Publicado 10.11.2023 19:39 Atualizado 10.11.2023 20:10
© Reuters. ONS estima alta de 11% no consumo de energia com nova onda de calor
A nova onda de calor prevista para os próximos dias em parte do Brasil deve aumentar em 11% o consumo de energia elétrica no país em novembro, projeta o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico). A estimativa foi revisada para cima nesta 6ª feira (10.nov.2023) durante reunião semanal da entidade sobre a operação. Eis a íntegra do boletim (PDF – 611 kB).
A demanda de carga no SIN (Sistema Interligando Nacional) deve ser de 79.781 MWmed (megawatts médios) no mês. Em novembro de 2022, ficou em 71.000 MWmed. O maior avanço deve ser registrado no subsistema Norte, com alta de 15,6% na demanda.
Eis a previsão de aumento da carga no mês na comparação com novembro de 2022:
- Sudeste/Centro-Oeste – 12,1%;
- Sul – 4,4%;
- Nordeste – 11,8%;
- Norte – 15,6%; e
- Sistema Interligado Nacional – 11%.
Rondônia e Acre fazem parte do subsistema Sudeste/Centro-Oeste e o Maranhão integra o Norte. Roraima é o único Estado do país não ligado ao SIN.
O Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) emitiu alerta de grande perigo, que vale até a próxima 4ª feira (15.nov), por risco a saúde por causa da previsão de temperaturas 5º C acima da média. O aviso é válido para São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rondônia.
Com as temperaturas mais altas, é natural que haja aumento no consumo de energia, puxado por maior uso de aparelhos de refrigeração.
RESERVATÓRIOS
As projeções quanto ao volume dos reservatórios do sistema elétrico indicam estabilidade. O indicador de energia armazenada mostra a possibilidade de 2 subsistemas encerrarem novembro com nível acima de 60%: o Sudeste/Centro-Oeste, com 66,3%, e o Sul, com 97,1%.
Para os subsistemas Nordeste e Norte, as indicações de energia armazenada são de 49,2% e 46,2%. As regiões vem enfrentando uma grave seca, enquanto o Sul tem registrado intensos temporais.
Se o previsto para o subsistema Sudeste/Centro-Oeste se confirmar, o índice será 19,8 pontos percentuais maior que o de novembro de 2022 e o melhor resultado para o mês desde 2009 (67,3%).
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