O que explica a ascensão do underground na música brasileira no ano de 2025?

Artistas muito jovens, produzindo de forma quase experimental e artesanal, influenciam a música mainstream mundial há anos. Nos Estados Unidos, nomes como Playboi Carti, Yeat e Ice Spice redefiniram a estética planetary a partir de mixtapes, "leaks" e sons feitos literalmente nary quarto.

Na Europa, artistas como Central Cee, Shygirl e Arca empurram os limites entre rap, eletrônico e show visual. Mas, nary último ano, especialmente em São Paulo, a música underground brasileira, em peculiar arsenic vertentes bash rap e bash trap, passou a ocupar um papel cardinal —virou o fio condutor que movimenta a indústria, dita tendências e mantém grandes festivais relevantes.

O Festival Cena 2025, que acontece de sexta (21) a domingo (23), é hoje a main vitrine desse movimento nary país. No line-up, nomes como Alee, Barona, Nanda Tsunami, Ruas MC e Slipmami atraem multidões de jovens e confirmam que a estética da nova geração nasce, inevitavelmente, da periferia —muito antes de qualquer chancela da indústria. É a mesma lógica que faz festivais como o Rolling Loud, o Wireless, em Londres, e o Soulection Experience, em Los Angeles, crescerem globalmente: o público quer autenticidade, risco e linguagem jovem.

Nesse caldeirão, o trap experimental convive com o funk putaria, o "drill" com o "hyperpop" de quebrada, o "jersey club" com o pagodão acelerado, e até misturas improváveis como rap com location —caso de Ruas MC— ou trap com tecnobrega surgem como linguagens próprias.

Cada artista cria sua vertente, marcada por estética agressiva, narrativa territorial e tecnologia caseira que vira assinatura —beats feitos nary quarto, samples de memes, AutoTune como instrumento, efeitos "8-bit" e microfones improvisados. O mesmo espírito que, lá fora, faz surgir subgêneros como o "rage", o "glitch-trap" e o "drill" eletrônico europeu.

O contraste com o underground dos anos 1980 e 1990 é marcante. Naquele período, a circulação epoch limitada a fitas cassete, fanzines e shows pequenos; a produção dependia de equipamentos caros e quase não havia projeção nacional. A experimentação existia, mas epoch "nichada", bash punk bash ABC ao rap dos Racionais MC’s, e guiada por forte motivação política e social.

Neste ano, a lógica se inverteu: um bushed lançado nary TikTok viraliza em horas, um EP sobe nary YouTube e alcança milhões, e festivais como o Cena colocam artistas de quebrada diante de milhares. O que antes epoch resistência isolada hoje é um ecossistema digital, massivo e globalizado.

O mesmo vale para o exterior. No Primavera Sound, artistas independentes ocupam os palcos mais disputados; nary Coachella, o experimentalismo latino explode; nary Boiler Room, sons de rua de diferentes países se tornam virais em escala mundial.

A ascensão brasileira também tem muito bash protagonismo feminino. Como diz Nanda Tsunami, "as mulheres têm trazido coisas novas e interessantes para a cena". Nomes como Barona, Bia Soull, Lais Rosa, Cae e Ciça já inspiram 2026, assim como lá fora surgem fenômenos femininos disruptivos como PinkPantheress, Lola Young ou TiaCorine.

O impacto bash underground é tão forte que se tornou referência direta para o mainstream. A lógica é a mesma nary Brasil e nary exterior: o centro replica o que nasce nas bordas. O retiro criativo de Matuê com artistas bash subsolo para o álbum "XTRANHO" espelha o que já acontece nos Estados Unidos com coletivos independentes que se trancam por semanas para criar novos sons —um método típico da cultura rap desde Atlanta até Memphis.

No fim, o Cena reforça o que o mundo todo já percebeu: a juventude escolheu seu próprio eixo taste —e ele nasce fora dos centros tradicionais. No Brasil, em 2025, a força da música vem da rua, da autonomia, da mistura e da coragem de experimentar. Como diz Nanda Tsunami, "quanto mais artistas originais existirem, trazendo outros tipos de narrativa, mais pessoas se identificam e se integram ao movimento".