Ainda existem muitos mitos e dúvidas sobre o chuveiro elétrico, principalmente sobre seu funcionamento e segurança. Esse aparelho usa energia elétrica para esquentar a água instantaneamente, conforme ela passa por uma resistência interna, eliminando a necessidade de aquecedores externos ou boilers. Com tanta tecnologia embutida em algo que usamos diariamente, é natural que curiosidades surjam a respeito do chuveiro elétrico.
O TechTudo entende que a combinação de água e eletricidade ainda gera preocupação em muita gente, especialmente no quesito segurança. Por isso, nesta matéria, vamos esclarecer 10 fatos ou mitos sobre o chuveiro elétrico. Continue a leitura e descubra o que é verdade, o que é exagero e quais dicas podem ajudá-lo a usar esse equipamento de forma mais segura e eficiente no dia a dia. Confira, a seguir.
Um chuveiro elétrico típico instalado no banheiro — Foto: Reprodução/Lorenzetti Há muitas afirmações sobre o chuveiro elétrico por aí, algumas são verdade e outras não. Para tirar todas as dúvidas, confira abaixo o que você vai descobrir se é fato ou mito neste artigo.
- Água fraca gasta mais luz
- Chuveiro elétrico dá choque
- Chuveiro elétrico gasta menos água do que de gás
- O chuveiro elétrico é o eletrodoméstico que mais gasta luz
- Chuveiro elétrico queima rápido
- Só existe chuveiro elétrico no Brasil
- Modo Inverno queima o chuveiro mais rápido
- Tomar banho durante tempestade é perigoso
- Trocar temperatura no meio do banho pode queimar chuveiro
- Chuveiro elétrico pode pegar fogo
1. Água fraca gasta mais luz
Reduzir a vazão de água do chuveiro na tentativa de esquentá-la mais não significa, por si só, que você economizará energia. Na verdade, pode ter o efeito inverso: com a água muito “fraca”, o banho tende a demorar mais para ensaboar e enxaguar, prolongando o tempo em que a resistência elétrica fica ligada. O chuveiro elétrico tem uma potência fixa ao ser ligado, então usar pouca água não diminui ou aumenta a energia consumida por minuto, você apenas obterá uma água mais quente.
Além disso, ao deixar o registro meio fechado para aumentar a temperatura, aumenta-se a pressão sobre a resistência, que foi projetada para um certo fluxo. Essa prática acaba elevando o calor na peça e desgastando o chuveiro mais rapidamente. O ideal é usar o fluxo de água adequado, com o registro totalmente aberto, e, para economizar luz, reduzir o tempo do banho ou optar por uma temperatura morna.
O brasileiro Francisco Canhos e o primeiro modelo de chuveiro elétrico do mundo, sua invenção. — Foto: Reprodução/Facebook / Memórias de Jahu 2. Chuveiro elétrico dá choque
O medo de tomar choque no chuveiro elétrico é comum, mas um aparelho bem instalado e de boa qualidade não oferece risco significativo de descarga elétrica. De fato, quando o chuveiro elétrico é corretamente aterrado e segue as normas técnicas, a água não entra em contato direto com partes energizadas. O que aquece a água é a resistência dentro do chuveiro, isolada da parte externa.
Misturar água com eletricidade parece perigoso e realmente seria, se o equipamento fosse mal instalado ou estivesse com defeito. Porém, em condições normais de uso, a corrente elétrica fica confinada dentro da resistência e da fiação interna do chuveiro. Ou seja, é mito que todo chuveiro elétrico vai te dar choque. Por segurança, certifique-se de que o disjuntor e o fio terra estão adequados e nunca manuseie partes metálicas do chuveiro com ele ligado. No final, tomar banho em um chuveiro elétrico é tão seguro quanto em qualquer outro tipo.
Pessoa tomando banho no chuveiro elétrico — Foto: Reprodução/Freepik 3. Chuveiro elétrico gasta menos água do que o de gás
Há quem pense que, por esquentar a água instantaneamente, o chuveiro elétrico evitaria desperdício e consumiria menos água que um chuveiro com aquecedor a gás. Em parte, é verdade que o chuveiro elétrico aquece a água na hora, enquanto sistemas a gás podem demorar alguns segundos para entregar água quente, fazendo o usuário desperdiçar aqueles litros iniciais. Porém, no uso total, isso não garante que um ou outro consuma menos água, pois tudo depende dos hábitos e do modelo do chuveiro.
Ou seja, não dá para dizer que um sistema sempre usa menos água que o outro. Por exemplo, chuveiros a gás costumam ter maior vazão, o que pode gastar mais água se a pessoa não controlar. Já o chuveiro elétrico, em dias frios, muitas vezes tem a vazão reduzida pelo usuário, o que diminui o consumo de água. No final das contas, para economizar água independe do tipo de chuveiro, o importante é reduzir o tempo de banho e fechar o registro enquanto se ensaboa.
Chuveiro entupido faz consumo de energia do chuveiro aumentar! — Foto: Reprodução/Freepik 4. O chuveiro elétrico é o eletrodoméstico que mais gasta luz
O chuveiro elétrico de fato é um dos aparelhos de maior potência em uma casa, estando geralmente entre 4.500W e 7.500W. Isso faz com que, especialmente no inverno, ele se torne um dos vilões da conta de luz, se os banhos forem longos. Por exemplo, um chuveiro de 5.500W ligado por cerca de 30 minutos diários consome quase 90 kWh em um mês, o que pode representar uma fatia significativa da conta.
No entanto, dizer que ele é sempre o campeão de gasto pode ser um mito dependendo do contexto. Em casas com uso intensivo de ar-condicionado, aquecedores, ferros de passar, o chuveiro pode ficar atrás desses itens. Já em apartamentos pequenos sem muitos eletrodomésticos pesados, o chuveiro tende a liderar o consumo. Ou seja, tudo depende de quantos banhos, quão quentes e quão longos são, comparado ao uso dos demais aparelhos.
O chuveiro elétrico gasta bastante energia, mas não é o único vilão da conta de luz — Foto: Foto: Luciana Franco/TechTudo 5. Chuveiro elétrico queima rápido
Muitos usuários reclamam que o chuveiro “vive queimando”, sendo que normalmente, o que queima é a resistência. Hoje em dia, um chuveiro elétrico bem dimensionado e instalado deveria durar alguns anos sem danificar a peça. Se o seu queima com muita frequência, vale investigar as causas. As mais comuns são: instalação elétrica inadequada, voltagem errada e uso excessivo.
Sobre o uso, dois hábitos encurtam a vida do chuveiro: tomar banhos muito longos em temperatura máxima e mudar a chave de temperatura com o chuveiro ligado. Se tudo isso estiver correto e ainda assim o chuveiro queimar rápido, pode ser sinal de resistência de má qualidade ou já gasta pelo tempo. A dica é sempre usar resistências originais e ficar atento a sinais de deterioração. Em resumo, não é regra que o chuveiro elétrico queime rápido. Quando isso ocorre, geralmente há um motivo solucionável por trás e não um “defeito de fábrica” de todos os chuveiros.
Chuveiro elétrico é o eletrodoméstico que mais consome energia — Foto: Foto: Reprodução/Lorenzetti 6. Só existe chuveiro elétrico no Brasil
Apesar de ser uma invenção nacional e realmente ter se popularizado enormemente por aqui, o chuveiro elétrico não é exclusividade do Brasil. Em vários países da América Latina, como Paraguai, Bolívia e México, esse tipo de chuveiro também é utilizado, especialmente em regiões onde aquecedores centrais não são comuns. Em nações europeias como o Reino Unido e Irlanda, há chuveiros elétricos em muitos lares. Por lá, eles são chamados simplesmente de electric showers e funcionam de forma semelhante aos nossos.
A diferença é que, em alguns modelos estrangeiros, o chuveiro elétrico vem em formato de uma caixa instalada na parede, com uma ducha conectado por mangueira. Então é fato empresas de eletricidade na Europa vendem e instalam chuveiros elétricos normalmente, mostrando que essa tecnologia também faz parte do dia a dia fora do nosso país. Entretanto, em muitos países de clima frio, existem opções mais robustas de aquecimento e o chuveiro elétrico ficou restrito a nichos ou a imóveis mais antigos.
Chuveiro a gás é um dos aliados para baixar o consumo de energia elétrica — Foto: Reprodução/Besteltricsshower 7. Modo Inverno queima o chuveiro mais rápido
Ao acionar a posição Inverno no chuveiro elétrico, a potência de aquecimento vai ao máximo para dar conta da água mais fria. Isso por si só não deveria queimar o produto imediatamente, pois o aparelho é projetado para trabalhar nas duas posições, verão e inverno. Contudo, na prática, é no inverno que mais ocorrem queimas de resistências e há motivos para isso. Durante o frio, geralmente usamos o chuveiro na potência máxima com maior frequência, o que naturalmente desgasta mais rápido a resistência.
Além disso, a água extremamente gelada entra no chuveiro e cria um choque térmico maior na peça aquecida. Todos esses fatores combinados fazem com que os aparelhos queimem mais no frio. Portanto, não é que o “modo Inverno” seja defeituoso, mas ele exige mais do aparelho. A recomendação é usar a potência Inverno somente quando necessário, e evitar reduzir demais a água e não prolongar excessivamente os banhos quentes.
O modo inverno pode, sim, influenciar na duração da resistência do chuveiro — Foto: Reprodução 8. Tomar banho durante tempestade é perigoso
Pode soar estranho, mas há risco sim em usar o chuveiro durante uma tempestade. Isso porque a água corrente e a tubulação podem atuar como condutores para a eletricidade de um raio que caia nas proximidades, causando um choque gravíssimo em quem estiver utilizando o aparelho. No caso específico do chuveiro elétrico, o risco é ainda maior, pois ele está conectado à rede elétrica da casa.
Assim, recomenda-se evitar tomar banho, bem como lavar louça ou usar torneiras, durante tempestades elétricas. Espere a tempestade passar, geralmente 30 minutos após o último trovão ouvido é um intervalo seguro. Essa precaução simples pode evitar um acidente raro, porém potencialmente fatal.
O perigo em uma tempestade são os raios — Foto: Reprodução/Freepik 9. Trocar a temperatura no meio do banho pode queimar o chuveiro
Muita gente já ouviu dos pais ou eletricistas: “desligue o chuveiro antes de mudar a chave verão/inverno!”. Esse conselho procede. Mudar a chave de temperatura com o aparelho ligado provoca um pico de corrente elétrica na resistência, que pode danificá-la. Nos modelos mais simples, a chave mecânica faz uma alteração brusca no circuito da resistência e, ao girar essa chave durante o funcionamento, você gera um rápido desligamento e religamento da resistência em outro modo, causando uma sobrecarga momentânea.
Além disso, há um risco de choque, pois uma faísca interna ou falha no isolamento durante essa troca pode energizar a água momentaneamente. Por isso, a orientação de segurança é sempre fechar o registro antes de mudar a posição da chave de temperatura. Depois, reabra a água já na nova posição. Um hábito simples previne sustos e acidentes..
Não é aconselhado mudar a chave de temperatura com o chuveiro ligado — Foto: Reprodução/Freepik 10. Chuveiro elétrico pode pegar fogo
O chuveiro elétrico em si não é inflamável, já que é feito de plástico anti-chama e possui disjuntores de proteção, que devem desligar a corrente em caso de curto. Portanto, um produto em bom estado dificilmente “incendeia” do nada. Quando ouvimos casos do aparelho pegando fogo, normalmente o que acontece é um incêndio originado na fiação ou conexões elétricas dele, devido a algum problema sério.
Se a instalação for mal feita o cabo do produto pode esquentar tanto a ponto de derreter a isolação e causar chamas. Nesses casos, sim, o chuveiro elétrico pode ser o ponto de origem de um incêndio doméstico. Contudo, note que o culpado é a instalação inadequada, não o aparelho em si. Hoje os fios são anti-chamas e os disjuntores, quando corretamente especificados, desarmam antes que o pior aconteça. Então, podemos dizer que é mito que um chuveiro elétrico bem instalado vai pegar fogo espontaneamente. Porém, não é mito que um chuveiro pode causar incêndio se estiver em más condições.
Chuveiro elétrico soltando fumaça — Foto: Gemini Com informações de Qluz Palhoça, Ferramentas Kennedy e Stamford Electrical.

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1 mês atrás
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