O mundo pode ficar sem Internet? Entenda ameaça de apagão para 2025

Segundo especialistas, um apagão mundial seria um evento catastrófico capaz de interromper eletricidade e comunicações em larga escala. O fenômeno seria causado por explosões solares que emitem a massa coronal (EMC), partículas carregadas que atingem o campo magnético da Terra, provocando tempestades geomagnéticas. Essas tempestades podem prejudicar satélites, sistemas de navegação como GPS, redes de comunicação e a infraestrutura elétrica, causando um colapso temporário da tecnologia global.

O professor Peter Becker, da Universidade George Mason, alerta para o risco de um verdadeiro “apocalipse da internet”. Segundo ele, a internet “atingiu a maioridade numa época em que o Sol estava relativamente calmo, e agora está entrando numa época mais ativa”, criando uma interseção perigosa entre nossa dependência da rede e a atividade solar crescente. Becker destaca que, se uma supertempestade atingir o planeta, “todos os interruptores eletrônicos, todos esses armários eletrônicos em todos os prédios de escritórios... isso tudo poderia fritar” e a reparação poderia levar semanas ou meses.

Além disso, a interrupção dos sistemas afetaria serviços essenciais, como água, aquecimento, transporte e abastecimento de alimentos, além de dificultar transações financeiras e acesso a recursos básicos. O período de reação para minimizar os impactos é curto: apenas dois a quatro dias após uma EMC potente, conforme alerta Becker. Mesmo com sistemas de aterramento, o efeito das correntes induzidas pode danificar equipamentos que teoricamente estariam protegidos, o que reforça o potencial disruptivo de um apagão mundial.

O impacto imediato seria sentido em praticamente todos os aspectos da vida moderna. A internet, considerada um direito humano básico pela ONU desde 2016, deixaria de funcionar, o que afetaria a comunicação, entretenimento, comércio, transporte e serviços essenciais. Um mundo sem internet e eletricidade seria marcado por uma ruptura imediata em praticamente todos os setores da sociedade. Sistemas de comunicação deixariam de funcionar, impossibilitando ligações, mensagens e acesso a redes sociais. Serviços essenciais, como hospitais, transporte público, abastecimento de água e supermercados, sofreriam graves interrupções e muitas operações dependentes de energia elétrica seriam interrompidas, afetando desde elevadores até sistemas de aquecimento.

O impacto econômico também seria enorme. Empresas que dependem da internet para vendas, logística e comunicação entrariam em colapso. Bancos teriam dificuldades em processar transações, caixas eletrônicos parariam de funcionar e o mercado de ações poderia fechar indefinidamente. Em questão de dias, as cidades poderiam enfrentar escassez de alimentos, combustível e medicamentos, demonstrando como a vida moderna está intimamente ligada à energia elétrica e à conectividade.

Além das consequências práticas, a ausência de eletricidade e internet mudaria o cotidiano das pessoas de forma drástica. Atividades simples, como trabalhar, estudar ou se entreter, se tornariam mais complexas ou impossíveis. Comunidades se tornariam isoladas, deslocamentos seriam prejudicados e a sociedade seria forçada a se reorganizar rapidamente, adotando métodos antigos de comunicação e logística enquanto a infraestrutura crítica fosse reparada.

A possibilidade de um apagão mundial em 2025 existe, mas especialistas consideram o cenário improvável de acontecer de forma total. O risco está ligado ao aumento da atividade solar, que entrou em uma fase mais intensa desde 2024, e à ocorrência de super tempestades que poderiam afetar satélites, redes de comunicação e a infraestrutura elétrica. O professor Peter Becker, da Universidade George Mason, alerta que há “cerca de 10% de probabilidade de que, na próxima década, algo realmente grande aconteça e possa acabar com a internet”. Ele destaca que a sociedade moderna nunca enfrentou uma combinação de alta atividade solar com dependência total da rede digital.

Outras ameaças, como ataques cibernéticos massivos e falhas em cabos submarinos, também poderiam provocar interrupções significativas em partes da internet, mas um desligamento global completo seria extremamente difícil de coordenar. Ainda assim, incidentes menores já demonstraram o quão vulnerável a infraestrutura digital pode ser. Por exemplo, em 1988 o Morris Worm derrubou 10% da internet da época, enquanto em 2018 um corte acidental de cabos submarinos afetou grande parte do tráfego na Nova Zelândia.

Embora um apagão total em 2025 seja improvável, a combinação de fatores naturais e humanos mostra que a infraestrutura global é vulnerável a interrupções graves. Para minimizar os riscos, cientistas e empresas de tecnologia monitoram a atividade solar, reforçam a segurança cibernética e desenvolvem sistemas de alerta que permitem agir com antecedência caso uma tempestade ou falha crítica esteja prestes a afetar a rede mundial.

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