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Novo golpe do WhatsApp usa tela compartilhada para roubar dados; saiba

Um novo golpe do WhatsApp utiliza o recurso de compartilhamento de tela para acessar informações sensíveis e assumir contas de usuários. A técnica, identificada pela equipe de Inteligência de Ameaças da ISH Tecnologia, já provocou prejuízos milionários em uma única ocorrência. Diferente de ataques tradicionais, esse esquema não depende da instalação de vírus ou arquivos maliciosos. Ele se apoia quase totalmente em engenharia social, na qual o criminoso manipula emocionalmente a vítima para que ela mesma exponha dados críticos. A seguir, entenda como o novo golpe do WhatsApp funciona, como identificar e o que fazer para se proteger.

 Reprodução/Luã Souza Novo golpe do WhatsApp rouba dados dos usuários por meio do compartilhamento de tela; saiba como se proteger — Foto: Reprodução/Luã Souza

Novo golpe do WhatsApp usa tela compartilhada para roubar dados

No índice abaixo, confira os tópicos que serão abordados nesta matéria do TechTudo.

  1. Como funciona o novo golpe do WhatsApp?
  2. Principais sinais de alerta
  3. Como se proteger?
  4. Outros golpes envolvendo o WhatsApp

1. Como funciona o novo golpe do WhatsApp?

O golpe começa com uma chamada de vídeo feita por alguém que se apresenta como suporte técnico, equipe antifraude bancária ou até mesmo um familiar usando um número novo. Em muitos casos, a câmera do golpista aparece apagada ou desfocada, dificultando a identificação. Logo em seguida, o criminoso cria uma emergência, como uma suposta cobrança indevida, um acesso suspeito ou o risco de bloqueio da conta.

Para “resolver o problema”, o criminoso solicita que a vítima compartilhe a tela do WhatsApp ou instale aplicativos de acesso remoto, como AnyDesk e TeamViewer. A partir desse momento, tudo o que aparece na tela fica visível ao invasor, que consegue capturar códigos enviados por SMS, senhas digitadas em tempo real, dados de cartão e informações bancárias, além de notificações sensíveis exibidas no topo da tela. Também são acessíveis autenticações de e-mail, redes sociais e ate apps financeiros.

Em posse desses dados, os fraudadores assumem contas, realizam transferências, pagamentos e compras online. Além disso, eles podem utilizar o WhatsApp sequestrado para aplicar novos golpes em familiares e contatos da vítima.

 Mariana Saguias/TechTudo Veja os principais sinais que identificam o novo golpe do WhatsApp — Foto: Mariana Saguias/TechTudo

2. Principais sinais de alerta

Como não há arquivos maliciosos envolvidos, a identificação depende de observar comportamentos suspeitos. Entre os principais indicadores estão chamadas não solicitadas de números desconhecidos, discursos urgentes que pressionam por resolução imediata e pedidos para compartilhar a tela do celular. Também são comuns, como dito no tópico anterior, solicitações de códigos, senhas, tokens ou PINs, além de orientações para instalar aplicativos remotos.

Segundo Hugo Santos, Diretor de Inteligência de Ameaças da ISH Tecnologia, “esse tipo de ataque é extremamente perigoso porque se apoia na confiança e na pressa. Quando a vítima compartilha a tela, o criminoso passa a ter acesso total a códigos de autenticação, notificações e senhas em tempo real. É como entregar o dispositivo na mão do golpista, sem ele precisar instalar nada”.

 Reprodução/Luã Souza Entenda como funciona o novo golpe do WhatsApp — Foto: Reprodução/Luã Souza

Algumas práticas simples podem reduzir o risco de golpe e manter seus dados em segurança. Entre elas estão nunca compartilhar a tela com desconhecidos, não informar códigos de verificação, senhas ou tokens e confirmar contatos por números oficiais antes de seguir qualquer instrução. Também é importante ativar a verificação em duas etapas no WhatsApp e manter o sistema e os aplicativos sempre atualizados.

Para empresas, a orientação é reforçar políticas internas, treinar equipes de atendimento e proibir solicitações de compartilhamento de tela via WhatsApp. Além disso, é indicado estruturar um playbook de resposta para casos em que colaboradores ou clientes tenham sido induzidos a compartilhar a tela com supostos atendentes.

 Mariana Saguias/TechTudo Saiba como se proteger contra o novo golpe do WhatsApp — Foto: Mariana Saguias/TechTudo

4. Outros golpes envolvendo o WhatsApp

O golpe do compartilhamento de tela no WhatsApp não é um caso isolado. Ele faz parte de uma tendência maior de ataques baseados em engenharia social, em que criminosos manipulam emocionalmente as vítimas para que elas mesmas entreguem informações sensíveis. Alguns exemplos recentes ajudam a entender o cenário:

a) Golpe do falso suporte bancário

Criminosos se passam por funcionários de bancos ou empresas de tecnologia e entram em contato com clientes alegando problemas urgentes, como movimentações suspeitas ou necessidade de atualização cadastral. Durante o contato pelo WhatsApp solicitam dados pessoais, senhas ou códigos de autenticação enviados por SMS. Muitas vezes, induzem a vítima a realizar transferências via Pix .

b) Sequestro de contas via código do WhatsApp

Outro golpe muito comum envolve o envio de mensagens que induzem a vítima a compartilhar o código de verificação do WhatsApp. Com esse código, os criminosos conseguem assumir a conta e utilizá-la para aplicar novos golpes em familiares e amigos, simulando pedidos de dinheiro ou empréstimos.

c) Golpe do Pix com urgência emocional

Desde a popularização do Pix, aumentaram os casos em que golpistas criam situações de emergência para convencer a vítima a realizar transferências imediatas. Eles exploram emoções como medo e confiança, sob a alegação de que o dinheiro será devolvido ou que a transação é necessária para evitar bloqueios. Geralmente, o contato é feito via WhatsApp.

d) Engenharia social em chamadas falsas

Por fim, há também golpes em que criminosos ligam via WhatsApp para a vítima fingindo ser familiares em apuros, usando números com DDD local para aumentar a credibilidade. O objetivo é induzir transferências rápidas ou a entrega de dados pessoais, sem que a vítima tenha tempo de verificar a veracidade da situação.

 Mariana Saguias/TechTudo Golpes no WhatsApp têm crescido ano após ano — Foto: Mariana Saguias/TechTudo

Com informações de ISH Tecnologia

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