A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, avisou Lula na segunda-feira (27) que o preço do diesel iria subir. O reajuste se deve à defasagem dos preços do combustível cobrados no Brasil e no exterior. O preço do diesel está defasado entre 14% e 17%, segundo estimativa da Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis).
Não será o único aumento
Além do reajuste para as distribuidoras, haverá aumento do ICMS sobre o combustível. O imposto sofrerá aumento de R$ 0,06 por litro também a partir de amanhã. A medida — aprovada em outubro do ano passado — eleva o ICMS do combustível para R$ 1,12 o litro.
Pela primeira vez em 13 anos, a petroleira fechou um ano inteiro —2024— sem reajustar o diesel. Diante do temor de que o governo intervenha artificialmente nos preços da estatal, investidores pressionavam a Petrobras pelo aumento. "A ex-presidente Dilma [Rousseff (PT)] tentou segurar a inflação evitando reajustes nos combustíveis e quase quebrou a Petrobras", diz José Alberto Gouveia, presidente do Sincopetro (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo).
A contenção de preços no governo Dilma gerou uma perda de R$ 100 bilhões à petroleira. A estimativa, que considera o que a empresa deixou de ganhar e o que ela gastou para segurar os preços, é de Mauro Rodrigues da Cunha, à época conselheiro da estatal, em depoimento à CPI da Petrobras, em 2015.
Gasolina também ficará mais cara. O ICMS da gasolina e do etanol sofrerá aumento de R$ 0,10 por litro, elevando o valor para R$ 1,47. O reajuste busca reduzir a defasagem de 7% do preço em relação à cotação internacional, ainda segundo estimativa da Abicom.
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