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Papa Francisco, Biden, Trump e mais: líderes mundiais se pronunciam sobre cessar-fogo entre Israel e Hamas

O Papa Francisco agradeceu a todos os mediadores que estiveram a frente do acordo em oração semanal na Praça de São Pedro, no Vaticano.

No discurso, Francisco espera que todos os reféns voltem para casa e que a ajuda humanitária chegue logo à Faixa de Gaza. O Papa também pediu que o cessar-fogo seja "imediatamente respeitado".

"Expresso minha gratidão a todos os mediadores. É um bonito trabalho esse de mediar para que a paz seja alcançada. Obrigado aos mediadores. E também agradeço a todas as partes envolvidas por esse importante resultado", afirmou o Papa Francisco.
"Espero que o que foi acordado seja imediatamente respeitado pelas partes e que todos os reféns possam finalmente voltar para casa e reencontrar seus entes queridos. Rezo muito por eles e por suas famílias", disse.

"Espero que todas as ajudas humanitárias cheguem o mais rapidamente e em grande quantidade à população de Gaza, que tem tanta urgência", completou Fracisco, afirmando que “tanto os israelenses quanto os palestinos, precisam de sinais claros de esperança”.

Papa Francisco em ração semanal do Angelus, na Praça de São Pedro — Foto: VATICAN MEDIA/Divulgação

Donald Trump, presidente eleito dos EUA, publicou na rede Truth Social sobre o início do cessar-fogo. "Reféns começando a sair hoje! Três jovens mulheres maravilhosas serão as primeiras", escreveu.

O novo conselheiro de segurança nacional de Trump, Mike Waltz, disse o que se o Hamas renegar o acordo de cessar-fogo em Gaza para reféns, os Estados Unidos apoiarão Israel "em fazer o que tem que fazer".

Ele acrescentou em uma entrevista ao programa "Face the Nation" da CBS: "O Hamas nunca governará Gaza. Isso é completamente inaceitável."

Trump posta mensagem sobre o cessar-fogo entre Israel e Hamas. — Foto: Reprodução

"Foi o resultado de uma política eficaz que presidimos por meses", disse Biden, que deixa o cargo nesta segunda (20), quando Donald Trump assumirá a presidência dos Estados Unidos. "Agora, é responsabilidade da próxima administração implementar esse acordo".

Além disso, Biden disse que recebeu a informação de que as três reféns israelenses, libertadas pelo Hamas neste domingo, já estavam "fora das mãos de seus captores" e "pareciam estar em bom estado de saúde", mas reforçou que ainda é cedo para dizer.

Já o presidente de Israel, Isaac Herzog, disse que toda a nação está em alegria com o retorno das três reféns. Segundo ele, este domingo é "um dia de alegria e conforto, e o começo de uma jornada desafiadora de recuperação e cura juntos".

"Neste momento, nossos corações estão com todas as famílias ansiosas, cujos entes queridos ainda não retornaram. Não descansaremos ou ficaremos em silêncio até que tragamos de volta todas as nossas irmãs e irmãos do cativeiro em Gaza – os vivos para suas famílias, e os mortos e assassinados para serem sepultados com dignidade", afirma Isaac Herzog.

Isaac Herzog comenta o retorno das três reféns. — Foto: Reprodução/X

O Primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu por meio do X trazer todos os reféns de volta para casa.

"Romi, Doron e Emily – uma nação inteira te abraça, feliz volta para casa. Este momento foi alcançado graças ao sacrifício e à luta dos nossos heróis guerreiros – os heróis de Israel", completou Netanyahu.

Benjamin Netanyahu, disse ainda que as três reféns libertadas durante o acordo de trégua em Gaza passaram por um "inferno".

"Eu sei, todos nós sabemos, elas passaram por um inferno. Elas estão saindo da escuridão para a luz, da escravidão para a liberdade", disse ele durante um telefonema com Gal Hirsch, que é responsável pela questão dos reféns em seu gabinete.

O Chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, disse que “é importante que o acordo de cessar-fogo de gaza tenha finalmente sido implementado e que os reféns sejam libertados”.

Em uma reunião municipal na cidade de Schwalbach, Scholz disse que a libertação dos reféns mantidos pelo Hamas "deveria ser usada para um desenvolvimento pacífico, uma perspectiva na qual um estado palestino pode coexistir pacificamente com Israel".

O chanceler alemão ainda pediu um compromisso "a favor de um Estado palestino" que coexista em paz com o Estado de Israel, após o início do cessar-fogo entre Israel e o Hamas.

"Devemos usar esse momento para nos comprometer com um Estado palestino que possa coexistir pacificamente com o Estado de Israel", disse Olaf Scholz em uma mensagem em sua conta na rede X.

"As armas finalmente se calaram. Os reféns israelenses finalmente foram libertados. Mas agora mais ajuda humanitária deve chegar rapidamente a Gaza", acrescentou.

Civis palestinos "sofreram enormemente" em Gaza e seu destino "também nos preocupa", escreveu o líder alemão.

Chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, fala sobre cessar-fogo entre Israel e Hamas — Foto: Reprodução/X

De acordo com a Reuters, Bezalel Smotrich, ministro das Finanças israelense de extrema direita, ameaçou deixar o governo de coalizão se Israel parar a guerra contra o Hamas em Gaza.

O ministro da Segurança Nacional Itamar Ben-Gvir e outros membros de seu partido nacionalista-religioso israelense já renunciaram em protesto contra a aprovação do acordo de cessar-fogo.

Cessar-fogo começou e três reféns foram libertadas

O acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas entrou em vigor após um atraso de quase três horas. O início da trégua foi adiado após o grupo terrorista demorar para divulgar a lista das primeiras reféns que seriam libertadas.

A imprensa israelense noticiou, por volta das 12h (horário de Brasília), que as reféns já estavam com a Cruz Vermelha. Segundo as Forças de Defesa de Israel, elas passarão por avaliação médica ao chegar no país.

O conflito na Faixa de Gaza foi intensificado em 7 de outubro de 2023, quando terroristas do Hamas fizeram uma invasão inesperada ao sul de Israel, matando mais de 1.200 pessoas e sequestrando mais de 200. No mesmo dia, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou guerra ao Hamas, que governava a Faixa de Gaza.

Ao longo de mais de um ano de guerra, bombardeios de Israel e incursões terrestres mataram cerca de 48 mil palestinos, segundo o Hamas, muitos dos quais eram civis, mulheres e crianças. As ações militares também reduziram grandes áreas da Faixa de Gaza — principalmente no norte — a escombros e causaram uma crise humanitária envolvendo toda a população de 2,3 milhões de habitantes do território.

Com atraso de 3 horas, cessar-fogo começa em Gaza

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Caminhões de entrega de ajuda foram vistos se movendo na entrada da Faixa de Gaza

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