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Para desgastar oposição, governo leva MP à votação e é derrotado

Derrota importante do governo no Congresso. A base governista não chegou a um acordo para aprovar a principal proposta de arrecadação para o orçamento. Ela foi publicada em 11 de junho e era válida até hoje. Sem a aprovação dos parlamentares, ela caduca.

A proposta tinha a previsão de dar R$ 17 bilhões aos cofres públicos. No início da tramitação do projeto, o governo falava em uma arrecadação de R$ 20 bilhões e uma redução nas despesas de R$ 15 bilhões —ou seja, um montante total da ordem de R$ 35 bilhões. As negociações desidrataram a proposta e, mesmo assim, não houve sucesso.

Governo negociou até o último dia. A proposta teve sua votação adiada por diversas vezes na tentativa de chegar a um consenso com todos os setores afetados. Ontem, o relator alterou a proposta. Manteve a isenção a letras de crédito do agro (LCA) e reduziu a taxa para as apostas esportivas. Isso reduziu a arrecadação estimada em R$ 3 bilhões.

Mudanças não foram o suficiente. Mesmo atendendo às demandas do centrão e do agro, ao votar o relatório na comissão mista, União Brasil, PP e Republicanos, além do deputado Pedro Lupion, presidente da FPA (Frente Parlamentar do Agronegócio), foram contra. O texto acabou sendo aprovado por 13 votos a favor e 12 contra, ou seja, com apenas um voto de vantagem.

Deputados acusam o centrão de trabalhar contra Lula e "antecipar o calendário eleitoral". Lindbergh disse que a articulação tem o envolvimento de Tarcísio e de caciques do centrão, como o presidente do PP, Ciro Nogueira, e o do União Brasil, Antônio Rueda.

Governo já tem "plano B". A colunista Carla Araújo apurou que a ideia de "taxar ricos" e buscar uma justiça tributária deve ser mantida. Isso significa que o governo vai propor outras maneiras de taxar as bets e os investimentos. Outra opção é cortar emendas parlamentares em até R$ 10 bilhões.

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