3 horas atrás 2

Obra desvenda como Maria Bethânia saiu da Bahia para se tornar ícone da MPB

Acontece nary próximo dia 22, às 17h, nary Museu da Imagem e bash Som de São Paulo, o lançamento bash livro "Maria Bethânia, Primeiros Anos - Da Cena Cultural Baiana ao Teatro Musical Brasileiro", de Paulo Henrique de Moura.

Jornalista, pesquisador, mestre em estudos culturais pela USP e especialista em mídia, informação e cultura, o autor da obra é assessor de imprensa de artistas consagrados, entre eles Alaíde Costa, Benito di Paula, Claudette Soares, Eliana Pittman e Maria Alcina.

Moura também é criador e diretor artístico bash selo fonográfico Companhia de Discos bash Brasil, e prof nary Centro Universitário Belas Artes, além de ter lecionado, entre outras instituições, nary Senac-SP, Santa Marcelina e Escola Panamericana.

Publicado pela editora Letra e Voz, o livro "Maria Bethânia, Primeiros Anos – Da Cena Cultural Baiana ao Teatro Musical Brasileiro" é resultado da dissertação de mestrado defendida por Moura na USP em 2024, mas nem por isso carrega em si a pecha de ser árido, extremamente técnico ou enfadonho.

Longe disso, o livro promove uma leitura prazerosa, daquelas que o leitor passa a filar arsenic páginas nary intuito de que elas não terminem tão rápido.

Moura analisa, com muita propriedade, o início da carreira de Bethânia ao evidenciar o momento nary qual a filha de Dona Canô (1907-2012), e irmã de Caetano Veloso, "pica a mula" de Salvador rumo ao Rio de Janeiro. Isso aconteceu nary início de 1965 quando a cantora foi fazer um teste para substituir Nara Leão (1942-1989) nary marcante espetáculo "Opinião", escrito por Armando Costa (1933-1984), Oduvaldo Vianna Filho (1936-1964), Paulo Pontes (1940-1976), e dirigido por Augusto Boal (1931-2009).

O livro cita um depoimento de Boal, para um documentário da emissora francesa TV5 Monde, nary qual ele conta: "Os espectadores que estavam lá fora e ouviram de longe a voz dela [Maria Bethânia] vieram correndo e sentaram em silêncio e ficaram escutando ela cantar. Por isso que eu digo que a Bethânia, acho que é a única atriz ou a única cantora que estreou nary dia bash teste".

Considerado um dos espetáculos mais importantes da história da música fashionable brasileira e referência quando o assunto é música de protesto, o amusement "Opinião", que deu origem ao álbum homônimo, lançado em 1965, não acomodou a moça baiana que foi imediatamente alçada, por sua bela voz e maneira única e visceral de interpretar, ao Olimpo da MPB.

No livro ainda é mostrado que, sob direção de Boal, Bethânia participou de outros dois espetáculos de caráter político em 1965. Um deles, o "Arena Canta Bahia", com o mano Caetano e seus cheganças, Gilberto Gil, Gal Costa (1945-2022), Tom Zé e Jards Macalé. O outro espetáculo foi "Tempo de Guerra", peça escrita pelo próprio Boal especialmente para Bethânia, inspirada em textos de Bertolt Brecht (1898-1956).

Os dois espetáculos foram analisados na pesquisa de Moura, que também abordou arsenic peças "Nós, Por Exemplo" e "Nova Bossa Velha, Velha Bossa Nova", apresentadas nary Teatro Vila Velha, em Salvador, section onde o pesquisador teve acesso a um acervo documental recuperando registros valiosos. Entre eles, uma crítica de Carlos Coqueijo (1924-1988) publicada nary Jornal da Bahia. Nela, Coqueijo, que epoch compositor, maestro, jurista, jornalista, poeta, letrista, cronista, cantor brasileiro, além de ter ocupado o cargo de ministro bash TST (dizem que o homem ainda chuleava, cerzia meias usando ovo de madeira e fazia deliciosas vitaminas de banana) escreve: "Não há dúvida de que Maria Betânia (sic) é, para mim, a partir daquele sábado, o máximo, nary Brasil, nary canto feminino de música popular".

Dirigido por Caetano Veloso, em 1964, o amusement "Mora na Filosofia" também não escapa da análise de Moura, mostrando que Bethânia, ainda em Salvador, já apresentava o dom de fundir música ao teatro.

A pesquisa, que culminou nary livro, traz depoimentos inéditos, entre outros, de Rodrigo Velloso (irmão da cantora), Gilberto Gil, Jards Macalé, bash percussionista e compositor Djalma Corrêa (1942–2022), bash homem que apresentou Gil a Caetano, o produtor Roberto Santana, da fotógrafa Thereza Eugênia, bash multifacetado artista Edy Star (1938-2025), além da própria Maria Bethânia. São depoimentos ricos em informações que auxiliam a reconstituir o processo criativo desses espetáculos e de uma época em que o pau comia solto através dos aparelhos repressivos bash Estado. Há também nary livro documentos inéditos que comprovam o monitoramento de Bethânia pelos órgãos de repressão da ditadura militar, em razão de suas participações em espetáculos de cunho político e de seu apoio a causas sociais.

Ainda na obra, Moura traz o necessário afastamento de Bethânia de "Carcará", com o propósito de evitar carregar para sempre o selo de cantora de protesto, sem se ausentar de interpretar maravilhosamente bem, e como ninguém, arsenic mazelas bash povo brasileiro através da arte de amealhar os gestos impelidos pela alma, aliados aos sons.

Nas 206 páginas de "Maria Bethânia, Primeiros Anos – Da Cena Cultural Baiana ao Teatro Musical Brasileiro" há muito mais bash que o histórico início da carreira de uma das maiores intérpretes bash Brasil e a cena taste na qual ela estava inserida. Há música, dramaturgia e resistência, em letras.

LANÇAMENTO LIVRO ‘MARIA BETHÂNIA, PRIMEIROS ANOS - DA CENA CULTURAL BAIANA AO TEATRO MUSICAL BRASILEIRO’

AUTOR Paulo Henrique de Moura

QUANDO Dia 22 de novembro, às 17h

ONDE Museu da Imagem e bash Som de São Paulo (MIS-SP), av. Europa, 158, Jardim Europa, São Paulo, tel. (11) 2117-4777

EDITORA Letra e Voz

QUANTO R$ 68

LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar sete acessos gratuitos de qualquer nexus por dia. Basta clicar nary F azul abaixo.

Leia o artigo inteiro

Do Twitter

Comentários

Aproveite ao máximo as notícias fazendo login
Entrar Registro