Noboa venceu a esquerdista Luisa González em um segundo turno marcado por disputa acirrada e realizado em meio a tensões causadas pela violência ligada ao tráfico de drogas.
Com mais de 90% das urnas apuradas, Noboa estava à frente por mais de um milhão de votos, uma diferença de 12 pontos percentuais (56% contra 44%). A OEA atuou como observadora do processo eleitoral.
"A missão da OEA enfatiza que a cidadania se manifestou de forma pacífica e contundente durante o dia da votação", afirma o comunicado da entidade.
González disse aos apoiadores que não reconhece os resultados e que exigirá uma recontagem.
Nas pesquisas de intenção de voto, ambos estavam empatados. A diferença de votos a favor de Noboa, portanto, foi vista como uma surpresa.
A votação foi encerrada às 19h (horário de Brasília) e ocorreu sem incidentes de segurança. A eleição registrou quase 84% de participação dos eleitores, segundo Diana Atamaint, presidente do Conselho Nacional Eleitoral.
Oposição rejeita resultados
González disse a seus apoiadores no domingo que não aceitava os resultados, que chamou de fraude "grotesca", e que exigiria uma recontagem.
Ela não apresentou nenhuma evidência de fraude nem convocou protestos imediatamente.
Noboa, González e seu mentor, o ex-presidente Rafael Correa, haviam dado declarações sobre possíveis fraudes antes da votação. No primeiro turno, uma denúncia de fraude feita por Noboa já havia sido descartada por observadores internacionais.
Alguns membros influentes do partido de González, a Revolução Cidadã (RC), começaram a reconhecer individualmente a vitória de Noboa nesta segunda-feira.
Luisa González, de esqueda, e o atual presidente Daniel Noboa disputam o segundo turno — Foto: Karen Toro/Reuters
Os últimos anos têm sido brutais para o Equador, país de 18 milhões de pessoas. A violência causada pelo tráfico de drogas levou a um aumento no número de homicídios, ao assassinato de um candidato à presidência, à tomada de prisões por grupos criminosos e a um ataque armado a uma emissora televisiva enquanto seus jornalistas faziam uma transmissão ao vivo.
"Nos noticiários há sangue puro, tiros, sequestros, extorsionários. Não dá para viver assim e, ainda por cima, o que se ganha não é suficiente", disse à AFP Raquel García, de 23 anos, que não tem um emprego fixo.
Isto "trouxe muita tensão, muito nervosismo para esse segundo turno, disse José Antonio de Gabriel, chefe-adjunto da missão de observação da União Europeia, à Teleamazonas.
Militares na véspera da eleição presidencial no Equador — Foto: Karen Toro/Reuters
Neoliberalismo x estado maior
Noboa, que se define de centro-esquerda, mas na prática tem um governo de centro-direita, aplica o neoliberalismo.
Uma década de gastos sem a bonança do petróleo aumentou a dívida pública para cerca de 57% do PIB, de acordo com o FMI.
A produção não atingiu 500.000 barris por dia desde 2020 devido ao desinvestimento. O desemprego e o subemprego chegam a quase 23%, e a pobreza atinge 28% da população em um país focado em financiar a guerra contra as drogas.

Eleição no Equador: Presidente Daniel Noboa disputará segundo turno com a candidata da esquerda Luisa González

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6 meses atrás
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