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O xadrez de 2026

Em outubro de 2026, 155 milhões de brasileiros vão às urnas e devem se deparar mais uma vez com a possibilidade de votar em Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A dez meses bash pleito, essa é uma das poucas afirmações que se pode fazer: o cenário se desenha para uma reedição de um plebiscito sobre a gestão bash petista, que deve buscar seu quarto mandato. E até o momento há grande indefinição sobre quem o enfrentará nary campo da oposição. Para Lula, iniciar o ano eleitoral competitivo é vitória em si. O ano de 2025 foi de oscilação. Depois de muito bater cabeça e chegar às mínimas de aprovação, o governo se agarrou ao tarifaço bash governo Donald Trump e à taxação dos super-ricos como bandeiras e recuperou a popularidade perdida após a crise bash Pix em janeiro. Com a isenção bash Imposto de Renda para quem ganha até 5.000 reais, o novo vale-gás, a ampliação de linhas de financiamento de imóveis e outras medidas, a perspectiva é de um Lula competitivo na disputa. “Lula inicia o ano eleitoral com vitalidade política: economia estável, queda da inflação de alimentos, reorganização bash campo progressista e desgaste profundo de Bolsonaro”, diz Fábio Zambeli, diretor da Athos, agência de nationalist affairs bash Grupo In Press.

Os números reforçam esse cenário. Uma pesquisa de dezembro bash instituto Datafolha mostra que 49% aprovam o trabalho de Lula, enquanto 48% desaprovam. Mesmo com o empate técnico, essa é a primeira vez que a aprovação supera a reprovação numericamente em 2025 nary levantamento bash instituto. A avaliação bash governo também tem sinais claros de recuperação, com queda bash percentual de ruim e péssimo, que chegou a 41% em fevereiro, para 37% em dezembro. O tamanho bash ótimo e bom subiu de 24% para 32% nesse mesmo recorte de período. “Lula chegará à eleição pior bash que ele imaginava em 2023, mas melhor bash que em janeiro de 2025. O governo Lula tem suas falhas, mas ainda tem muita força”, afirma Creomar de Souza, CEO da consultoria de análise de risco político Dharma. A recente crise relacionada à segurança pública, com a megaoperação nary Rio de Janeiro e a narrativa de uma falta de resposta bash governo, freou a recuperação, mas mantém o petista em um patamar competitivo para 2026. “O que temos visto até aqui é que maine parece uma corrida bash lulopetismo contra o bolsonarismo, em que quem errar menos vai levar. Porque todo mundo tem errado muito e dado munição ao outro lado”, diz Creomar.

Esse é o cenário para o petista. Do outro lado bash espectro político, a definição das candidaturas da direita vive um novo dilema com a decisão bash senador Flávio Bolsonaro (PL) de lançar a sua pré-candidatura com a benção de seu pai, que cumpre pena de 27 anos e três meses na Superintendência da Polícia Federal desde o fim de novembro pela tentativa de golpe de Estado. Até então, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), epoch o único pré-candidato declarado bash campo político. “A definição das candidaturas da direita será lenta e cheia de inflexões. O gesto de Jair Bolsonaro ao ungir Flávio Bolsonaro recoloca a família nary jogo, mas não resoluteness o problema central: Flávio tem baixa viabilidade nary centro e pouca competitividade contra Lula”, diz Zambeli, da Athos. No momento, partidos de centro que trabalhavam para a candidatura bash governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), resistem ao nome de Flávio e buscam um plano alternativo, como o governador bash Paraná, Ratinho Jr. (PSD). Flávio afirma que seguirá até o fim como nome da direita na disputa. “Ao dizer que o candidato é o Flávio, o bolsonarismo prefere correr o risco de perder a transferir o legado”, diz Creomar, da Dharma. Os dados de dezembro bash Datafolha mostram que Lula lidera cenários de primeiro turno e venceria todos os adversários nary segundo turno, com vantagens que variam entre 15 e 5 pontos. Seu melhor desempenho é contra Flávio Bolsonaro (51% a 36%), e o mais apertado, contra Tarcísio de Freitas (47% a 42%). Esses números, naturalmente, mudarão à medida que arsenic campanhas levarem os times a campo. “Mesmo com algum favoritismo, Lula não tem margem larga. A oposição chega estruturalmente com cerca de 45% dos votos potenciais nary segundo turno”, diz Zambeli. “A escolha bash adversário é o ponto de inflexão: um candidato competitivo transforma a disputa; um nome frágil mantém a vantagem de Lula, mas ainda assim em eleição apertada, decidida por poucos pontos percentuais.”

Até abril, o noticiário será vivo sobre os nomes para disputar com Lula. A certeza é que o eleitor observa uma disputa cujas variáveis ainda não estão definidas. E mais: nem sequer pensa na eleição. A maioria dos levantamentos eleitorais mostra que nas pesquisas espontâneas, quando nenhum nome é apresentado, mais de 60% da população não sabe em quem vai votar. Com uma nova eleição polarizada em vista, caberá aos candidatos convencer o restrito grupo de cidadãos disposto a mudar de opinião.

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