunidense também deve contribuir para a queda dos preços na Bolsa de Chicago. Segundo o USDA, os EUA devem produzir 384,6 milhões de toneladas na safra corrente, e embora a relação interna entre oferta e demanda esteja equilibrada, o excesso de milho no mercado internacional tende a derrubar a cotação do grão.
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