*especial para o JC
Continue sua leitura, escolha seu plano agora!
*especial para o JC
O empreendedorismo feminino tem tido um crescimento nas últimas décadas em diversos setores das economia. As mulheres estão cada vez mais ocupando papeis de lideranças nos negócios. Na passagem do Dia Internacional da Mulher, celebrado nesta sexta-feira (8), a avaliação é de que os espaços estão sendo ocupados, mas as oportunidades não seguem o mesmo ritmo.
O sistema Fecomércio-RS/Sesc/Senac chegou a um contingente de colaboradoras de 63%, sendo que, em cargos de gestão, elas ocupam 78%. O crescimento na presença feminina tem relação com a adesão, em 2018, ao Pacto Global da ONU, que, entre princípios e objetivos de desenvolvimento sustentável, estão ações que eliminam discriminação no emprego.
Na Federasul, a conquista também pode ser quantificada. Atualmente, 40% dos cargos de diretoria são ocupados por mulheres. A entidade, que completa 97 anos no próximo mês de outubro, teve a primeira representante feminina na presidência há oito anos. A ascensão de Simone Leite teve muita resistência. Pela primeira vez na história da entidade não houve consenso, o que determinou uma eleição. “As próximas não terão a mesma resistência”, acredita a ex-presidente, que revela ter tido a necessidade de, diariamente, provar capacidade pessoal para o cargo.
A porta aberta por Simone incentivou a chegada de novas lideranças. Se, naquele ano da eleição haviam apenas duas mulheres presidindo associadas à Federasul, hoje são 51. “Na história da humanidade, as mulheres não tinham direitos. As conquistas que tivemos são recentes. O 8 de Março serve para celebrar todas essas conquistas, mas precisamos avançar na questão das oportunidades. A legislação prevê os mesmos direitos, mas, na prática, não. É um trabalho constante", ressalta.
Dentro da Federasul, Simone preside o Conselho da Mulher Empreendedora, que promove o Aceleradora de Mulheres Empreendedoras, evento que tem o foco no desenvolvimento pessoal e profissional para o mundo empresarial. Já foram capacitadas 150 mulheres e está dando início a uma nova turma. “Vemos que é preciso uma rede de apoio para esse crescimento”, explica Simone.
Iniciativas como esta estão alavancando a participação no mercado do Rio Grande do Sul. Um levantamento promovido pelo Sebrae mostrou que, desde a pandemia, o empreendedorismo feminino vem crescendo exponencialmente e que 46% dos negócios pesquisados têm entre 3 e 10 anos de existência. Grande parte das empreendedoras têm ensino superior completo e a maioria pós-graduação, mestrado ou doutorado. A maioria (84%) são mulheres brancas e com idade entre 40 (33%) e 59 (22%) anos. Uma das ajudas mais recorrentes para que as entrevistadas conseguissem exercer suas funções como empreendedoras vieram de suas famílias e cônjuges (62%).
Entre as entrevistadas, 41% relataram ter passado por algum tipo de preconceito por serem mulheres. Mas, é, justamente, por meio do empreendedorismo que as mulheres conquistam cada vez mais lugares de destaque na sociedade, o aumento de renda, o empoderamento e a autorrealização.
"Os dados nos mostram de forma concreta o cenário do empreendedorismo feminino e nos subsidiam para que possamos elaborar estratégias e políticas públicas importantes no intuito de potencializar o ambiente empresarial. Esse conhecimento todo é fundamental para que pensemos em como maximizar o protagonismo feminino no mundo dos negócios e de forma mais inclusiva", diz a Especialista em Inteligência de Negócios do Sebrae RS, Andreia Nascimento.
Aumenta o número de mulheres provedoras das famílias
Nas residências, o papel de protagonista não é diferente. De acordo com pesquisa feita pela Serasa, elas estão cada vez mais no comando das despesas da casa. Na pesquisa A Relevância das Mulheres nas Finanças Brasileiras, realizada pelo Instituto Opinion Box entre 2.131 mulheres de todas as regiões do País, 93% participam ativamente nas finanças das famílias. O número teve um acréscimo de 5 pontos percentuais em relação à pesquisa semelhante realizada em 8 de março do ano passado. Desse número, 32% delas são as principais responsáveis pelo provimento da casa.
Por outro lado, a chamada 'geração sanduíche' está crescendo. No Brasil, 575,2 mil mulheres fazem parte de um grupo de adultos que cuida tanto dos filhos quanto dos pais idosos, o que muitas vezes prejudica ou até inviabiliza a entrada no mercado de trabalho. "É uma geração que está sendo comprimida por outras duas, uma que antecede a suam a dos idosos, e outra que é posterior, a dos filhos", diz a pesquisadora Janaína Feijó, do FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas).
Ainda que haja homens nesse papel, são as mulheres pegam a maior parte das consequências negativas da geração sanduíche. É delas que é demandado o maior cuidado de crianças e idosos", afirma a pesquisadora.
Do total de 955 mil pessoas nessa situação no quarto trimestre de 2023, o percentual de 60,2% era composto por mulheres (575,2 mil), enquanto os homens respondiam por 39,8% (379,9 mil).
"A mulher da geração sanduíche é multitarefa. Quando ela faz isso, deixa de assumir outros papéis sociais que talvez gostaria de assumir. Um deles é trabalhar fora de casa", aponta Feijó.

German (DE)
English (US)
Spanish (ES)
French (FR)
Hindi (IN)
Italian (IT)
Portuguese (BR)
Russian (RU) 


:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2023/l/g/UvNZinRh2puy1SCdeg8w/cb1b14f2-970b-4f5c-a175-75a6c34ef729.jpg)










Comentários
Aproveite ao máximo as notícias fazendo login
Entrar Registro