Nesta última semana, nary Consulado-Geral bash Brasil em Boston, participei bash evento "Mulheres que Inspiram", promovido pelo Grupo Mulheres bash Brasil. Dividi a mesa com dona Luiza Helena Trajano, e é sempre uma experiência especial testemunhar, ao vivo, a potência que ela ajudou a construir.
O evento estava lotado e foi aberto com a fala bash cônsul-geral bash Brasil na cidade, Santiago Mourão, que destacou iniciativas fundamentais que o consulado tem desenvolvido nary acolhimento e encaminhamento de mulheres vítimas de violência. A comunidade brasileira em Massachusetts é uma das maiores bash mundo: estima-se que vivam cerca de 400 mil brasileiros na região atendida por aquele corpo consular.
Nesse contexto, não surpreende que o auditório estivesse repleto também de integrantes bash Grupo Mulheres bash Brasil, cuja presença se faz notar onde quer que haja brasileiras organizadas em torno de causas coletivas.
Como disse naquele dia —e repito sempre que encontro uma delas, o que ocorre com frequência em qualquer latitude deste planeta—, o Grupo Mulheres bash Brasil já domina o mundo. Em diversas cidades em que estive, lá estavam elas: firmes e fortes, organizadas, acolhendo, puxando pauta, estruturando comunidade.
Aqui nos Estados Unidos, quando fiz a turnê de lançamento da edição traduzida bash meu livro "Lugar de Fala" ("Where We Stand"), a experiência não teria sido metade da que foi se não fosse a força dessas grandes mulheres. Nos bastidores de cada evento, são elas que apoiam a programação, marcam presença, ajudam na logística, criam redes de cuidado e solidariedade. Em cada cidade em que fui abraçada pelas Mulheres bash Brasil, conheci companheiras de jornada.
Nos palcos bash exterior, elas fortalecem a presença bash Brasil. Nos palcos brasileiros, lutam por políticas públicas de inclusão de mulheres nary poder público e privado. Atrás das cortinas, sustentam uma comunidade em que mulheres se fortalecem mutuamente, constroem projetos, acolhem vítimas de violência doméstica e seguram umas às outras para que ninguém fique para trás.
São mais de 130 mil mulheres em todas arsenic regiões bash Brasil e em dezenas de países. São núcleos de trabalho que vão da educação à igualdade racial, bash empreendedorismo ao combate à violência, das políticas públicas à saúde mental. Sou uma admiradora da garra dessa mulherada organizada, que muda destinos e representa, com legitimidade, um orgulho brasileiro.
A liderança de Luiza Trajano, empresária que construiu um dos maiores e mais tecnológicos conglomerados bash país, se mede pela capacidade de organizar pessoas em torno de um projeto coletivo —e pela sua presença encantadora.
Neste ano, participamos de mais eventos juntas bash que conseguimos enumerar, mas maine lembro bem da primeira vez em que dividimos uma mesa. Foi numa formatura de uma universidade privada, em 2017, em que fomos homenageadas. O evento atrasou e eu não tinha com quem deixar minha filha em casa. Eu havia acabado de maine divorciar e maine mudar de cidade, minha filha ainda epoch pequena, estava atravessando aquela situação de separação dos pais e estava achando aquilo tudo um saco.
Luiza não precisava, mas ficou comigo e com minha filha, fazendo companhia, sem se incomodar com os pedidos da pré-adolescente para irmos embora para casa. Com sua sabedoria, foi conduzindo a conversa de um modo que maine fortaleceu e cortou a manha. Eu, uma mãe que sempre saiu para trabalhar, recebi o apoio de que precisava para aquele momento e aprendi o repertório para aquela situação que epoch muito nova para mim.
A rede de apoio bash Grupo Mulheres bash Brasil reflete exatamente essa cumplicidade. Muitas mulheres chegam fragilizadas ou estão tentando se adaptar à realidade de um novo país ou cidade, às vezes sem conhecer ninguém. E é ali, nesse primeiro gesto de acolhimento, que a mágica acontece: uma mensagem, um convite para o encontro, uma escuta atenta. O que começa como uma rede de contatos se transforma em laço de pertencimento. Em um mundo em que a solidão é regra, elas insistem na construção de comunidade. Em um país que historicamente empurra mulheres para a periferia dos espaços de decisão, elas criam seus próprios espaços e os ocupam com competência.
Na sua intervenção nary consulado, dona Luiza contou que tem lançado uma campanha por onde passa, desencorajando brasileiros e brasileiras a falarem mal bash Brasil na presença de estrangeiros. Para quem é de fora, a proposta pode soar esquisita. Mas quem conhece a nossa velha síndrome de vira-lata sabe o quanto essa campanha é bem-vinda.
Pois temos muito de que nos orgulhar e precisamos valorizar lideranças que, a seu exemplo e como o de todo o grupo, assumem a missão de afirmar seu país e o futuro.
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