O Ministério Público Federal no Distrito Federal iniciou uma apuração preliminar sobre eventuais suspeitas de enriquecimento ilícito e dano ao erário pelo presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), da sua chefe de gabinete, Ivanadja Velloso, e de servidores do gabinete.
O caso em questão trata de suspeitas de que esquema de "rachadinha" no gabinete do deputado. O MPF junta elementos para saber se avança em uma apuração sobre eventual improbidade administrativa por Motta e por seus funcionários.
A investigação ainda está em uma etapa prévia, de levantamento de informações, e pode ou não ser convertida em um inquérito civil.
Procurado por meio da sua assessoria de imprensa, Motta não se manifestou. A reportagem não localizou Ivanadja.
O procedimento no Ministério Público Federal foi aberto a partir de uma representação do ex-deputado e ex-procurador da República Deltan Dallagnol, que citou reportagens do site Metrópoles sobre as suspeitas de "rachadinha".
Ivanadja, segundo as reportagens, tem procurações para movimentar a conta-corrente de diversos funcionários do gabinete do parlamentar. O presidente da Câmara tem se recusado a responder sobre o caso a jornalistas.
No mês passado, a Procuradoria da República no DF consultou o TCU (Tribunal de Contas da União) sobre a existência de algum procedimento interno de apuração a respeito do assunto.
No último dia 31, o TCU respondeu que não há um processo que trate de dano ao erário envolvendo Motta, mas que há outra representação no tribunal que trata do caso.
Em julho, a Folha mostrou que Motta mantinha três funcionárias fantasmas em seu gabinete.
Na época, o presidente da Câmara disse, por meio de sua assessoria, que prezava pelo "cumprimento rigoroso das obrigações dos funcionários de seu gabinete, incluindo os que atuam de forma remota e são dispensados do ponto dentro das regras estabelecidas pela Câmara".
Uma era fisioterapeuta e atendia em duas clínicas particulares em Brasília. Outra acumulava o cargo de secretária parlamentar com o de assistente social na Prefeitura de João Pessoa.
Uma terceira passou a acumular outros dois empregos públicos com as funções que deveria exercer no gabinete, mesmo após a reportagem revelar em que ela cursava faculdade em período integral e que chegou a morar em outro estado enquanto estava contratada para atuar como assessora. Ela só foi exonerada em outubro.
Além desses três casos, a Folha revelou que Motta emprega em seu gabinete o caseiro de sua fazenda em Serraria (PB), cidade de 6.000 habitantes a 131 km de João Pessoa e a 225 km de Patos (PB), sua base eleitoral.

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1 mês atrás
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