À medida que Trump volta à Casa Branca, ele e os conselheiros decidem sobre quais políticas adotar em uma região que foi transformada desde o primeiro mandato.
Diplomatas também observam com atenção quais serão as escolhas do governo Trump de política externa para a região, que enfrenta uma escalada de tensão desde o início do conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas, em 7 de outubro de 2023.
Trump já indicou que o conflito pode estar no topo da lista de prioridades do governo. Na semana passada, ele alertou o Hamas que deve libertar os reféns até a posse, ou “o inferno irá explodir e não será bom para ninguém”.
Um dos principais nomes responsáveis por essa movimentação antes de Trump voltar ao poder é o do enviado do republicano ao Oriente Médio, Steve Witkoff — um bilionário promotor imobiliário da Flórida que não tem experiência no campo diplomático.
Na tentativa de destravar o impasse para o acordo de cessar-fogo em Gaza – negociado por mais de um ano – Witkoff chegou à região acelerando as conversas e pressionando os líderes para a aprovação dos termos do texto.
Além de delegações do Egito e do Catar, tanto Joe Biden como Trump enviaram representantes às negociações. Agora, ambos tentam levar o crédito pelo acordo.
As garantias de Witkoff teriam convencido o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, a aceitar o acordo, apesar das ameaças de políticos de extrema-direita de retirar o partido da coligação do governo caso o texto fosse aprovado.
Netanyahu ainda pode ter planos de expandir assentamentos na Cisjordânia, o que pode ter sido fundamental para que o premiê israelense conseguisse convencer o ministro da Segurança Nacional a aceitar as negociações. Itamar Ben Gvir é contrário ao fim dos combates e um dos expoentes da extrema-direita do governo.
Mudanças significativas no Oriente Médio mexeram com o mundo nos últimos anos, incluindo o início da guerra entre Israel x Hamas, a queda de Bashar al-Assad na Síria e um possível enfraquecimento do Hezbollah e do Hamas.
Durante o primeiro mandato, Trump adotou políticas pró-Israel, como o reconhecimento de Jerusalém como a capital israelense e a mudança da embaixada americana em Tel-Aviv.
O primeiro governo de Trump também adotou medidas consideradas linha-dura em relação ao Irã, com o aumento de sanções contra o país e a saída do acordo nuclear. Em 2020, os americanos também mataram o comandante militar mais poderoso do Irã, o general Qasem Soleimani, num ataque aéreo.
Além disso, o governo do republicano intermediou os chamados “Acordos de Abraão”, criados para estabilizar a relação diplomática entre Israel e países como Emirados Árabes Unidos, Bahrein, Sudão e Marrocos.
Estes acordos, no entanto, foram firmados sem que Israel aceitasse a formação de um futuro Estado palestino independente, o que era uma condição dos países árabes para as negociações.
Após o anúncio do cessar-fogo na Faixa de Gaza, Trump declarou que iria promover "a paz pela força" na região e ampliar os Acordos de Abraão, o que pode significar a elaboração de um acordo entre Israel e a Arábia Saudita.
Mesmo após o anúncio do acordo de cessar-fogo, novos desafios despontam para o governo de Trump na implementação do tratado, que prevê, segundo Biden, "o fim permanente da guerra".
Segundo o ex-embaixador israelense nos EUA, Michael Oren, o primeiro mandato de Donald Trump foi "exemplar" no que diz respeito a Israel. De acordo com ele, a esperança é que o governo siga a mesma linha na nova gestão.
Mesmo que Trump se mostre um político muitas vezes imprevisível, a expectativa é que o próximo governo mantenha o apoio irrestrito a Israel, pressionando qualquer resistência à ocupação israelense, além de isolar ainda mais o Irã, intensificando as sanções e ações contra Teerã.
Trump tenta receber os 'louros' do acordo de cessar-fogo em Gaza — Foto: Helena Cunha/GloboNews

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9 meses atrás
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