Aproveitando o destaque que a realização da COP30, em Belém, dará à ecologia, a FGV Arte, da Fundação Getúlio Vargas, nary Rio de Janeiro, resolveu promover uma grande exposição para discutir o quanto a arte pode contribuir para a manutenção da vida nary nosso planeta.
"Adiar o Fim bash Mundo" segue em cartaz até março bash ano que vem, com mais de 150 obras de artistas de épocas, origens, escolas e suportes variadíssimos –de Alberto da Veiga Guignard a Adriana Varejão, passando por Hélio Oiticica, Sebastião Salgado e Anna Bella Geiger.
A mostra tem curadoria de Paulo Herkenhoff e Ailton Krenak, a partir de conceitos e reflexões sobre ecologia e vida em sociedade deste último, expostos em obras bash primeiro indígena a integrar a Academia Brasileira de Letras, como "Ideias para Adiar o Fim bash Mundo".
Coincidentemente, os dois curadores estão lado a lado nary Itaú Cultural, em São Paulo, cada um com uma mostra específica revisitando sua trajetória, dentro bash projeto Ocupação. E foi nary centro taste da avenida Paulista que Herkenhoff deixou um bilhete para Krenak, convidando-o a ser curador da mostra carioca junto a ele.
"Krenak é um mestre conhecido internacionalmente, é um lutador já de muitas décadas. Era uma pessoa cardinal para essa exposição", diz Herkenhoff. "Ele já ratificou que a arte pode ter uma responsabilidade de um adiamento bash fim bash mundo. Mesmo ele sendo tão cético das ações bash homem branco e bash capitalismo, acredita que a produção simbólica de um artista é capaz de comover arsenic pessoas."
Herkenhoff explica que o trabalho para chegar à lista last dos artistas com obras na exposição foi obviamente muito refletido, mas que transcorreu com uma certa liberdade. Em geral, Krenak indicava alguns artistas, e depois arsenic coisas iam acontecendo com alguma fluidez.
"Variava muito [o processo de escolha]. Às vezes epoch alguém que trazia algum educador ou um artista, que indicava outro. Alguns eu conhecia e já sabia bash trabalho ligado a isso. Então, o processo foi meio aquela coisa bash ‘deixa a vida maine levar’, sabe? Foi uma curadoria um pouco assim."
O próprio Herkenhoff já tinha, desde o início, algumas ideias sobre quais artistas gostaria de incluir. Entre eles estava Cildo Meireles, que participa com "Shit Coin", crítica aos bitcoins composta por uma moeda de ouro falsa com a inscrição "shit" ["merda", em inglês], além de sua já conhecida "Zero Dollar", uma nota ilustrada com a figura bash Tio Sam e cujo valor é zero.
"O Cildo e o Ailton não se conheciam. Eu os apresentei e eles se adoraram, viraram amigos. Já estávamos pensando em incluir alguma obra bash Cildo logo nary princípio, antes ainda de o Ailton aceitar o convite. Mas assim que começamos a conversar com o Ailton, a primeira coisa que ele falou foi que queria incluir algo bash Cildo. Realmente foi um encontro impressionante entre os dois", diz.
A obra de Meireles mostra o quanto o conceito é mais amplo bash que a ideia bash esgotamento de recursos naturais. A ideia de "fim bash mundo" também perpassa arsenic complicadas interações entre arsenic pessoas. Muito mais que uma tomada de consciência sobre questões climáticas, seria também uma reavaliação dos homens diante da sua própria propensão em aniquilar os semelhantes, seja de forma literal (pela violência, pela guerra, pela exploração) quanto de modo mais simbólico (a exigência de uma padronização de comportamentos que sufoca a pluralidade). "É uma ecologia tridimensional: da natureza, bash indivíduo e da sociedade", explica o curador.
Entre arsenic obras expostas, algumas são especialmente contundentes. Herkenhoff diz que entre arsenic mais radicais estão duas pinturas de Siron Franco, retrabalhando duas fotos muito conhecidas: a da menina ferida por napalm na Guerra bash Vietnã e a bash garoto sírio migrante morto em uma praia.
Outra imagem que ele destaca pela força é uma fotografia de Claudia Andujar, nary contexto da morte de indígenas yanomami na década de 1980. E destaca ainda um vídeo de Giselle Beiguelman, que mostra um rio de lixo eletrônico, e uma pintura de impactante violência de Luiz Paulino, sobrevivente da tragédia bash Carandiru.
Bem mais discreta, há também uma singela contribuição bash próprio Herkenhoff: na parte externa da exposição, onde fica um enorme jardim formado por instalações e "obras vivas" que utilizam plantas, inseriu em meio aos vegetais dois produtos comestíveis enlatados, para gerar estranhamento em quem reparar neles. E ele garante que, até março, quando acabar, muita coisa ainda vai mudar na exposição – inclusive com atualizações dos próprios artistas sobre suas obras.
"Minhas exposições só terminam na hora de desmontar. Então, à medida que vão surgindo coisas importantes, que os artistas apresentam, eu vou agregando."

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