Após a atualização dos números, neste domingo (27), o presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, fez uma visita aos feridos.
A explosão ocorreu no mesmo dia em que o Irã iniciou uma terceira rodada de negociações para um acordo sobre tecnologia nuclear com os Estados Unidos em Omã. A causa da explosão não foi totalmente esclarecida.
Bombeiros tentam extinguir fogo em um porto localizado em Bandar Abbas, no sul do Irã, após uma explosão de grandes proporções atingir o local. — Foto: Mahdi Nori/ Fars News Agency via AP
A alfândega do porto informou que caminhões estavam sendo retirados da área e que o pátio de contêineres onde ocorreu a explosão provavelmente continha "bens perigosos e produtos químicos".
A causa da explosão, no entanto, não estava totalmente esclarecida.
A TV estatal disse que "a negligência no manuseio de materiais inflamáveis foi um fator contribuinte" para a explosão.
As autoridades afirmaram que o incêndio que seguiu a explosão estava controlado e reiteraram que as equipes de emergência esperavam que o fogo fosse totalmente extinto ainda neste domingo.
Na véspera, a agência de notícias semi-oficial Tasnim publicou imagens de homens feridos deitados na estrada sendo atendidos em meio a cenas de confusão.
O governador provincial, Mohammad Ashouri, declarou três dias de luto.
Produto químico para combustível de mísseis
Segundo a empresa de segurança privada Ambrey, o porto teria recebido um carregamento de um produto químico que serviria para fazer combustível de mísseis em março.
O produto fazia parte de um carregamento de perclorato de amônio vindo da China e teria chegado por meio de dois navios. O produto seria usado para reabastecer os estoques de mísseis do Irã, que haviam sido esgotados por seus ataques diretos a Israel durante a guerra com o Hamas, na Faixa de Faza.
O incêndio teria sido resultado do manuseio inadequado de uma remessa de combustível sólido destinado ao uso em mísseis balísticos iranianos”, disse Ambrey.
Em um primeiro momento, ainda neste domingo, o porta-voz do Ministério da Defesa iraniano, general Reza Talaeinik, negou que o combustível para mísseis tivesse sido importado pelo porto.
"Nenhum tipo de remessa importada ou exportada de combustível ou para uso militar estava (ou está) no local do porto", disse ele à televisão estatal por telefone.
Talaeinik classificou as notícias estrangeiras sobre o combustível para mísseis como infundadas, mas não explicou qual material detonou com tamanha força no local. O general prometeu que as autoridades forneceriam mais informações posteriormente.
Não está claro por que o Irã não teria transferido os produtos químicos do porto, especialmente após a explosão no porto de Beirute em 2020.
Essa explosão, causada pela ignição de centenas de toneladas de nitrato de amônio altamente explosivo, matou mais de 200 pessoas e feriu mais de 6.000. No entanto, Israel teve como alvo instalações de mísseis iranianos onde Teerã usa misturadores industriais para produzir combustível sólido — o que significa que, potencialmente, não havia local para processar o produto químico.
Instalações petrolíferas não foram afetadas pela explosão, segundo comunicado da Companhia Nacional de Refino e Distribuição de Petróleo do Irã, que afirmou: "A explosão e o incêndio no Porto Shahid Rajaee não têm ligação com refinarias, tanques de combustível, complexos de distribuição e oleodutos relacionados a esta companhia."
A grande explosão quebrou janelas em um raio de vários quilômetros, segundo a mídia iraniana, com imagens compartilhadas online mostrando uma nuvem em forma de cogumelo se formando após a explosão.
A agência de notícias Fars informou que a explosão foi ouvida em Qeshm, uma ilha a 26 quilômetros ao sul de Bandar Abbas.
Em 2020, computadores no mesmo porto foram alvo de um ciberataque que causou grandes congestionamentos nas vias fluviais e nas estradas. O jornal "The Washington Post" havia reportado que o arquirrival do Irã, Israel, parecia estar por trás desse incidente como retaliação a um ataque cibernético iraniano anterior.
Não houve comentário imediato do Exército israelense nem do gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu quando questionados sobre uma possível ligação de Israel com a explosão.
*Com informações das agências de notícias Reuters e Associated Press.

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