O Open Finance permite que consumidores compartilhem dados bancários entre diferentes instituições para obter melhores serviços e ofertas personalizadas. O serviço vale a pena, já que oferece mais praticidade, transparência e autonomia, mas exige atenção redobrada à segurança digital. Especialistas alertam que o compartilhamento de informações financeiras pode abrir portas para golpes e fraudes, especialmente em apps e sites falsos que simulam serviços oficiais. Por isso, o cuidado com senhas, autenticações e autorizações é fundamental para evitar prejuízos.
Para explicar o funcionamento do Open Finance e os riscos do serviço, o TechTudo realizou entrevistas com Stefano Ribeiro Ferri, advogado especialista em Direito do Consumidor, e Ricardo Pegnoratto, trader institucional da MIDE Mesa Proprietária. Confira a seguir.
Open Finance em foco: saiba o que muda na forma de acessar serviços financeiros e como se proteger de fraudes — Foto: Reprodução/Freepik Open Finance: tudo o que você precisa saber
Neste guia, explicamos como o Open Finance funciona, quais riscos existem e as medidas que você pode adotar para proteger dados financeiros. Confira:
- O que é o Open Finance e como o sistema funciona?
- Os riscos por trás da inovação financeira
- Como proteger seus dados no Open Finance?
- Open Finance vale a pena: entenda visão dos especialistas
- O que vem pela frente no Open Finance?
1. O que é o Open Finance e como o sistema funciona?
Segundo o site do Governo Federal, o Open Finance permite que o consumidor compartilhe suas informações financeiras entre diferentes instituições autorizadas pelo Banco Central, incluindo dados bancários, históricos de crédito, investimentos e seguros. Entretanto, a grande mudança é que, agora, o cliente passa a ter controle total sobre seus dados, decidindo com quem compartilhar, por quanto tempo e para qual finalidade.
Na prática, o funcionamento é padronizado e seguro: cada compartilhamento é autorizado explicitamente pelo usuário, dentro de um ambiente protegido. Stefano Ribeiro Ferri, especialista em Direito do Consumidor, destaca que o Open Finance aumenta a autonomia e portabilidade de serviços, criando um ecossistema financeiro mais competitivo e transparente.
O sistema possibilita que usuários recebam ofertas personalizadas e gerenciem todas as suas contas em uma única plataforma. Ao integrar dados de diferentes contas, é possível obter recomendações de crédito, investimentos e seguros mais adequadas ao perfil de cada cliente, transformando a experiência financeira em algo mais simples e eficiente.
Segurança em alerta: entenda os principais riscos do Open Finance e como evitar prejuízos financeiros — Foto: Reprodução/Freepik 2. Os riscos por trás da inovação financeira
Apesar das vantagens, o Open Finance envolve riscos relacionados à segurança de dados. Criminosos podem explorar falhas humanas ou técnicas, aplicando golpes de engenharia social, phishing ou criando aplicativos falsos para obter autorizações indevidas. Segundo Pegnoratto, esse é o maior risco do sistema.
Além disso, nem todas as plataformas cumprem integralmente as exigências do Banco Central. Falhas de segurança em instituições não autorizadas podem expor informações sensíveis, aumentando o risco de vazamentos. Assim, é essencial que o consumidor verifique a credibilidade das plataformas, buscando certificações oficiais e conexões seguras, como HTTPS.
Outro ponto crítico é a maneira como as autorizações são concedidas. Muitos usuários aceitam termos sem ler completamente ou clicam em links suspeitos. Nesse sentido, Ferri recomenda atenção redobrada: confira quais dados estão sendo compartilhados, a finalidade do uso e a duração do acesso, além de revogar permissões desnecessárias regularmente.
3. Como proteger seus dados no Open Finance?
Para navegar com segurança, especialistas indicam boas práticas fundamentais:
- Autenticação em múltiplos fatores: sempre que disponível, use senha + código por SMS, token ou biometria;
- Verificação de domínios e certificados de segurança: confira se o site tem cadeado na barra de endereço e se a URL está correta;
- Revisão periódica de autorizações: consulte o histórico de compartilhamento nos apps oficiais dos bancos e revogue acessos desnecessários;
- Atualização de dispositivos e aplicativos: mantenha sistemas e apps atualizados para corrigir vulnerabilidades;
- Nunca compartilhe senhas ou códigos: o Open Finance nunca exige a senha do banco para autorizar compartilhamento.
Ferri também alerta para evitar links recebidos por e-mail, WhatsApp ou redes sociais para iniciar o compartilhamento. Sempre inicie o processo diretamente no site ou aplicativo oficial da instituição financeira.
Futuro do Open Finance: especialistas projetam crescimento, mais segurança e inclusão financeira para todos — Foto: Reprodução/Investidor10 4. Open Finance vale a pena: entenda visão dos especialistas
Para Pegnoratto, o Open Finance é uma revolução na relação do consumidor com seu dinheiro. Com consentimento ativo, é possível que fintechs ou bancos analisem o histórico financeiro para oferecer produtos mais vantajosos, como empréstimos com juros menores ou investimentos adequados ao perfil do cliente.
Ferri reforça que a autonomia sobre os dados é essencial. O cliente decide com quem compartilhar informações, por quanto tempo e para qual finalidade, garantindo transparência e controle. A portabilidade de dados cria um ambiente de concorrência saudável, forçando instituições a oferecer tarifas justas e serviços melhores.
Apesar das vantagens, ambos alertam que a adoção do Open Finance exige cautela e educação digital. A leitura cuidadosa dos termos de consentimento, verificação das instituições participantes e revisão periódica das autorizações são medidas essenciais. Com práticas seguras, os benefícios superam os riscos, oferecendo conveniência, personalização e economia.
5. O que vem pela frente no Open Finance?
O Open Finance no Brasil ainda está amadurecendo, mas as perspectivas são positivas. Pegnoratto afirma que o sistema tende a crescer em popularidade à medida que os consumidores percebem seu valor, como ocorreu com o Pix. Bancos e fintechs devem investir cada vez mais em infraestrutura de segurança, APIs robustas e monitoramento contínuo.
A desconfiança cultural é um desafio. Pesquisas indicam que mais de 50% da população ainda se sente insegura para compartilhar dados, preocupada com fraudes e vazamentos. A educação financeira e digital é fundamental para que os usuários entendam os benefícios e adotem hábitos de proteção.
O sucesso do Open Finance dependerá do equilíbrio entre inovação e segurança. Ferri e Pegnoratto concordam que, com controle consciente sobre os próprios dados e práticas de proteção, o sistema promete mais concorrência, produtos financeiros personalizados e inclusão econômica, consolidando-se como uma ferramenta de empoderamento do consumidor.
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