A área global de vinhedos vem diminuindo nos últimos quatro anos. Essa foi uma das conclusões da Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV) nesta terça-feira (15) quando apresentou ao mundo as estatísticas da bebida em 2024. No ano passado, foram 7,1 milhões de hectares, uma contração de 0,6% em comparação com 2023. A tendência de queda é impulsionada pela remoção de vinhedos nas principais regiões vinícolas, mas alguns países estão mostrando uma dinâmica de expansão das videiras. A produção global de vinho em 2024 é estimada em 226 milhões de hectolitros, a menor em mais de 60 anos – uma queda de 5% em relação a 2023. "Isso se deve, em grande parte, a eventos climáticos extremos e imprevisíveis nos hemisférios Norte e Sul, causados pelas mudanças climáticas", explica John Barker, diretor geral da OIV.
Ele afirmou ainda que esses impactos representam um desafio de adaptação para o setor vitivinícola, mas que uma adaptação bem-sucedida traria oportunidades. "Trabalhar juntos para desenvolver soluções para as mudanças climáticas e fazer do vinho um exemplo de sustentabilidade; investir em pesquisas com novos públicos para que possamos ver o vinho através de seus olhos; reforçar nosso compromisso com o multilateralismo e o comércio global: esses são os elementos que impulsionarão o setor vitivinícola", sugeriu.
Em 2024, o consumo global de vinho é estimado em 214 milhões de hectolitros, uma retração de 3,3% em relação a 2023. Se confirmado, isso representaria o menor nível de consumo global desde 1961. "Isso se deve a uma interseção de fatores econômicos e geopolíticos que geram inflação e incerteza, bem como a um declínio em mercados maduros, moldados pela evolução das preferências de estilo de vida, mudanças nos hábitos sociais e mudanças geracionais no comportamento do consumidor", explica o relatório anual da OIV. "No entanto, em 195 países, o vinho nunca foi tão amplamente consumido em todo o mundo. Várias nações combinam forte consumo geral com populações muito grandes e ainda oferecem um significativo potencial de crescimento", completa a organização. Itália, França, Espanha, Estados Unidos e Argentina são, nesta ordem, os maiores produtores mundiais da bebida. Já os maiores consumidores são os Estados Unidos, França, Itália e Alemanha.
"Apesar dos declínios contínuos na produção e no consumo, espera-se que o equilíbrio do mercado global se mantenha em 2024, visto que é improvável que a produção exceda a demanda, continuando a tendência observada com a pequena safra de 2023. Dois anos consecutivos de baixa produção podem ajudar a estabilizar o mercado, embora os níveis de estoque provavelmente permaneçam desiguais entre as regiões", aponta a OIV. O Brasil produziu 2,1 milhões de hectolitros em 2024, uma queda de 41% em relação ao ano de 2023. Os brasileiros consumiram 3,1 milhões de hectolitros, 10% a menos do que em 2023. O consumo per capita voltou a ser menor do que dois litros (1,9 litro). Em 2023, esse índice era de 2,4 litros.

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