Dados sensíveis podem ser utilizados para fraudes. Essas informações podem ser usadas para fazer compras indevidas ou até mesmo aberturas de conta no nome da vítima. "É o que chamamos de engenharia social: o criminoso coleta pedaços de informação e monta um verdadeiro 'quebra-cabeça' para se passar por você", explica o advogado.
Já vimos diversos casos em que criminosos recolhem lixo de condomínios ou empresas em busca de dados. Rastrear esse tipo de vazamento é extremamente difícil, justamente por ser silencioso, físico e fora do radar das medidas digitais de proteção. Alexander Coelho, especialista em direito digital, proteção de dados e cibersegurança
Isso também vale para os cadastros no e-commerce. Quanto mais compras, mais empresas têm acesso aos dados, o que amplia a exposição. "Além das etiquetas, os dados ficam armazenados em servidores, CRMs, marketplaces e sistemas de logística. Se essas plataformas não adotarem medidas de segurança adequadas, há risco real de vazamento em massa. E, como consumidor, você nunca tem 100% de controle sobre onde e como seus dados serão tratados", explica Coelho.
Brasil registrou quase 7 milhões de tentativas de fraude no primeiro semestre de 2025. Os dados foram divulgados pela Serasa Experian. Esse número representa um aumento de quase 30% em relação ao mesmo período do ano anterior. Conforme Márcio Vital, especialista em direito digital, explicou ao UOL Confere, "a maior parte dessas fraudes tem como alvo o setor bancário e os emissores de cartões", o que levanta um alerta para a exposição de dados sensíveis.
Como se prevenir?
O ideal é eliminar totalmente as informações antes do descarte. A maneira mais eficaz é triturar ou rasgar a etiqueta em diversos pedaços, ainda mais aquelas onde aparecem os dados sensíveis.
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