O que é TWS na caixa de som? Conheça tecnologia que melhora a qualidade

Seja para curtir uma festa ou animar um lugar sozinho, a tecnologia TWS fará a diferença. Veja a seguir os tópicos que serão abordados na matéria para você conhecer tudo sobre esse recurso:

A sigla TWS é a abreviação de True Wireless Stereo, que em português significa "Estéreo Verdadeiramente Sem Fio". O termo "True Wireless" é fundamental. Ele indica a ausência total de cabos, não apenas entre a fonte de áudio e a caixa, mas entre as duas caixas de som que compõem o par. Isso difere de sistemas "wireless" mais antigos, onde um alto-falante principal ainda precisava de um cabo físico para se conectar ao segundo.

A função principal da tecnologia é permitir que dois dispositivos de áudio funcionem como um sistema estéreo 2.0 coeso. Em vez de ambas as caixas reproduzirem o mesmo sinal monofônico, o TWS designa uma caixa como o canal esquerdo (L) e a outra como o canal direito (R). Isso recria o "palco sonoro" pretendido pelo artista. O ouvinte pode perceber a espacialidade da música, ouvindo uma guitarra vindo da esquerda e um vocal vindo da direita, por exemplo.

É crucial diferenciar a conectividade TWS do Bluetooth padrão. A conectividade Bluetooth, por si só, permite que um celular se conecte a uma caixa para reproduzir música. Seu objetivo principal é a transmissão sem fio. A tecnologia, por outro lado, é uma aplicação específica do Bluetooth. Ela gerencia a conexão e a sincronização entre duas caixas de som, dividindo os canais de áudio para criar o efeito estéreo. O TWS melhora drasticamente a qualidade e a imersão da audição.

A arquitetura por trás da maioria das conexões TWS é um modelo de rede conhecido como "Mestre-Escravo". Quando o modo TWS é ativado, uma das caixas de som assume o papel de "Mestre" e a outra se torna a "Escrava". A caixa Mestre é o "cérebro" da operação. Ela é responsável por se comunicar com o seu smartphone e também por gerenciar a conexão com a caixa Escrava. A caixa Escrava, por sua vez, apenas recebe as informações e o sinal de áudio que a Mestre lhe envia.

O fluxo de sinal em um sistema TWS segue uma rota específica. Primeiro, seu smartphone conecta-se via Bluetooth a apenas uma das caixas de som, que se torna a Mestre. Esta caixa Mestre recebe o sinal estéreo completo (canais L e R) do celular. Em seguida, ela processa esse sinal: retém um dos canais para si (por exemplo, o Esquerdo) e retransmite ativamente o outro canal (o Direito) para a caixa Escrava. Isso é feito usando uma segunda conexão Bluetooth estabelecida apenas entre as duas caixas.

Essa arquitetura Mestre-Escravo é a razão por trás de algumas limitações do TWS. O desafio técnico mais significativo é a sincronização, que é vital para que o áudio seja reproduzido em perfeita harmonia, sem atrasos perceptíveis entre os dois lados. Além disso, como essa comunicação entre as caixas é um protocolo complexo e frequentemente criado pelas próprias marcas, a tecnologia, na grande maioria dos casos, só funciona entre duas caixas de som idênticas. Uma caixa TWS da JBL não pode ser pareada em modo estéreo com uma da Sony, por exemplo.

O benefício mais impactante é a melhoria imediata na qualidade sonora e na imersão. Uma única caixa de som projeta o som a partir de um único ponto. O TWS, ao separar fisicamente os canais esquerdo e direito, cria um "palco sonoro" autêntico e amplo. O ouvinte é "envolvido" pelo áudio. Essa separação permite uma experiência de alta fidelidade, onde detalhes como a posição de diferentes instrumentos em uma banda tornam-se claros e perceptíveis.

Além da qualidade, a tecnologia oferece um benefício prático de aumento em potência e cobertura de som. Duas caixas são, de fato, mais altas que uma. O ganho real, no entanto, está na distribuição do som. O TWS é uma ótima opção para ambientes espaçosos. Em vez de ter uma única caixa operando a 100% do volume em um canto (o que pode causar distorção), o recurso permite posicionar duas caixas em locais opostos, ambas operando a 70%. Isso preenche o ambiente com um som mais uniforme, limpo e agradável para todos.

Por fim, a tecnologia TWS oferece uma flexibilidade e um custo-benefício modular. O consumidor não precisa comprar um sistema estéreo completo de uma vez. É possível adquirir uma única caixa de som e usá-la de forma independente. Se, no futuro, houver o desejo de um upgrade de áudio para casa ou para festas, basta comprar uma segunda unidade idêntica. Instantaneamente, as duas caixas portáteis se transformam em um sistema estéreo doméstico, mantendo a total ausência de cabos.

Para o uso doméstico e multimídia, o TWS é ideal para melhorar a experiência auditiva. A capacidade de separar fisicamente as caixas permite usos muito versáteis. O usuário pode, por exemplo, posicionar duas caixas em sua mesa de trabalho, uma de cada lado do monitor. Isso cria um sistema estéreo 2.0 minimalista e sem fios para o computador. Da mesma forma, as caixas podem ser colocadas em estantes ao lado de uma TV ou projetor, substituindo soundbars de entrada e oferecendo uma separação estéreo muito superior para filmes e jogos.

Em festas, eventos e ambientes amplos, o TWS demonstra um de seus maiores trunfos. Em reuniões com amigos, o problema do "ponto de som único" é resolvido. Em vez de a música estar alta em um canto do salão e quase inaudível em outro, o recurso permite distribuir o som uniformemente. Ao posicionar as caixas em cantos opostos de uma sala de estar, varanda ou salão de festas, o som preenche o espaço de forma ambiente e agradável para todos os convidados, sem sobrecarregar nenhum ponto específico.

A natureza totalmente sem fio também traz benefícios para atividades ao ar livre. Seja em um churrasco no quintal, em um dia na praia ou em um parque, o TWS permite criar uma "bolha" de som estéreo. O grupo pode posicionar as caixas ao redor da área de convivência. Isso proporciona uma experiência de áudio compartilhada muito mais rica e imersiva do que uma única caixa de som que precisa ser constantemente movida ou virada para quem quer ouvir.

Antes de iniciar, é vital entender a "regra de ouro" do TWS: as caixas de som devem ser do mesmo modelo e fabricante. O protocolo é quase sempre proprietário, impedindo que marcas diferentes se comuniquem. A segunda regra é sobre o processo de funcionamento: as duas caixas devem primeiro se conectar entre si para estabelecer o link. Somente depois disso é que o smartphone deve ser conectado à caixa Mestre. A maioria dos erros de pareamento ocorre quando o usuário tenta conectar o celular a ambas as caixas ou se conecta a uma delas antes da conexão TWS estar ativa.

Embora o método exato possa variar, o passo a passo geral para conectar duas caixas é o seguinte. Primeiro, ligue as duas caixas idênticas. Certifique-se de que nenhuma delas esteja conectada ao Bluetooth de algum celular. Se necessário, "esqueça o dispositivo" no menu do celular. Em seguida, ative o modo de pareamento TWS em ambas as caixas. Isso pode ser feito pressionando um botão dedicado, pressionando o botão Bluetooth duas vezes rapidamente ou pressionando e segurando o botão por alguns segundos.

Aguarde alguns segundos. As caixas emitirão um som de busca e, depois, um som de confirmação assim que o pareamento TWS entre elas for bem-sucedido. Somente agora, pegue seu smartphone e abra o menu Bluetooth. Você deverá ver o nome de apenas uma caixa de som disponível na lista. Conecte-se a essa única caixa. O áudio será automaticamente reproduzido em estéreo, saindo de ambas as unidades. Se falhar, desligue o Bluetooth do celular e tente o pareamento entre as caixas novamente.

É fundamental entender a diferença entre TWS (Estéreo) e "Party Mode" (Mono). O primeiro, como explorado neste guia, foca na qualidade de áudio estéreo e, por limitações técnicas, está quase sempre limitado à conexão de apenas duas caixas idênticas. Em contrapartida, o segundo é um termo para tecnologias proprietárias que focam em volume e quantidade de pontos de som. Elas permitem conectar múltiplas caixas de som (de 3 até 100). O objetivo é criar um som massivo, mas o áudio é quase sempre reproduzido em Mono em todas as caixas. Assim, o "palco sonoro" é deixado de lado.

Essa funcionalidade gerou uma "guerra de protocolos", com cada fabricante criando seu próprio ecossistema fechado. A JBL usa o PartyBoost, que não é compatível com seus padrões antigos, Connect e Connect+. A Sony usa o Party Connect, também incompatível com seu padrão anterior, Wireless Party Chain. A Anker usa o PartyCast. Esses sistemas não conversam entre si, prendendo o consumidor a uma única marca e geração de produto.

O futuro do áudio conectado é o Auracast. Ele não é uma marca, mas sim um novo padrão universal que faz parte do próprio Bluetooth LE Audio. O Auracast abandona o "pareamento" e adota o "broadcast", funcionando como uma rádio privada. Uma fonte, como uma TV, pode transmitir áudio, e um número ilimitado de dispositivos pode "sintonizar" essa transmissão. Pela primeira vez, uma caixa JBL poderá sintonizar a mesma transmissão que um fone da Sony, sinalizando o fim dos ecossistemas fechados.

A tecnologia TWS é altamente escalável. Ela está presente em produtos que variam de caixas de som ultra-portáteis a potentes modelos de festa. As opções a seguir ilustram perfeitamente como o TWS se aplica a diferentes categorias de produto,s para diferentes propósitos.

Esta caixa de som é focada em entretenimento. Com 100W de potência e um show de luzes RGB que sincroniza com a música, seu propósito é ser o centro de uma festa. Ela possui uma autonomia de até 6 horas e resistência a respingos IPX4. Seu diferencial é a entrada de microfone com fio para karaokê. A tecnologia TWS da JBL permite parear duas unidades Encore Essential, criando um sistema estéreo portátil de 200W para preencher um salão.

O modelo está disponível na Amazon pelo preço de R$ 1.590. É uma caixa de som muito popular em sua categoria. Nas avaliações da plataforma, o produto conta com uma nota média de 4,8 de 5 estrelas. É uma escolha indicada para quem organiza festas e precisa de um sistema de som potente e fácil de transportar, que também funcione como karaokê.

Este modelo da WAAW by ALOK se encaixa na categoria "boombox", focada em potência bruta e resistência extrema. Com 180W de potência, ela supera a JBL PartyBox Encore Essential em volume e oferece certificação IPX7. Isso significa que ela pode ser submersa em até 1 metro de água por 30 minutos. Combinada com uma bateria de até 12 horas, é uma escolha para festas na piscina e na praia, onde o risco de contato com a água é alto.

A soundcore Select 4 Go, da Anker, representa o extremo oposto: foco em portabilidade total e custo-benefício. Com 5W de potência, esta é uma caixa de som pessoal, projetada para ser levada para qualquer lugar. Seus maiores trunfos são a impressionante bateria de até 20 horas e a certificação IP67. Essa classificação a torna totalmente à prova de poeira e submersão na água. Ela também é projetada para flutuar, sendo perfeita para uso no chuveiro ou dentro da piscina.

Com preço de R$ 160 na Amazon e avaliação de 4,7 de 5 estrelas, este modelo demonstra a acessibilidade da tecnologia TWS. Com 5W, um par TWS não irá animar uma grande festa. No entanto, pelo preço, o usuário pode comprar duas unidades e criar um sistema estéreo de 10W. Isso resulta em uma boa solução de áudio para um notebook, quarto ou para levar em trilhas e viagens.

Veja no vídeo abaixo: [Unboxing] JBL Clip 4 Eco, modelo portátil e potente

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