Pré-sal tem leilão mais disputado desde 2022 após Foz do Amazonas

Leilão teve concessão de sete blocos no pré-sal. A ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) tinha colocado em disputa o direito de exploração nos blocos Esmeralda e Ametista, na Bacia de Santos, e nos blocos Citrino, Itaimbezinho, Ônix, Larimar e Jaspe, na Bacia de Campos.

Maior concorrência desde 2022. Embora dois blocos tenham ficado sem proposta, o número de empresas que disputaram esse leilão foi o maior desde 2022, com 15 concorrentes: as brasileiras Petrobras, Prio e Brava Energia, além das estrangeiras BP (Reino Unido), Chevron (EUA), Ecopetrol (Colômbia), Equinor (Noruega), Karoon (Austrália), Petrogal (Portugal), Petronas (Malásia), Qatarenergy (Catar), Shell (Anglo-holandesa), Total Energies (França) e as chinesas Sinopec e CNOOC.

Sistema de produção no pré-sal é de partilha. A empresa ou consórcio vencedor do leilão paga um valor fixo de bônus de assinatura, assumindo o compromisso de repassar à União uma parcela do excedente de produção. O maior compromisso de repasse ao governo determina o vencedor do leilão.

Foz do Amazonas

Licença para Petrobras na Foz do Amazonas favoreceu leilão nesta quarta-feira, diz IBP. Para o presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás, Roberto Ardenghy, embora o leilão desta semana tenha envolvido áreas nas bacias de Campos e Santos, a licença dada pelo Ibama à Petrobras na Foz do Amazonas criou um ambiente favorável para essa indústria no Brasil. "A notícia impacta positivamente os leilões de áreas de petróleo programados pela ANP e reforça o papel do Brasil como produtor relevante de energia no contexto mundial", disse o executivo do IBP.

Leilão no pré-sal acontece dois dias depois de a Petrobras receber a licença do Ibama para iniciar perfuração na bacia sedimentar da Foz do Amazonas. Para o setor, a Margem Equatorial é apontada como novo pré-sal, devido ao potencial petrolífero. Por isso, avaliam empresas, a autorização recebida pela petroleira estatal tem potencial para destravar investimentos de outras companhias na cadeia de exploração e produção.