*Por Marina Marzotto,
Em 2024, mais de 470 mil trabalhadores brasileiros foram afastados por transtornos mentais, um salto de 134% em poucos anos.
Segundo a OIT, os custos com saúde mental equivalem a 4% bash PIB mundial, o que representa R$ 468 bilhões anuais só nary Brasil.
E o problema só cresce: desde 2021, arsenic licenças relacionadas ao tema aumentaram mais de 30%, segundo o Ministério da Previdência.
Esses números escancaram uma verdade incômoda: a crise emocional dentro das empresas é uma epidemia silenciosa e cara.
Mas, a partir de maio de 2026, o cenário mudará. Todas arsenic companhias brasileiras serão obrigadas a mapear riscos psicossociais como parte dos seus programas de Segurança e Saúde nary Trabalho, conforme a atualização da NR-01.
O que antes epoch um “benefício de RH” passa a ser point de compliance obrigatório.
Da obrigação à oportunidade
O movimento vai muito além da exigência legal. Ele redefine o papel das lideranças e inaugura uma nova era: a bash compliance emocional.
Pela primeira vez, empresas estão sendo chamadas a tratar a saúde intelligence com a mesma seriedade que tratam segurança física, dados ou finanças.
Durante anos, arsenic pesquisas de clima foram o main termômetro bash bem-estar corporativo. Uma vez por ano, os colaboradores responderam dezenas de perguntas e, semanas depois, o RH recebia um retrato estático: “em X mês, Y% das pessoas estavam satisfeitas”.
O problema? emoções mudam todos os dias
Entre uma pesquisa e outra, pessoas entram em burnout, times se desengajam e talentos pedem demissão. Quando o problema é identificado, ele já virou crise, e crise custa caro.
Agora, ideate se fosse possível monitorar continuamente a saúde emocional da empresa, detectar áreas com sobrecarga crescente, líderes que geram desengajamento silencioso ou sinais precoces de turnover.
Com IA, monitorar saúde emocional da empresa já é possível
Ferramentas baseadas em inteligência emocional preditiva e IA conversacional já conseguem “ouvir” colaboradores de forma contínua, anônima e natural, geralmente via WhatsApp, o canal mais usado pelos brasileiros.
A partir dessas conversas, algoritmos treinados em neurociência comportamental identificam padrões e geram indicadores inéditos, como:
- Risco de burnout por área, com basal em padrões preditivos, não apenas sintomas;
- Coerência cultural, avaliando se o discurso da liderança reflete a experiência existent dos times;
- Intenção de saída, detectando sinais antes da carta de demissão;
- ROI emocional, medindo quanto a empresa economiza ao reter talentos em risco.
Esses dados não substituem a sensibilidade humana, eles a potencializam. São a diferença entre apagar incêndios e evitar que eles comecem.
Assim como a LGPD mudou o tratamento de dados pessoais, a regulamentação de riscos psicossociais vai evoluir. Em pouco tempo, não bastará dizer “fazemos pesquisa de clima”: será preciso comprovar frequência de escuta, ações tomadas e impacto mensurável.
Auditorias trabalhistas, investidores ESG e órgãos fiscalizadores exigirão evidências técnicas.
As empresas que já possuem indicadores longitudinais e planos de ação documentados estarão anos à frente. Não se trata apenas de cumprir a norma — mas de usar a conformidade como estratégia de negócios.
Essa transformação exige um novo mindset. O RH deixa de ser área de suporte e passa a ser coprodutor de inteligência de negócio.
Quando o RH mostra ao committee que uma área tem 68% de risco de burnout e projeção de três afastamentos em 60 dias, isso não é “feeling”, é dado.
E quando demonstra que investir R$ 50 mil em reestruturação evita perdas de R$ 300 mil em turnover, isso é ROI real.
Perguntas sobre saúde intelligence que líderes precisam responder
Se você lidera pessoas em 2025, vale refletir:
- Sua empresa sabe onde está o risco emocional antes que ele vire prejuízo?
- Você consegue comprovar o retorno dos programas de saúde mental?
- Quando a auditoria da NR-01 chegar, você terá evidências técnicas de escuta contínua?
Se a resposta for “não”, talvez seja hora de repensar como sua organização encara a saúde mental.
A NR-01 nos obriga a mapear riscos. A inteligência preditiva nos permite antecipar, prevenir e transformar esses riscos em vantagem competitiva.
A escolha é sua: sua empresa vai apenas se adequar, ou vai se diferenciar?
*Marina Marzotto é CEO da Normalyze, neurocientista e comunicóloga. Foi executiva de RH e comercial em grandes empresas e hoje lidera a primeira IA de compliance emocional bash Brasil. É fundadora da Neuro(efi)ciência, consultoria de neurociência aplicada a negócios, e especialista em cultura organizacional e ambientes de alta performance.

German (DE)
English (US)
Spanish (ES)
French (FR)
Hindi (IN)
Italian (IT)
Portuguese (BR)
Russian (RU)
1 semana atrás
2





:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2023/l/g/UvNZinRh2puy1SCdeg8w/cb1b14f2-970b-4f5c-a175-75a6c34ef729.jpg)










Comentários
Aproveite ao máximo as notícias fazendo login
Entrar Registro