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Netanyahu diz que 'nova ofensiva em Gaza será intensa' e que população será 'transferida para protegê-la'

"A população será transferida para sua própria proteção", disse Netanyahu em um vídeo postado no X. Ele afirmou que os soldados israelenses não entrarão em Gaza, lançarão ataques e depois recuarão. "A intenção é o oposto disso", disse ele.

Plano para ocupação total

Voluntários e equipes de resgate usam uma escavadeira para remover os escombros de prédio destruído em Gaza — Foto: AP Photo/Mariam Dagga

O plano inclui também o aumento dos bombardeios e operações por terra em Gaza, que as forças israelenses voltaram a atacar em março, rompendo uma trégua que estava em vigor desde janeiro.

O plano será implementado de forma gradual e envolve a ocupação permanente do território, segundo disseram à agência de notícias Associated Press duas fonte do gabinete de ministros de Israel. Atualmente, Israel já controla aproximadamente 50% do total do território de Gaza, e de forma temporária.

O governo de Israel afirma que a expansão dos ataques, aprovada pelo gabinete do premiê Benjamin Netanyahu, visa "aumentar a pressão" sobre o grupo terrorista Hamas para negociar um cessar-fogo que esteja mais alinhado com os termos israelenses. Uma das exigências de Netanyahu é a devolução total dos reféns ainda sob poder do Hamas.

No entanto, o próprio chefe das Forças Armadas israelenses admitiu que o novo plano de ocupação total pode colocar em risco a vida dos reféns. Parentes dos sequestrados israelenses também protestaram contra o plano e acusaram o premiê israelense de priorizar a tomada de Gaza em vez de a vida dos reféns.

A aprovação do plano para ampliar as operações em Gaza ocorre um dia após Israel anunciar a convocação de dezenas de milhares de soldados da reserva.

No mesmo dia, os rebeldes anunciaram que irão impor um "bloqueio aéreo abrangente" contra Israel, atacando repetidamente seus aeroportos, em resposta à ampliação das operações israelenses na Faixa de Gaza.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, prometeu retaliar o ataque às proximidades do aeroporto. De acordo com a Reuters, a maioria dos ataques oriundos do Iêmen tem sido interceptada pelos sistemas de defesa antimísseis de Israel. O míssil de domingo é o único, desde março, que não foi interceptado.

Míssil cai perto do principal aeroporto de Israel

Míssil cai perto do principal aeroporto de Israel

O Centro de Coordenação de Operações Humanitárias dos Houthis — criado no ano passado para fazer a ligação entre as forças e operadores de navegação comercial — emitiu o aviso de que aeroportos israelenses seriam alvos, com o Aeroporto Ben Gurion como prioridade máxima.

A declaração foi acompanhada de um e-mail que, segundo os Houthis, foi enviado à IATA (Associação Internacional de Transporte Aéreo) e à ICAO (Organização da Aviação Civil Internacional), alertando as companhias aéreas internacionais:

"Conclamamos todas as companhias aéreas internacionais a levarem este anúncio a sério... e cancelarem todos os seus voos para os aeroportos do inimigo israelense criminoso, a fim de garantir a segurança de suas aeronaves e passageiros", dizia o e-mail.

Um cessar-fogo de oito semanas com o grupo terrorista Hamas entrou em colapso em março, quando Israel retomou os ataques em Gaza, matando centenas de palestinos — muitos deles mulheres e crianças, conforme a AP.

Israel também capturou grandes áreas de território e, antes do fim do cessar-fogo, interrompeu totalmente a entrada de ajuda humanitária em Gaza. O governo afirma que essas ações foram tomadas para pressionar o Hamas a demonstrar mais flexibilidade nas negociações.

Segundo a agência, a suspensão da ajuda mergulhou o território de 2,3 milhões de pessoas no que se acredita ser a pior crise humanitária da guerra. A fome se espalhou, e a escassez levou a saques por parte da população.

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