Os moradores do Condomínio Societá, na Zona Oeste de São Paulo, tiveram uma péssima notícia neste fim de ano: após tempestade e queda de energia, a Enel religou a luz do local com a tensão errada. Com isso, eletrônicos e eletrodomésticos de pelo menos 80 condôminos, adaptados às tomadas de 110 V (127 V), estragaram com a nova "voltagem" de 220 V — e, agora, os residentes cobram ressarcimento.
O dano aos aparelhos aconteceu porque, quando eletrônicos fabricados para operar em 110 V são conectados a uma tomada de 220 V, eles recebem quase o dobro da tensão elétrica recomendada e, consequentemente, superaquecem, resultando na queima de peças vitais. A seguir, o TechTudo explica as diferenças entre as tensões e se os dispositivos ainda têm conserto.
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Tensão errada em SP: o que aconteceu?
A chuva do final de semana deixou mais de 600 mil imóveis sem luz em São Paulo e, entre eles, estava o Condomínio Societá, localizado na Pompéia, Zona Oeste da cidade. Por isso, uma equipe de manutenção da Enel chegou ao local no sábado (21) à tarde para religar a energia. Entretanto, em vez de reativar a luz com a tensão padrão, de 110 V, a concessionária o fez com a voltagem errada, de 220 V. Por consequência, eletrônicos e eletrodomésticos de pelo menos 80 moradores foram atingidos, com danos ainda incalculáveis. Agora, os condôminos pedem ressarcimentos dos custos à Enel, que afirma que cobrirá todas as despesas.
Reparos da Enel aconteceram por toda a cidade no final de semana — Foto: Reprodução/O Globo Em entrevista ao jornal O Globo, o síndico Luiz Arone disse que os prejuízos dos moradores não se restringem aos aparelhos danificados, mas também envolve as compras de Natal. Para amenizar a situação, o condomínio liberou a geladeira e o freezer do salão de festas.
Em nota, a Enel divulgou que "aguarda dos documentos dos clientes para agilizar o processo" do ressarcimento e que já entrou em contato com os condôminos.
Popularmente conhecida como "voltagem", a tensão elétrica é a diferença de potencial elétrico entre dois pontos distintos. Medido em volts (V), o valor descreve a "intensidade" com que a corrente elétrica é transportada aos eletrônicos da sua casa. Atualmente, no Brasil, são comercializados tanto aparelhos de 110 V (127 V) quanto de 220 V, já que há tensões elétricas distintas em diferentes estados do Brasil. O número também é importante na hora de viajar, já que, nos Estados Unidos, por exemplo, as tensões costumam ser de 110 V, enquanto, na Europa, o valor mais comum é de 220 V.
A diferença entre um ar condicionado de 110 ou 220 volts está basicamente na tensão elétrica utilizada em cada aparelho — Foto: Freepik Por que aparelhos de 110 V estragam em tomadas de 220 V?
No processo de fabricação, cada eletrônico é preparado para operar uma tensão elétrica específica: de 110 V ou 220 V — à exceção, é claro, daqueles que são bivolt. Se um aparelho fabricado para operar em 220 V for conectado em uma tomada de 110 V, ele não vai funcionar muito bem, mas não sofrerá danos. O contrário, contudo, não pode ser dito.
Se um dispositivo de 110 V for conectado a uma tomada de 220 V, ele estará exposto a uma corrente elétrica que é quase o dobro da recomendada para ele (considerando que eletrônicos atuais de 110 V, na verdade, têm tensão de 127 V, logo não é exatamente o dobro). Por isso, ele vai naturalmente aquecer e, com o superaquecimento, é provável que peças vitais queimem, como motores, resistências ou capacitores.
Caso o seu eletrônico seja 110 V e você precise ligá-lo a uma tomada de 220 V, você pode usar um transformador de tensão. Esses aparelhos são encontrados facilmente em lojas de material de construção e impedem que o seu eletrodoméstico queime ou apresente falhas.
Eletrônicos de 110 V não podem ser ligados diretamente a tomadas de 220 V — Foto: Reprodução/Unsplash/Claudio Schwarz Eletrônicos de 110 V queimados em uma tomada de 220 V têm conserto?
Se um eletrônico de 110 V for ligado em uma tomada de 220 V, é bem provável que ele aqueça e sofra danos, como explicado no tópico anterior. No entanto, dependendo do tempo ativo na tensão incorreta e do tipo de aparelho, pode ser que os prejuízos não sejam tão graves. Logo, é difícil dizer se os eletrodomésticos dos moradores do Condomínio Societá têm conserto, já que essa resposta depende da extensão dos danos.
Caso apenas fusíveis ou peças simples forem danificadas, talvez um reparo seja possível. No entanto, se motores, placas-mãe, capacitores ou outros componentes mais sensíveis apresentarem problema, é preciso avaliar se o conserto é viável financeiramente — ou se, de fato, é melhor comprar um produto novo. Por isso, não há resposta fácil: o único caminho para saber a gravidade do prejuízo é ligar para um técnico especializado.

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11 meses atrás
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