O envio ocorreu após uma reunião entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, em Washington, na ocasião.
O rascunho, uma comunicação não oficial conhecida na linguagem diplomática como um "não-documento", continha trechos que o governo russo já havia apresentado à mesa de negociações, como a cessão de uma parte do leste da Ucrânia.
Esta é a primeira confirmação de que o documento – cuja existência foi inicialmente relatada pela Reuters em outubro – foi um elemento-chave no plano de paz de 28 pontos.
O Departamento de Estado dos EUA e as embaixadas da Rússia e da Ucrânia em Washington não se manifestaram sobre a acusação.
Enviado dos EUA irá a Moscou
Pessoas observam prédio residencial destruído após ataque russo em Ternopil, no oeste da Ucrânia, em 19 de novembro de 2025. — Foto: AP Photo/Vlad Kravchuk
Também nesta quarta, o Kremlin confirmou que o enviado dos EUA para as negociações, Steve Witkoff, viajará a Moscou na próxima semana para se reunir com Vladimir Putin e tentar concluir um acordo para encerrar a guerra na Ucrânia.
Trump anunciou que seu enviado especial discutirá com o presidente da Rússia "alguns pontos de desacordo".
Em uma mensagem na rede Truth Social, Trump informou que se reunirá com Putin e o presidente ucraniano Volodimir Zelensky somente "quando o acordo para terminar com esta guerra esteja concluído ou tenha alcançado as fases finais" de negociação.
Trump também apoiou Witkoff depois que a agência de notícias Bloomberg revelou uma conversa telefônica na qual Witkoff aconselha um assessor de Putin sobre como dialogar com o presidente americano sobre o conflito na Ucrânia. O presidente disse que não havia ouvido a gravação, mas a classificou como "uma forma padrão de negociação".
No fim de semana, representantes de Washington, Kiev e seus aliados europeus se reuniram em Genebra para discutir o controverso plano inicial de Trump de 28 pontos. Desde então, as negociações se intensificaram.
O plano inicial dos Estados Unidos, considerado muito favorável à Rússia, foi substituído por outro que leva mais em consideração os interesses da Ucrânia. Um funcionário de alto escalão do governo ucraniano disse à AFP que a nova versão é "significativamente melhor".
O presidente da França, Emmanuel Macron, afastou a ideia de uma solução rápida e disse que "não há vontade, por parte da Rússia", de um cessar-fogo ou para negociar a nova proposta, mais favorável à Ucrânia.
O secretário do Exército americano, Dan Driscoll, se reuniu com representantes russos em Abu Dhabi e disse que "as conversações caminham bem". Agora, ele pretende se reunir com os ucranianos.
Apesar das negociações, a guerra, que começou com a invasão russa da Ucrânia em 2022, prossegue. Em Kiev, uma nova onda de drones e mísseis russos deixou pelo menos sete mortos na madrugada de quarta-feira.
Na cidade de Zaporizhzhia, no sul do país, um ataque russo durante a madrugada deixou pelo menos 18 feridos, segundo a administração militar da região.

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Trump anunciou inicialmente que a Ucrânia teria que aprovar seu plano até quinta-feira (27), Dia de Ação de Graças nos Estados Unidos.
O plano inicial incluía várias exigências russas, como a proibição de adesão da Ucrânia à Otan e a exigência de cessão de novos territórios à Rússia. Mas a versão foi modificada levando em consideração os interesses da Ucrânia.
Uma fonte ucraniana que acompanha as negociações disse à agência de notícias AFP que o novo rascunho permite que Kiev manter um Exército de 800.000 soldados, em vez de 600.000.
O negociador ucraniano Rustem Umerov afirmou, por sua vez, que com os Estados Unidos há um "entendimento comum sobre o essencial" do plano, mas que os detalhes precisam ser resolvidos em conversas diretas, "na data mais adequada", entre os presidentes Zelensky e Trump.
O Exército russo ocupa quase 20% do território da Ucrânia, amplamente devastada pelos combates. Dezenas de milhares de civis e militares morreram e milhões fugiram do leste do país.
Ivan Zadontsev, sargento das forças ucranianas, se mostra cético diante das negociações. "Estamos cansados da guerra", declarou à AFP. Ele teme que a proposta inicial dos Estados Unidos represente uma "paz ruim".

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