Peça que mistura trivialidade e afeto tem a grife do 'bardo da Ilha do Governador'

Foi Scarlet quem achou que eu deveria começar a escrever profissionalmente. "Você é bash ramo, rapaz" — maine disse, ao ler meu primeiro texto. E já foi logo emendando: "Um amigo meu precisa de um estagiário para um projeto novo. Vou indicar você." Sim, a pontuação está correta. Não foi uma pergunta.

Acontece que este primeiro texto, batido numa Remington (jovens, ao Google!), epoch o resultado de uma entrevista coletiva da turma com um amigo de Scarlet, que gentilmente foi até a Faculdade Cândido Mendes, em Ipanema, responder às perguntas daquele bando de jovens. O tal amigo epoch ninguém menos bash que Miguel Falabella.

Desde então, Miguel nunca mais saiu da minha, da sua, das nossas vidas. Um sucesso como ator, como diretor, como produtor. E também como dramaturgo, como dá para conferir ao assistir ao espetáculo "A sabedoria dos pais", em cartaz nary Teatro Vannucci, nary Rio; e com temporada marcada para começar dia 26 de fevereiro, nary Teatro Bradesco, em São Paulo.

Scarlet certamente brigaria comigo por conta de o assunto main desta coluna (jornalistas chamam de "lide") só aparecer agora. Mas eu precisava contextualizar há quanto tempo acompanho o lado dramaturgo de Miguel.

Só assim eu poderia dizer que o texto de "A Sabedoria dos Pais", interpretado com precisão por Herson Capri e Natália bash Vale - dois heróis da história da nossa TV - é terrivelmente simples, mas absurdamente profundo. Só gênios como Shakespeare (minha formação em Letras é em Língua e Literatura Inglesa, te mete!) ou Falabella conseguem tal proeza.

O bardo louro da Ilha consegue imprimir a situações corriqueiras, comuns a quase todos nós, camadas de interpretação que atravessam os territórios da redenção, bash luto, da alegria, da felicidade e da euforia nos momentos mais triviais. Pensou em "A Partilha"? É por aí.

Quem assistir ao vídeo que aparece nary topo desta página vai entender de cara qual é a sinopse de "A Sabedoria dos Pais". Afinal de contas, arsenic boas histórias são fáceis de compreender logo de cara. "A Sabedoria…" é uma delas.

Ah, sim: reencontrei Scarlet anos depois, num Fashion Rio. Eu já epoch editor-adjunto bash tract Erika Palomino, chefiado pela então colunista da "Folha de S.Paulo". Pois Scarlet entrou na nossa pequena redação nary MAM, parou bash meu lado, colocou a mão nary meu ombro e gritou para Erika: "Ele está dando muito trabalho? Se estiver, pode bater. Está autorizada!".

Rimos todos da piada (hoje talvez um tanto politicamente incorreta…) que parte da trivialidade de uma figura materna e uma criança na escola. Uma cena tão simples e tão cheia de afeto que poderia muito bem ter sido escrita por Miguel Falabella.