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Políticos reagem às questões do 1º dia de prova do Enem

Políticos reagem às questões do 1º dia de prova do Enem Políticos reagem às questões do 1º dia de prova do Enem

Políticos ligados ao governo e à oposição reagiram ao 1º dia de prova do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2023, realizado no domingo (5.nov.2023). O exame trouxe 90 questões de múltipla escolha em 3 áreas do conhecimento: linguagens; códigos e suas tecnologias; e ciências humanas e suas tecnologias, além da redação.

Críticos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) contestaram uma das perguntas da prova de ciências humanas sobre a “lógica do agronegócio” no Cerrado. A questão dizia que “o modelo capitalista subordina homens e mulheres à lógica do mercado”.

O deputado federal e ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles (PL-SP), afirmou que o Enem 2023 “foi a comprovação do aparelhamento esquerdista na educação no país”.

Segundo ele, além do “baixo nível técnico programático, muitas escolas estão recheadas de comunistinhas contaminando a cabeça” das crianças. “Chega dessa palhaçada. É preciso se mexer”, declarou.

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) disse que é “muito jogo sujo” usar a prova “para doutrinar” crianças e “atacar um dos setores que mais sustenta o PIB [Produto Interno Bruto]“. Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que o agronegócio pode representar mais de 10% do PIB do Brasil, a depender do trimestre. “O governo do amor está apostando com a vida dos nossos filhos enquanto promove o desmonte do Brasil”, afirmou o congressista.

Ao contrário da oposição, governistas elogiaram a prova, sobretudo a escolha do tema da redação: “Desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil”.

A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, disse que achou “incrível, como mulher e mãe, especialmente” o tema abordado na prova escrita. Ela também afirmou que os temas apresentados pelo exame “são fundamentais para levantar debates sobre assuntos importantes na sociedade”.

A primeira-dama Janja Lula da Silva também declarou que gostou do tema. “Colocar milhões de jovens e adultos que estão fazendo a prova do Enem para discorrer sobre o assunto é um estímulo importante para a construção da política e do plano nacional de cuidados que estamos construindo no governo Lula e uma etapa essencial neste caminho para uma sociedade mais justa”, afirmou em seu perfil no X (ex-Twitter).

A presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), declarou que o debate é “fundamental e providencial” para confrontar a “sociedade patriarcal” e avançar em políticas para as mulheres. Gleisi também destacou que o ponto também é “muito oportuno” e chama “atenção para desigualdade profunda que sobrecarrega e sub-remunera milhares de mulheres pelo mundo”.

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