Poco X6 vs Poco X7: veja o que muda entre os celulares da Xiaomi

Mesmo com preço de lançamento superior aos R$ 3 mil, ambos já aparecem em marketplaces por menos de R$ 1,7 mil, o que os coloca entre as opções mais atrativas para quem busca performance gastando pouco. Nas próximas linhas, descubra qual modelo vence em cada quesito. As considerações são feitas com base na ficha técnica oficial de cada um, sem a experiência de testes ou de uso diário — fatores que afetam diretamente a experiência individual.

No índice abaixo, você confere os tópicos abordados no comparativo entre o Poco X6 e o Poco X7. Confira:

Observando a ficha técnica, as telas dos celulares são idênticas: ambos têm painel AMOLED de 6,67 polegadas, resolução de 2.712 x 1.220, taxa de atualização de 120 Hz, densidade de 446 pixels por polegada (ppp) — uma das mais altas da categoria — e brilho médio de 1.200 nits. No uso prático, essa combinação deve garantir imagens bem definidas, sem serrilhados, e ótima fluidez nas transições.

No design, porém, o Poco X6 e o Poco X7 seguem direções diferentes. O X6 aposta em um painel traseiro reto, módulo de câmera discreto e cores sóbrias (azul escuro, preto e branco). Já o X7 traz traseira com laterais curvadas, módulo chamativo que dá a impressão de quatro lentes — embora tenha três — e opções mais vibrantes (prata, verde claro e preto com detalhe em amarelo).

Qual é o melhor? Empate. Considerando que as duas telas têm a mesma qualidade, cabe ao leitor decidir qual design e padrão de cores mais lhe agrada. Vale apenas destacar que o Poco X7 tem uma leve curvatura no painel dianteiro, o que pode ajudar na sensação de tela contínua.

O Poco X6 traz uma câmera tripla com sensor principal de 64 megapixels, acompanhado de uma ultrawide de 8 MP e uma macro de 2 MP. Segundo a Xiaomi, o destaque aqui é o sensor com pixels de 1,4 μm, capaz de captar mais luz. O modelo também oferece filtros que simulam câmeras e filmes antigos, estabilização óptica (OIS) e gravação em 4K a 30 quadros por segundo (fps). A câmera frontal tem 16 MP.

Veja como as câmeras do Poco X6 estão organizadas:

Já o Poco X7 diminui a contagem de pixels, mas compensa com um conjunto mais avançado. Ele usa o sensor Sony IMX882 de 50 MP, com pixels maiores de 1,6 μm e abertura mais ampla (f/1,5), o que tende a melhorar o desempenho em ambientes com pouca luz. O restante do conjunto repete a fórmula do X6 — ultrawide de 8 MP e macro de 2 MP —, enquanto a câmera selfie sobe para 20 MP. O modelo também grava em 4K com OIS.

Veja como as câmeras do Poco X7 estão organizadas:

Segundo o GSMArena, o Poco X7 entrega fotos “confiáveis” tanto de dia quanto à noite, embora a estabilização de vídeo perca eficiência quando o usuário está em movimento. Já o Poco X6, para o portal, deve apresentar resultados decentes apenas em boa iluminação.

Qual é o melhor? Poco X7. Apesar da redução nos megapixels, ele melhorou em todos os outros aspectos, especialmente pelo sensor Sony, marca que inspira qualidade em fotografia digital há muito tempo. Além disso, a câmera principal traz um sensor ainda maior que o modelo anterior, que pode registrar mais luz, e uma abertura mais ampla, que também vai auxiliar na entrada de luz natural.

Há uma mudança radical de rumo entre um celular e outro na escolha do processador. O Poco X6 vem com o Snapdragon 7s Gen 2, com 4 nanômetros e 2,4 GHz de frequência, enquanto o Poco X7 traz o Dimensity 7300 Ultra, que também tem 4 nm, mas frequência de 2,5 GHz. Apesar da mudança, ambos têm especificações muito próximas, e a expectativa é de que entreguem desempenho semelhante no uso cotidiano.

Não foi possível encontrar os celulares nos rankings de desempenho do AnTuTu Benchmark e Geekbench 6, o que impede uma comparação direta. Ainda assim, é seguro afirmar que, nas tarefas do dia a dia, a maioria dos usuários não notará diferenças relevantes.

Por outro lado, o leitor deve ficar atento à oferta de memória e armazenamento dos celulares, que podem, sim, influenciar na compra. O Poco X6 oferece apenas uma versão de 8 GB de RAM e 256 GB de espaço. Já o Poco X7 mantém essa configuração, mas adiciona uma variante com 12 GB + 512 GB — ponto importante para quem pretende usar muitos apps abertos ou guardar um grande volume de fotos e vídeos.

Qual é o melhor? Poco X6. Apesar de a ficha técnica não apontar qual é o melhor celular em termos de performance, o site GSMArena, que analisou os dois em detalhes, afirma que o Poco X6 tem uma performance digna de um aparelho intermediário, enquanto o Poco X7 apenas cumpre o papel para o dia a dia.

O Poco X6 e o Poco X7 têm baterias muito parecidas: 5.100 mAh no modelo de 2024 e 5.110 mAh no de 2025, uma diferença imperceptível. Ainda assim, a Xiaomi promete autonomia maior no Poco X7, graças ao processador que promete ter maior eficácia no consumo de energia. Segundo a fabricante, o X6 aguenta cerca de 11 horas de navegação na Internet, enquanto o X7 pode chegar a 17 horas.

O leitor, porém, não deve levar esses números tão à risca, pois geralmente são obtidos em testes de laboratórios com ambientes controlados. O contexto de cada usuário deve mudar muito o tempo de uso, pois o volume mais alto. Por exemplo, o brilho da tela ajustado no máximo e o uso constante de Wi-Fi e Bluetooth são alguns dos elementos que consomem mais energia do que outras tarefas.

O ponto que realmente separa os dois é o carregamento. O Poco X6 oferece potência de 67 W e, segundo a Xiaomi, vai de 0% a 100% em cerca de 44 minutos. Já o Poco X7 sofreu um downgrade para 45 W, elevando o tempo de recarga para aproximadamente 52 minutos — uma diferença considerável na rotina.

Quem é o melhor? Poco X6. A diferença no tempo de recarga do Poco X7 em relação ao Poco X6 é muito grande para ser ignorada — inclusive, esse é um dos principais elementos negativos apontados no review do GSMArena.

O Poco X6 foi lançado com o sistema MIUI 14 para POCO, enquanto o Poco X7 já saiu de fábrica com a primeira versão do HyperOS instalado. Mesmo assim, ambos estão aptos para receber o HyperOS 3, a mais recente versão do software da Xiaomi, que traz maior integração com o Gemini Google, promete animações mais suaves e foco maior em design, com tela de bloqueio e wallpaper com animação feita por IA e tela inicial repaginada.

A versão mais recente também traz um álbum de fotos renovado, com recursos de personalização. O sistema também oferece busca aprimorada, ferramentas de IA — como reconhecimento de imagem para escrever legendas automáticas e outros recursos de escrita, reconhecimento de voz, tradução em tempo real e mais.

Qual é o melhor? Empate. Uma vez que os dois aparelhos vão receber o sistema HyperOS 3 gratuitamente, não há motivos para avaliar cada celular pela versão de fábrica. Apenas é preciso considerar que o Poco X7 receberá o software entre outubro e novembro de 2025, enquanto o Poco X6 terá o download liberado entre dezembro de 2025 e março de 2026.

Vamos começar pelos recursos que os dois têm em comum. Ambos contam com resfriamento por placas de grafite — solução que ajuda a manter a temperatura interna mais baixa, o que melhora o desempenho —, além de impressão digital na tela, suporte a Dolby Atmos e proteção Gorilla Glass Victus. No entanto, o X7 leva vantagem por adotar a versão Victus 2, que oferece resistência superior contra arranhões e impactos leves.

De diferente, o Poco X7 permite interagir com a tela mesmo quando ela está molhada ou quando os dedos estão suados, recurso ausente no modelo anterior. O aparelho também traz certificação IP68 — padrão em flagships —, que garante proteção total contra poeira e resistência a mergulhos acidentais em água doce. Já o Poco X6 conta apenas com IP54, que protege contra respingos.

Em conectividade, o X7 novamente está um patamar acima por ter Wi-Fi 6, que tende a ser mais rápido e ter um alcance maior do que o Wi-Fi 5, e Bluetooth 5.4, que deve entregar mais estabilidade e agilidade do que a versão 5.2 presente em seu antecessor.

Qual é o melhor? Poco X7. Até agora, estava difícil encontrar motivos para comprar o Poco X7 no lugar do Poco X6, mas este tópico traz diversos elementos à favor dele que são difíceis de ignorar, como o Bluetooth e o Wi-Fi de última geração, a possibilidade de usar o aparelho sob chuva e a melhoria na proteção do display.

O Poco X6 está fora de catálogo e não pode ser mais encontrado na loja oficial da Xiaomi no Brasil, mas o Mercado Livre comercializa o celular por preços a partir de R$ 1.698, com frete grátis. Já o Poco X7 ainda pode ser adquirido no site da Xiaomi por R$ 3.219,99 — um valor abaixo do lançamento, que foi de R$ 3.499. O smartphone também está disponível na Amazon por a partir de R$ 1.647,90 e no Mercado Livre por R$ 1.780, ambos na versão com 8 GB de RAM e 256 GB de armazenamento interno.

Esses preços convidativos podem gerar dor de cabeça no leitor, já que, por ser uma das empresas no mundo que mais sofrem com o contrabando de produtos mobile, a Xiaomi não oferece garantia e suporte gratuito para aparelhos comprados fora de sua rede oficial de lojas ou parceiros comerciais. Também é bom alertar que esses valores costumam variar com frequência, sem aviso prévio.

O Poco X7 vence o comparativo, embora o ganho não seja absoluto. O celular se sobressai em categorias como resistência, conexões atualizadas, qualidade da câmera e custo-benefício, mas o Poco X6 ainda se destaca em desempenho e recarga rápida — pontos que fazem diferença no dia a dia.

Ambos têm a mesma tela, NFC — mesmo que não funcione em todos os mercados — e rede 5G. Por isso, a decisão de compra dependerá do contexto: se o consumidor já tiver um X6, com certeza não vale a pena trocar por um X7. No entanto, se não tiver nenhum dos dois ou está querendo substituir um aparelho mais antigo, o Poco X7 é a escolha mais completa, por ter tecnologias mais avançadas e melhor proteção.

Com informações de GSMArena (1, 2), Xiaomi (1, 2, 3)

Nota de transparência: o TechTudo mantém uma parceria comercial com lojas parceiras. Ao clicar no link da varejista, o TechTudo pode ganhar uma parcela das vendas ou outro tipo de compensação. Os preços mencionados podem sofrer variação e a disponibilidade dos produtos está sujeita aos estoques. Os valores indicados no texto são referentes a novembro de 2025.