A manutenção de preços abaixo do IPP é considerada subótima do ponto de vista econômico, já que impede a maximização dos retornos no segmento de refino.
Ainda assim, como exportadora líquida de petróleo e derivados, a Petrobras consegue compensar parte dessa perda com o aumento de receitas em períodos de alta nos preços do petróleo.
Segundo o relatório, a Petrobras pode expandir seu EBITDA em cerca de US$ 1,1 bilhão para cada aumento de US$ 10 no barril de petróleo, mesmo sem ajustes nos preços de combustíveis.
Esse incremento potencial reflete em um aumento de US$ 500 milhões na capacidade de distribuição de dividendos da Petrobras e em um acréscimo de 0,6 ponto percentual no yield.
Caso os preços de combustíveis sejam reajustados, o impacto positivo no dividendo poderia chegar a 2 pontos percentuais, diz o relatório.
A expectativa do BTG é de que a produção de petróleo da Petrobras cresça nos próximos anos, aumentando os volumes de exportação de 500 mil barris/dia na última década para 930 mil barris/dia até 2030. Essa expansão deve contribuir para melhorar a rentabilidade sobre o capital investido (ROIC) da companhia.
A casa avalia que o risco de desabastecimento, especialmente de diesel, pode ser um catalisador para aumentos de preços em breve. O Brasil depende significativamente de importações de combustíveis, e o giro dos estoques domésticos é baixo, em torno de 7 a 10 dias. Historicamente, a Petrobras tem reajustado preços quando os descontos em relação ao IPP se aproximam de 20%, patamar que está próximo de ser alcançado.
Recomendação e projeções para o ano
A manutenção da governança corporativa da Petrobras é apontada como essencial para sustentar o desempenho da companhia.
O relatório ressalta que os mecanismos de governança e a Lei das Estatais têm impedido interferências governamentais significativas nas decisões da empresa, protegendo seus resultados financeiros.
Para 2025, o BTG projeta um dividend yield de 12%, podendo chegar a 14% com dividendos extraordinários, além de crescimento na produção e um mix mais lucrativo que deve impulsionar os retornos da Petrobras.
A casa tem recomendação de compra para as ações da Petrobras (PETR4), com preço-alvo de US$ 20 para as ADRs negociadas em Nova York.
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