PIB do RS tem queda de 2,7% no segundo trimestre de 2025

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A queda de 21,4% na agropecuária, em função da quebra da safra da soja, foi a responsável por um recuo de 2,7% no Produto Interno Bruto (PIB) do Rio Grande do Sul no segundo trimestre deste ano, tanto em relação aos primeiros três meses de 2025, quanto ao mesmo período em 2024. No acumulado do ano, a queda foi menor, de -0,5%, uma vez que os primeiros meses foram de crescimento, o que permitiu um equilíbrio.

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Os dados do PIB gaúcho do 2º trimestre foram divulgados nesta quarta-feira (24) pelo secretário de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG), Bruno Silveira, e pelo grupo de pesquisadores do  Departamento de Economia e Estatística (DEE).

Entre os destaques, o grupo salientou que, em comparação com o segundo trimestre de 2024, a queda da agropecuária foi de 23,9%. Entre os principais produtos, a soja apresentou redução de 25,2%, enquanto arroz (+20,1%) e milho (+17,3%) tiveram crescimento no período. O impacto na soja foi o mais preponderante, em função de representar 70% do setor. Por outro lado, a indústria, puxada pela transformação, e serviços, principalmente o comércio, transportes e outros serviços, cresceram.

“A indústria de máquinas e equipamentos agrícolas no Estado é extremamente relevante, a principal atividade industrial local atualmente. Quando comparamos o segundo trimestre com o mesmo período do ano passado, ela teve um crescimento robusto de mais de 25%, depois de 2 anos de queda”, observou o pesquisador do Departamento de Economia e Estatística (DEE) Martinho Lazzari. O pesquisador destacou as vendas para o mercado nacional, de onde vem a maior demanda, fazendo a agricultura crescer em torno de 10%, principalmente pela produção de soja e milho, o que demandou mais máquinas, que são produzidas no RS.  

O levantamento apontou um crescimento de 0,8% na indústria, puxada pela indústria de transformação (2,1%), com destaque para a produção de máquinas e equipamentos agrícolas. Os serviços avançaram 0,3%, sustentados por serviços de informação (0,7%) e outros serviços (1,0%). O comércio, porém, recuou 0,9%, registrando a segunda retração consecutiva.

A indústria cresceu 4,0%, liderada pela transformação (7,6%), recuperando-se da base deprimida pelas enchentes de 2024. Os serviços aumentaram 2,4%, com avanços em transportes, armazenagem e correio (4,8%), outros serviços (3,5%) e comércio (2,6%). Em sentido oposto, o setor de eletricidade, gás, água, esgoto e limpeza urbana registrou queda de 16,0%, influenciado pela menor geração hidrelétrica.

No acumulado de janeiro a junho, o PIB do estado caiu 0,5%. A agropecuária recuou 13,3%, enquanto a indústria cresceu 1,7% e os serviços, 2,5%. Já no acumulado em 12 meses, o PIB do Rio Grande do Sul apresentou alta de 1,7%, resultado sustentado pelo crescimento da indústria (0,3%) e, sobretudo, dos serviços (3,5%).

O secretário Bruno Silveira destacou o papel de indústria e serviços no acumulado do ano, superando os números negativos.  “Nos últimos dois 12 meses, percebemos que estamos em uma crescente, muito por conta das políticas estruturantes do Plano Rio Grande”, apontou. Silveira lembrou ainda da importância do levantamento tanto para a produção de políticas públicas, como de estratégias para prevenção de catástrofes climáticas, como a ocorrida.   

 Também participaram da divulgação o subsecretário de Planejamento, Alessandro Martins, o diretor do DEE, Tomás Fiori, e o pesquisador César Conceição.

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