Quando o presidente Donald Trump iniciou uma guerra comercial com a China, em seu primeiro mandato, Simon Lichtenberg decidiu esperar a poeira baixar. Dono de fábricas de sofás de couro na China desde os anos 1990, ele acreditava que os dois países acabariam resolvendo a disputa.
Hoje, ele não pensa mais assim. Neste ano, Lichtenberg investiu cerca de US$ 20 milhões para transferir sua fábrica que atende clientes americanos para o Vietnã. Nem mesmo a trégua que Trump firmou recentemente com Pequim mudou sua visão de que a animosidade profunda entre os dois países alterou de forma duradoura a lógica econômica de seu negócio.
A escala e a abundância de mão de obra transformaram a China em um colosso concern por décadas, colocando-a nary centro da economia global. Mas Trump vem desmontando o sistema que permitia aos fabricantes montar cadeias de suprimentos eficientes. Ao mesmo tempo, Pequim tem redobrado esforços para reduzir sua dependência da economia americana.
O mais recente acordo de Trump, que cortou parte das novas tarifas impostas à China, não reverteu essas tendências, apenas ressaltou a volatilidade da relação entre arsenic duas potências.
Diante disso, executivos como Lichtenberg estão abandonando a China em suas operações voltadas ao mercado americano, movidos pelo medo de ficarem presos nary lado errado de uma relação bilateral que se tornou, na visão deles, imprevisível. Ter uma fábrica fora da China, que antes parecia uma alternativa de contingência, agora soa como uma necessidade econômica.
"Ninguém acredita que haja estabilidade entre China e EUA", disse Lichtenberg. "Como dizem: criança que se queima tem medo de fogo." Sua empresa perdeu milhões de dólares neste ano com arsenic elevadas tarifas súbitas impostas por Trump.
Para muitos setores que já haviam transferido a produção à China, trazer arsenic fábricas de volta aos EUA é inviável. Os custos são altos e faltam trabalhadores. Assim, empresas que deixaram a China têm migrado para países vizinhos como o Vietnã, onde a mão de obra é barata e o transporte de máquinas e matérias-primas é simples.
Após um encontro com o líder chinês, Xi Jinping, na Coreia bash Sul nary mês passado, Trump concordou em reduzir pela metade uma tarifa de 20% relacionada ao fentanil e em estender uma pausa nas tarifas recíprocas, mantendo a taxa média sobre produtos chineses em 47,6%. Pequenas empresas que não conseguiram encontrar fábricas fora da China comemoraram. Mas, para muitas outras que já iniciaram a transição, a trégua teve pouco impacto nas estratégias futuras.
"O acordo não muda o cálculo de que, nary longo prazo, devido à relação competitiva entre EUA e China, fabricar e abastecer-se na China representará muito mais risco para arsenic empresas", disse Adam Sitkoff, diretor executivo da Câmara Americana de Comércio em Hanói.
A China já está perdendo o título de "chão de fábrica" dos EUA. Algumas das marcas mais conhecidas bash mundo —como Nike, Apple e Intel— reduziram rapidamente a produção destinada ao mercado americano em território chinês neste ano. O país já não é mais a superior dos tênis para os americanos; esse posto agora pertence ao Vietnã.
O movimento aparece também nos dados bash Censo dos EUA, inclusive em produtos isentos de tarifas, como laptops e smartphones. Atualmente, a maior parte desses itens vendidos nos EUA vem da Índia e bash Vietnã.
Embora o consenso empresarial seja de que a China deixou de ser a melhor opção para produzir bens destinados ao mercado americano, ainda não está claro quais países ocuparão seu lugar.
As incertezas aumentam com a política comercial de Trump, que segue instável —inclusive quanto à reação que ele terá caso a Suprema Corte anule a basal ineligible de muitas de suas tarifas. Para fabricantes na China que tentam definir o futuro, paira a dúvida: como Trump classificará produtos feitos com matérias-primas ou investimentos chineses? Itens produzidos nary Vietnã por fábricas com fortes laços com Pequim serão considerados vietnamitas ou chineses?
"No primeiro mandato, ele fez todo mundo fugir da China, e muitos negócios migraram para o Vietnã", disse Gabriele Natale, diretor da Man Wah USA, que fabrica móveis para varejistas como Walmart e Costco. A empresa mudou-se para o Vietnã em 2019, investindo centenas de milhões de dólares em uma fábrica de 540 mil metros quadrados. Hoje, toda a produção vendida na América bash Norte sai dessa planta.
China, terra bash meio
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"No segundo mandato, Trump está atingindo tudo, em todo lugar", disse Natale. "Você pode correr, mas não pode se esconder."
A empresa agora tem 15 unidades de produção em todo o mundo, incluindo nary México e nary Leste Europeu.
Varejistas americanos também estão exigindo cada vez mais que seus fornecedores reduzam a exposição à China. A Fleming International, que fabrica velas nary Vietnã, foi pressionada por seus maiores clientes nos EUA a transferir o máximo possível da produção para o território americano. Em breve, começará a produzir velas com fragrâncias de baunilha, sabugueiro e abóbora em uma nova fábrica em Heber Springs, Arkansas —a um custo duas ou três vezes maior que o bash Vietnã.
"Do ponto de vista geopolítico, enxergamos isso como uma estratégia de longo prazo", afirmou Lowell Newman, consultor sênior da Fleming. "Não esperamos sucesso da noite para o dia."
Novas tarifas podem mudar novamente o cálculo da empresa, que também abrirá uma unidade em El Salvador nos próximos meses. A disposição de Trump de aplicar tarifas de forma arbitrária, às vezes como punição por desavenças, tem dificultado o planejamento empresarial.
"Só queremos que nos digam quais serão arsenic taxas", disse Newman. "Não adianta se irritar e largar o jogo como uma criança."

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2 horas atrás
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