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Na contramão do País, Porto Alegre registra menos suicídios em 2023

Embora o número de suicídios em 2023 tenha aumentado em aproximadamente 1% no País em relação ao ano anterior, a capital gaúcha conseguiu reduzir seus índices em quase 21,7%. Os dados fazem parte dos Indicadores Estatísticos de Segurança Pública relativos aos 10 primeiros meses do ano e foram divulgados pelo Ministério da Justiça nesta semana.

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Embora o número de suicídios em 2023 tenha aumentado em aproximadamente 1% no País em relação ao ano anterior, a capital gaúcha conseguiu reduzir seus índices em quase 21,7%. Os dados fazem parte dos Indicadores Estatísticos de Segurança Pública relativos aos 10 primeiros meses do ano e foram divulgados pelo Ministério da Justiça nesta semana.

Apesar da queda, que também foi registrada em menor percentual no Rio Grande do Sul (-7,41%), os números ainda são alarmantes. O estado é atualmente o segundo com mais suicídios em relação ao número de habitantes (10,6 para cada 100 mil), atrás apenas de Santa Catarina (10,65 para cada 100 mil). Em 2022, o Rio Grande do Sul era o primeiro do ranking, com 14,7 suicídios a cada 100 mil habitantes.

Nas forças de segurança, suicídio é principal causa de morte

Nos últimos cinco anos, foi registrado um aumento de 150% no número de suicídios cometidos por policiais no Rio Grande do Sul, de acordo com dados divulgados em audiência pública proposta pelo deputado estadual Leonel Radde (PT) em julho deste ano. Para o parlamentar, as causas estão relacionadas a questões salariais, problemas relacionados à carreira e condições de trabalho, perseguições por superiores, entre outros fatores. Essa é, inclusive, a principal causa de morte entre esses trabalhadores, superando as mortes em confronto.

Políticas públicas buscam combater o suicídio

No ano passado, foi iniciada a implementação do Plano Estadual de Promoção da Vida e Prevenção do Suicídio pela Secretaria Estadual da Saúde, prevista para ser concluída até 2025. As ações propostas por ele podem ser realizadas tanto em nível municipal, através de Grupos de Trabalho ou Comitês Municipais de Promoção da Vida e Prevenção do Suicídio, quanto estadual, através do Comitê Estadual de Promoção da Vida e Prevenção do Suicídio (CEPVPS).

Dentre as ações sugeridas, está a realização de atividades multissetoriais alusivas à prevenção ao suicídio ao longo de todo o ano e, em especial, na semana que compreende o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, em 10 de setembro, instituído por lei estadual em 2012. Além disso, o plano prevê a promoção de atividades voltadas ao lazer, ao esporte e à cultura, visando o bem-estar mental da população em geral.

Algumas ações previstas no Plano são, ainda, voltadas aos grupos mais vulneráveis ao suicídio, como idosos, indígenas, membros da comunidade LGBTQIAP+, população negra, pessoas com deficiência e refugiados. Nesse sentido, são sugeridas iniciativas de enfrentamento ao preconceito e à desigualdade, visto que esses grupos também fazem parte de minorias sociais. Além disso, as equipes de atendimento à saúde, devem receber qualificação quanto a aspectos culturais, étnicos-raciais, da diversidade sexual, etária e de gênero, de classe e outros relacionados às populações abrangidas.

Já em Porto Alegre, foi aprovado em outubro deste ano o Programa Municipal de Prevenção ao Suicídio, proposto pelos vereadores Giovani Culau e Coletivo (PCdoB), Psicóloga Tanise Sabino (PTB), Lourdes Sprenger (MDB), Hamilton Sossmeier (PTB), Cláudia Araújo (PSD), Giovane Byl (PTB), Daiana Santos (PCdoB), e Aldacir Oliboni (PT).

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