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Porta-bandeira da Portela é acusada de furto e fala em racismo

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Publicado 23.11.2023 22:18 Atualizado 23.11.2023 22:40

Porta-bandeira da Portela é acusada de furto e fala em racismo Porta-bandeira da Portela é acusada de furto e fala em racismo

A porta-bandeira da escola de samba do Rio de Janeiro Portela Vilma Nascimento, de 85 anos, foi acusada de furtar uma loja do Aeroporto de Brasília na 3ª feira (21.nov). A idosa teve sua bolsa revistada para provar que não subtraiu nenhum pertence do estabelecimento.

Segundo informou a família de Vilma ao portal de notícias g1, a baluarte da escola de samba estava esperando o voo com a filha Danielle Nascimento quando decidiu entrar na loja Duty Free Shop e comprar um refrigerante. Teria olhado perfumes, mas saiu da loja sem comprar nada. Então, ela teria voltado em instantes depois e comprado a bebida. Em seguida, foi abordada por uma segurança, que disse que precisava olhar a sua bolsa, relataram.

Por meio de seu perfil no Instagram, a filha da porta-bandeira compartilhou registro do episódio e disse ter chegado a perguntar se a segurança do estabelecimento abordou as duas por conta da cor delas. “Eu e minha mãe passamos por uma situação humilhante, que não deveria existir mais no Brasil ou em qualquer outro lugar do mundo”, escreveu na legenda.

Assista (1min35s):

Vilma viajou à Brasília para receber uma homenagem da Câmara dos Deputados no Dia da Consciência Negra, em 20 de novembro.

Em seu perfil no Instagram, nesta 5ª feira (23.nov), a Portela repudiou “veementemente” o fato e disse que o “constrangimento, demonstrado nas imagens divulgadas, é sentido por todos” que têm no samba parte importante da sua identidade, e que enxergam em Vilma uma de suas grandes referências.

Em um comunicado publicado em seu perfil no Instagram nesta 5ª feira (23.nov), a Dufry Brasil, empresa que administra a loja, pediu desculpas publicamente pelo “lamentável incidente” e disse que a funcionária que abordou Vilma foi afastada. Também disse que a abordagem “não reflete as políticas e valores da empresa”.

GOVERNO SE PRONUNCIA

No X (ex-Twitter), a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, mencionou “acusações racistas” feitas por funcionários do Aeroporto de Brasília e disse que tomará todas as medidas cabíveis para que “novos casos de absurdos” não aconteçam. Também afirmou que o ministério entrará em contato com Vilma para prestar solidariedade e suporte.

Já o ministro da Secom (Secretaria de Comunicação Social), Paulo Pimenta, afirmou que foi um caso “absurdo de racismo” que “escancara a dura realidade” do país. Segundo ele, o governo não irá “tolerar” preconceito de cor.

A primeira-dama Rosângela Lula da Silva, a Janja, também se pronunciou e classificou o episódio envolvendo a porta-bandeira da Portela como “inaceitável”. Ela demonstrou solidariedade e disse que “atitudes racistas não podem mais ser toleradas”.

Outros aliados do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também comentaram o episódio:

  • Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidente do PT e deputada federal:
  • Guilherme Boulos (Psol-SP), deputado federal:
  • Maria do Rosário (PT-RS), deputado federal:
  • Valmir Assunção (PT-BA), deputado federal:

Leia abaixo a íntegra da nota da Dufry Brasil: “A Dufry Brasil, uma empresa do Grupo Avolta, pede publicamente desculpas pelo lamentável incidente ocorrido na loja do aeroporto de Brasília. A abordagem feita pela fiscal de segurança da loja está absolutamente fora do nosso padrão.

“Em razão da falha nos procedimentos, a profissional foi afastada de suas funções. Este tipo de abordagem não reflete as políticas e valores da empresa.

“A Dufry está reforçando todos os seus procedimentos internos e treinamentos, em linha com as suas políticas, para impedir que situações assim se repitam.”

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