Passadeira a vapor é boa para passar roupas? Testamos para ver se funciona

A passadeira a vapor ainda é um mistério para muitas pessoas, por não ser um aparelho tão difundido nas casas brasileiras. Será que ela substitui mesmo um ferro de passar tradicional? Confira a seguir

Antes de passar roupas, é importante destacar que o aparelho funciona muito melhor quando a roupa está pendurada verticalmente, geralmente com um cabide, ou no próprio varal, a depender da disposição dele no ambiente. Nos nossos testes, a passadeira passou pelas mãos da minha namorada e da minha sogra, e nós três concordamos que a melhor forma de passar foi colocando o cabide num gancho atrás da porta, pois dá mais estabilidade e ajuda a desamassar os tecidos com mais facilidade.

Assim como ferros de passar a vapor, a passadeira precisa de água para funcionar. Por isso, é necessário encher o reservatório, que geralmente fica na base do aparelho, antes de ligar. Encha até o limite marcado nessa parte destacável, e então sim, ligue na tomada. Confira qual indicador do seu aparelho irá dizer quando ele está pronto para ser usado, mas no caso da Philco PVP10VD, uma luz vermelha na parte traseira se acende quando a água esquentou o suficiente para ser usada. Antes de usar, também coloque a escovinha que vem na caixa na parte superior, pois ela é essencial para o processo

Então, assim que estiver pronta para uso, aperte o botão no "tronco" do aparelho, e o vapor será gerado e jogado para as roupas. Nesse momento, faça movimentos pra cima e para baixo, com ajuda da escovinha na parte da frente. Assim, o vapor relaxa as fibras do tecido, e elas vão se desamassando sem grandes esforços.

Sabendo usar, a passadeira consegue passar uma grande variedade de tecidos. Consegui passar camisas de algodão, calças jeans, casacos e outras peças sem grandes problemas. É preciso ter um pouco de paciência, pois a curva de aprendizado pode ser longa, e você vai passar muito tempo em uma peça até aprender. Nesse sentido, acredito que o ferro é até mais rápido, o que pode irritar algumas pessoas.

Encontramos, porém, mais dificuldade com peças específicas de viscose, que contavam com um tecido mais grossos, e também em roupas com muitos detalhes. Nessas, a passadeira demorou muito para entregar um resultado ok, que ainda fica aquém ao do ferro de passar.

Assim como descrevi no início da matéria, não uso ferro de passar a muito tempo. Existem muitos processos nesse negócio: é ter uma tábua de passar roupa, tomar cuidado pra não queimar os tecidos e é todo um ritual que, particularmente, não tenho muita paciência de fazer. Geralmente, estico as roupas o máximo que dá depois de tirá-las da máquina, boto no sol e cruzo os dedos para ficarem lisas. Não é sempre o caso, mas as vezes funciona.

A passadeira, que foi enviada para a redação um pouco depois de quando comecei a ir presencialmente, acabou tirando uma incerteza da minha rotina, já que agora eu poderia passar as roupas diretamente, sem contar que a tal técnica iria dar certo ou não. Mas, assim, ainda existem algumas incertezas nesse processo, e nem toda roupa reage de forma tão efetiva quanto seria com um ferro tradicional. Apesar disso, ela é uma mão na roda para vários, tornando o processo de passar um pouco menos maçante, ainda que tenha suas dificuldades.

Vale sim! Ela não substitui completamente um ferro de passar comum, pois pode vacilar na hora de passar tecidos grossos e com muitos detalhes, e necessita de paciência para aprender a mexer, mas no fim das contas é uma opção portátil, que não ocupa espaço como o ferro com a tábua, e que pode ser prático em diversos momentos. É recomendável usá-la apoiada em alguma porta ou parede, e também passar num movimento de cima pra baixo, otimizando seu funcionamento.