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Por que o governo precisa buscar receitas apesar da arrecadação recorde

Embora recorde para terceiros trimestres, o valor arrecadado no acumulado de julho a setembro foi 7% inferior à receita obtida no primeiro trimestre de 2025, que chegou a R$ 730 bilhões. A arrecadação, na verdade, continua avançando em ritmo menor do que o das despesas, mesmo quando são abatidos do cálculo os gastos que, por decisão sancionada pelo Congresso, correm por fora do Orçamento.

Apesar das pressões para que o governo corte gastos, a perspectiva é a de que, no fim de 2025, a arrecadação corresponda, em números aproximados, a 18% do PIB, enquanto as despesas equivaleriam a 18,5% do PIB, percentuais não muito diferentes dos registrados nos últimos anos.

Esforço fiscal

Ao longo de 2025, o comportamento das contas públicas federais primárias (sem considerar as despesas com juros da dívida pública) registra deterioração. De um superávit de R$ 76 bilhões, em abril, o saldo evoluiu para um déficit de R$ 100 bilhões, em setembro.

De acordo com estimativas da IFI (Instituição Fiscal Independente), órgão de acompanhamento das contas públicas, vinculado ao Senado Federal, para cumprir as metas fiscais previstas o governo teria de obter superávit de pelo menos R$ 27 bilhões nos três últimos meses de 2025, para fechar no limite mínimo, de déficit de 0,25% do PIB.

Explica-se assim por que o governo Lula, à frente o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tanto se esforça para aumentar a arrecadação. O esforço arrecadatório necessário para cumprir a meta fiscal ficou ainda maior depois da derrubada no Congresso da MP (Medida Provisória) 1303, que promoveria aumento de tributação para empresas de apostas e aplicações financeiras, prevendo elevação da arrecadação em R$ 10 bilhões neste ano e de R$ 20 bilhões em 2026.

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