
(Toda semana, Diogo Cortiz e Helton Simões Gomes conversam sobre tecnologia no podcast Deu Tilt. O programa vai ao ar às terças-feiras no YouTube do UOL, no Spotify, no Deezer e no Apple Podcasts. Nesta semana, os assuntos são: 60% da nossa nuvem está fora do país; data centers consomem 1,3% da energia nacional; Autonomia ou extrativismo digital?; Processar dados no Brasil é 30% mais caro)
Data centers não são todos iguais. Eles variam de gigantes de processamento, os chamados hyperscale, até estruturas terceirizadas instaladas em prédios, algo parecido com um grande condomínio tecnológico.
Os hyperscale são territórios de gigantes como Google, Microsoft e Amazon, que precisam processar volumes gigantescos de dados todos os dias. Mas há também os menores, operados por empresas regionais, com foco em demandas mais simples. E até startups podem ter seus computadores rodando dentro de um data center compartilhado, dividindo espaço com outras empresas.
Um data center, quando montado no Brasil, custa de 20% a 30% mais. Hoje, é mais barato processar fora e importar esse serviço. A gente quer mudar esse jogo para que o Brasil se torne competitivo em relação ao mercado internacional
Affonso Nina
Para algumas aplicações, não há problema em rodar alguma aplicação no exterior.
Já para outras não tem jeito. Aquelas que dependem de tempo curto para trânsito de dados, ou seja, baixas latências, precisam contratar capacidades de data centers instaladas no Brasil. Isso ocorre quando é crucial para a realização de uma tarefa o tempo de envio de uma informação, seu processamento no servidor e o retorno do resultado para o usuários.
60% do nosso processamento em nuvem está fora do Brasil, ou seja, a gente importa toda essa capacidade
Affonso Nina
Nina lembra que esse não é um setor simples: montar e manter um data center envolve uma cadeia inteira de desenvolvimento, que vai da engenharia e infraestrutura até a formação de mão de obra especializada.
Brasil tem três trunfos para fazer data center virar tíquete na briga da IA

Antes mesmo de a inteligência artificial virar hype, os data centers já eram parte essencial do jogo. Esses centros de processamento de dados estão por trás de quase tudo que envolve tecnologia, das operações mais complexas às mais cotidianas, como uma simples mensagem de texto, por exemplo. Se tem tecnologia no meio, em algum momento vai passar por um data center.
Com o boom das plataformas de IA, a demanda pelos data centers disparou no mundo todo. Mas o Brasil ainda está defasado quando falamos de capacidade de processamento de dados, aponta Affonso Nina, presidente-executivo da Brasscom (Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais).
"Data centers não vão acabar com energia do Brasil", diz líder da indústria

Qual é o impacto ambiental dos data centers no Brasil? Para Affonso Nina, presidente-executivo da Brasscom (Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais), a atividade não só tem baixo impacto, mas as instalações para processar dados "não vão acabar com a energia do país".
Em entrevista ao Deu Tilt, o podcast do UOL para os humanos por trás das máquinas, Nina adiantou dados de uma pesquisa da entidade sobre a pressão da infraestrutura de dados sobre recursos naturais. Hoje, os data centers consomem 1,3% de toda energia nacional e, mesmo com o crescimento previsto até 2030, esse número não deve passar de 3,5%. O executivo também fez comparações com outras áreas. A produção de papel,o comércio e a metalurgia consomem atualmente 3,2%, 7,5% e 7,1% da energia do país, respectivamente.
A gente não fica aqui discutindo 'vamos deixar de fazer o processamento metalúrgico porque consome 7% da energia do Brasil' (...) O desenvolvimento industrial de uma nação passa por consumir energia
Affonso Nina
Data centers no Brasil é autonomia, não extrativismo digital, diz indústria

Na corrida global da inteligência artificial impulsiona o surgimento de data centers. Mas o avanço dessas instalações tem provocado um intenso debate. De um lado, os que enxergam nelas uma defesa da autonomia. De outro, o que veem o risco do "extrativismo digital", quando empresas estrangeiras dispõem dos recursos de um país para gerar lucros revertidos à sua matriz.
No caso dos data centers, a crítica é quanto ao consumo de energia elétrica e água para processar dados. Para Affonso Nina, presidente-executivo da Brasscom (Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais), desenvolver data centers não significa entregar ativos a potências internacionais, mas, sim, garantir autonomia para o Brasil.
O Brasil sempre perseguiu autonomia na produção de petróleo, por exemplo. Aqui estamos falando de ter mais autonomia para processar dados no país e, com isso, impulsionar todo um ecossistema de desenvolvimento de soluções, softwares e outros produtos
Affonso Nina
DEU TILT


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2 meses atrás
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