Em entrevista à rede americana CNN, Al-Thani disse que pretende se reunir em breve com líderes do Oriente Médio para definir a resposta a Israel. Ele não informou prazos nem detalhes sobre a medida.
“Não tenho palavras para expressar o quanto estamos enfurecidos com tal ação… isso é terrorismo de Estado”, declarou.
O premiê também classificou o ataque como uma traição e fez críticas ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. Segundo ele, o líder israelense está “conduzindo o Oriente Médio ao caos” e “desperdiçando o tempo do Catar” ao se engajar em negociações de mediação.
O Catar atua como mediador nas negociações de cessar-fogo na Faixa de Gaza, que incluem a libertação de reféns mantidos pelo Hamas. Al-Thani relatou que, na manhã do ataque, estava reunido com familiares de um dos sequestrados.
O primeiro-ministro também disse que oficiais catarianos ficaram feridos no bombardeio israelense e que alguns estão em estado crítico. Para ele, o ataque não ameaça apenas o Catar, mas coloca toda a região em risco.
Nos últimos anos, o Catar tem buscado se firmar como mediador no Golfo Pérsico entre o Ocidente e países árabes, em disputa direta com a Arábia Saudita.
Além de sediar rodadas de negociação, o país também recebe membros da alta cúpula do Hamas. O ex-líder do grupo Ismail Haniyeh, por exemplo, vivia em Doha até ser morto por Israel durante uma viagem ao Irã.
Al-Thani negou que o país abrigue o terrorismo e ressaltou que os encontros com representantes do Hamas para discutir um cessar-fogo em Gaza são de conhecimento público.
O primeiro-ministro do Catar, Mohammed bin Abdulrahman al-Thani, em 9 de setembro de 2025 — Foto: Karim Jaafar/AFP
Israel afirmou ter conduzido um ataque aéreo para tentar matar líderes políticos do Hamas que estão no Catar. A ação foi realizada pelo Shin Bet, a agência de inteligência israelense, em parceria com a Força Aérea.
O Hamas informou que cinco integrantes do grupo morreram no bombardeio, entre eles o filho do chefe exilado em Gaza e principal negociador, Khalil al-Hayya. Segundo o grupo terrorista, os líderes de alto escalão sobreviveram.
O ataque desencadeou uma série de movimentos diplomáticos. Lideranças árabes resolveram viajar para o Catar entre esta quarta-feira e quinta-feira (11) como demonstração de solidariedade.
Na Europa, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou que o bloco vai propor sanções contra ministros israelenses considerados extremistas, além da suspensão de medidas comerciais presentes em um acordo com Israel.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que o ataque foi uma decisão unilateral de Israel. Ele afirmou ter orientado seu enviado para o Oriente Médio, Steve Witkoff, a avisar o Catar com antecedência. O governo catariano, no entanto, negou ter recebido qualquer alerta.
Após a operação, o embaixador de Israel nos Estados Unidos, Yechiel Leiter, disse que, se os líderes do Hamas não foram mortos no ataque a Doha, isso acontecerá em uma próxima tentativa.

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