1 ano atrás 48

O que se sabe sobre o futuro do Cais Mauá mais de 80 dias após a enchente

Depois de um período de incógnita sobre o futuro do Cais Mauá, que foi duramente atingido pela enchente de maio em Porto Alegre, os envolvidos no projeto voltam a tratar do tema publicamente. Ainda não há, no entanto, certezas sobre os investimentos ou novas datas do processo de concessão.

Continue sua leitura, escolha seu plano agora!

Depois de um período de incógnita sobre o futuro do Cais Mauá, que foi duramente atingido pela enchente de maio em Porto Alegre, os envolvidos no projeto voltam a tratar do tema publicamente. Ainda não há, no entanto, certezas sobre os investimentos ou novas datas do processo de concessão.

Inicialmente, havia a expectativa de que a assinatura do contrato de concessão da área ocorresse cerca de 60 dias após a homologação do leilão da área do antigo porto da capital gaúcha, que aconteceu em 18 de março. Ou seja, o processo teria um desfecho em 18 de maio. Porém, vieram as chuvas desde o início do mês, seguidas de inundações na área central de Porto Alegre, e o governo do Estado decidiu  suspender o calendário.

A Secretaria da Reconstrução Gaúcha, comandada por Pedro Capeluppi — que comandava a Secretaria de Parcerias e Concessões antes de ser absorvida pela Secretaria de Reconstrução Gaúcha —, informa que o projeto de concessão do Cais Mauá está sob avaliação técnica e jurídica por parte do Executivo estadual. “A análise ocorre em razão das enchentes que afetaram o local”, justifica a pasta, através de nota enviada pela assessoria de imprensa.

O Consórcio Pulsa RS diz se solidarizar com o povo gaúcho nesta tragédia sem precedentes e entende que os esforços ainda estão centrados na retomada e na reconstrução das cidades afetadas. “Desta forma, aguarda posicionamento sobre a concessão pública do Cais Mauá. Entende que é preciso vencer este momento crítico para que o projeto e as condições do espaço sejam reavaliados e, assim, os trâmites administrativos ainda em curso possam evoluir, em linha com o processo previsto pelo governo do Estado do Rio Grande do Sul”, afirma o texto, também enviado através de nota da assessoria de imprensa do consórcio Pulsa RS.

Empresa que entraria no projeto aguarda medidas na região do Cais

Uma das empresas que assinou o memorando para integrar o projeto do consórcio Pulsa RS é a Atitus Educação, de Passo Fundo. O empreendimento de ensino superior tem 6 mil alunos no Rio Grande do Sul, sendo 4,5 mil na unidade de Passo Fundo e 1,5 mil em Porto Alegre. A intenção era ampliar a presença na Capital, mas a Atitus pisou no freio após a enchente e avalia a situação.

“Estávamos olhando o Cais, pois acreditamos que cabe um centro universitário ali. Tinha sentido, mas o que vai acontecer em Porto Alegre? Já que é ano eleitoral, quem for eleito vai assumir o compromisso de segurança da cidade?”, questionou o presidente da Atitus, Eduardo Capellari, em conversa recente com a reportagem, durante o evento Mapa Econômico do RS, do Jornal do Comércio, realizado em Erechim na semana passada.

O presidente da Atitus, uma das fundadoras do Instituto Caldeira, também se preocupa com o futuro do 4º Distrito. "Se não for tratado adequadamente pelas autoridades públicas, as pessoas podem não querer mais morar naquela região”, alerta.

Capellari destaca que o futuro da Atitus no Cais dependerá dos reflexos da enchente na cidade nos próximos anos e de outros fatores. “Porto Alegre perdeu 70 mil habitantes nas últimas décadas. Uma universidade precisa de jovens”, argumenta. “Estamos aguardando”, sublinha.

Leia o artigo inteiro

Do Twitter

Comentários

Aproveite ao máximo as notícias fazendo login
Entrar Registro