A aparição de helicópteros militares dos Estados Unidos no Caribe, recentemente, chamou a atenção por um motivo que vai além das tensões com a Venezuela. As aeronaves faziam parte dos “Night Stalkers”, uma unidade de elite do Exército americano especializada em operações secretas e complexas. Em 2011, o grupo teve papel importante na ação que matou o terrorista Osama Bin Laden, no Paquistão.
🌕 A expressão “Night Stalkers” significa “Caçadores da Noite”, em uma tradução livre. O grupo surgiu na década de 1980, com foco em operações noturnas de alta complexidade.
- Oficialmente conhecido como 160º Regimento de Aviação de Operações Especiais (SOAR), o esquadrão também realiza missões diurnas com alta precisão.
- A unidade ganhou destaque a partir de 2001, ao participar ativamente da Guerra ao Terror liderada pelos Estados Unidos após os ataques de 11 de setembro.
- Atualmente, o grupo presta apoio ao Comando Sul das Forças Armadas americanas, responsável por operações na América do Sul e no Caribe.
O esquadrão é composto por helicópteros de ataque pesados, como o MH-60 Black Hawk e o MH-47 Chinook, além de modelos leves, como o MH-6 e o AH-6 Little Bird. Também há uma divisão especializada em drones de reconhecimento e inteligência.
- Segundo o jornal, imagens divulgadas nas redes sociais no início de outubro mostraram helicópteros de ataque do esquadrão sobrevoando o mar do Caribe, perto de plataformas de petróleo e gás.
- O grupo costuma utilizar o navio MV Ocean Trader como base flutuante furtiva durante operações.
- Uma análise visual feita pelo “Post”, com imagens de satélite, identificou o que parecia ser o MV Ocean Trader em uma região ao nordeste de Trinidad e Tobago.
- Uma fonte do governo Trump confirmou ao jornal a presença dos helicópteros e afirmou que as aeronaves estavam realizando exercícios de treinamento preparatórios.
👀 O que está por trás? Ao longo dos últimos 40 anos, os Night Stalkers participaram de diversas missões de alto risco para os Estados Unidos, principalmente no Oriente Médio, contra grupos terroristas. A presença recente no Caribe, no entanto, pode indicar que o grupo está voltando sua atenção para a América do Sul.
- O surgimento da unidade de elite na região surge em um contexto em que o governo de Donald Trump passou a enquadrar o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, como um "narcoterrorista".
- Para o cientista político Maurício Santoro, doutor pelo Iuperj e colaborador do Centro de Estudos Político-Estratégicos da Marinha do Brasil, o discurso pode fazer parte de uma estratégia para justificar futuras ações contra a Venezuela.
- "Nos Estados Unidos, as Forças Armadas não têm atribuição constitucional de atuar em segurança pública, como ocorre no Brasil. Então, para uma operação contra a Venezuela, o argumento mais viável seria o combate ao terrorismo", afirma.
Ainda segundo o professor, a aparição dos Night Stalkers na região é um sinal de que os norte-americanos estão planejando operações de forças especiais na Venezuela. "Pode ser, por exemplo, uma tentativa de capturar ou matar autoridades venezuelanas de alto escalão", disse.
Snipers são treinados em um MH-6 Little Bird junto dos Night Stalkers em março de 2024, nos EUA — Foto: Exército dos EUA
Desde setembro, segundo a imprensa americana, o governo Trump avalia uma operação militar que pode incluir ataques à Venezuela. Estruturas ligadas a cartéis de drogas estariam entre os possíveis alvos. Autoridades dizem que o objetivo final seria tirar Maduro do poder.
- Um mês antes, o Departamento de Justiça ofereceu uma recompensa de US$ 50 milhões por informações que levem à prisão do presidente venezuelano.
- Depois, o governo norte-americano anunciou o envio de navios e aeronaves militares para o Caribe, em uma área próxima à costa venezuelana, alegando se tratar de uma operação contra o tráfico internacional de drogas.
- Nas semanas seguintes, vários barcos foram bombardeados no Caribe. O governo alegou que todos transportavam drogas e "narcoterroristas".
- A movimentação envolvendo os Night Stalkers fez com que a imprensa americana levantasse a hipótese de uma possível operação por terra na Venezuela.
- Neste cenário, os helicópteros do esquadrão poderiam ajudar no posicionamento das tropas norte-americanas em uma eventual missão.

Donald Trump autoriza CIA a executar operações secretas na Venezuela
Na quarta-feira (22), o Washington Post revelou que os Estados Unidos preparam uma escalada nas ações na costa da Venezuela que podem tirar Nicolás Maduro do poder. Agentes secretos da Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês) estariam diretamente envolvidos.
Trump já admitiu ter autorizado operações da CIA na Venezuela. A informação foi revelada primeiro pelo jornal “The New York Times”, que afirmou que “operações letais” estavam no radar.
Agora, o Washington Post informou que fontes do jornal tiveram acesso a um documento confidencial no qual o presidente norte-americano autoriza ações secretas e pede “ações agressivas contra o governo venezuelano”.

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